sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O MESTRE FORA DA LEI E A LEI DENTRO DO MESTRE

Os 5 primeiros livros da Bíblia Sagrada são chamados de Pentateuco. Segundo as tradições judaica e cristã, neles estão registrados os padrões éticos e morais determinados pelo próprio Deus, no qual o homem deveria se espelhar para viver. A lei, também conhecida como Torá, foi revelada pelo próprio Deus à Moisés. Ela é tão importante na história do povo judeu (povo no qual Deus atuou para revelar o Messias Salvador, Jesus Cristo)  que além de ter sido registrada no Monte Sinai, escrita pelo próprio dedo de Deus, ela foi repetida para toda a nova geração (no livro de Deuteronômio, que significa repetição da lei) que entrou na terra prometida.

É no contexto desta lei que Jesus evolui como ser humano. Jesus vivia em uma cultura Judaica, a lei estava presente no seu dia a dia. Naquela época os rabinos estudavam o Pentateuco minuciosamente. Tinham um zelo gigantesco pela Torá. Não era por menos, pois o povo judeu por diversas vezes arcou com a consequência de não obedecerem a lei. O problema é que este zelo foi tanto, tanto...tanto... que a essência da interpretação da lei, que era (é e sempre será) o amor,  foi trocada pela maldade do ego do ser humano. Obedecer a lei já não era um ato de amor, mas um ato de injustiça. A lei era mais importante do que a vida de uma pessoa, e Deus havia ficado de lado para o povo hebreu. Os homens que executavam a lei, os chamados fariseus...mestres...doutores da lei, não à exerciam mais por amor e temor à Deus, mas exerciam a mesma em benefício próprio e interesses carnais. Os fariseus achavam que eram o próprio Deus.

Jesus era chamado de Rabi, ou seja, Mestre. Ele desenvolvia o seu ministério em meio a outras escolas rabínicas. O problema começa quando a interpretação de Jesus para a lei começa à destoar das interpretações dos demais fariseus. Esse destoar se escancarava cada vez mais: Jesus sentava-se na mesa juntamente com “pecadores”, fazia milagres no Sábado (dia sagrado segundo a Torá) e para escandalizar à todos...dizia ser o Próprio Deus!

O povo judeu esperava um messias, um libertador. Quando Jesus apareceu dizendo através de seus atos, “ – Sou Eu! Eu sou o Messias”, os mestres da lei se escandalizaram ainda mais. Como poderia ser ele, aquele homem cujo o modo de viver destoava da lei, o Libertador de Israel?

Aí entra a singularidade de Jesus: Para muitos Jesus era um “mestre fora da lei”. Para outros, Jesus era o único “dentro da lei”. Entretanto, para Deus a lei é que está dentro de Jesus, sendo cumprida em plenitude. Para Deus Jesus é um “mestre fora da lei” por que Ele contém a lei, por que a lei está dentro Dele. Deus jamais será contido nos limites de interpretação do homem, ainda que de Sua Própria Lei.

Ao olhar para a vida de Jesus, muita gente acha que Jesus veio anular a Torá. Entretanto, a aparição de Isaías e Moisés ao lado de Jesus no monte da transfiguração é Deus falando: “ – Vocês já ouviram os profetas e Moisés...agora...ouçam apenas o Meu Filho!”.

Este é um ato de Deus para escancarar à humanidade que Jesus é a interpretação, a hermenêutica da lei.

Olhe para os 10 mandamentos. Eles simplificam o entendimento de toda a lei. Mas dentre os 10, os dois primeiros resumem toda a Torá. O primeiro dos mandamentos é amar à Deus sobre tudo e todos. O segundo é um mandamento “resignificado” por Jesus: amar ao próximo como Deus nos amou. Nas palavras de Jesus: “Amar ao próximo como Eu vos amei”.

Engraçado que só àqueles que tentam viver os 10 mandamentos, à risca, e que percebem o quanto é impossível cumprir todos eles, só estes...dão um passo em direção ao cumprimento dos 2 mandamentos que resumem à lei.

Quando olhamos para o padrão ético e moral de Deus e vemos o quanto é impossível para gente como nós, humanos, conseguirmos viver os mesmos, só nos resta cair de joelhos e clamar por misericórdia à Deus. O extraordinário é que Deus jamais rejeita este clamor. Deus responde o mesmo com Graça e Misericórdia. Expande a consciência humana para a experiência da Cruz.

É como se Deus estivesse nos dizendo:

“Te dei uma lei. Nela estão registrados os meus padrões éticos e morais. Nela há os valores para se viver como eu projetei o ser humano para viver. O problema é que Eu duvido que você consiga viver de acordo com esta lei. Tente, com todas as suas forças. Você irá falhar! Mas tudo bem...não se desespere, Eu vou te fazer um favor. Ao invés de lhe julgar perante os meus padrões éticos e morais, no qual Eu sei que jamais você conseguirá viver por si próprio, e ao invés de anular esta lei, pois jamais anularei os valores nos quais projetei para que o ser humano vivessem, ao invés de tudo isso, Eu vou cumprir esta lei por você. Vou abrir mão de  toda a prerrogativa que tenho, de ser Deus, Poderoso, e vou me esvaziar. Vou entrar no tempo, juntamente com você e vou cumprir a lei por você. Aliás, muito mais do que isso, vou lhe escancarar a interpretação desta lei, para que você saiba exatamente o propósito dela. Já fiz isso na eternidade. Você entenderá que vida, vida de verdade, só existe se os valores desta lei estiverem vivos em você. Você vai ver que ainda assim, mesmo Eu te mostrando tudo isso, que você não vai conseguir cumprir esta lei. E Eu morrerei por cumpri-la. Mas por cumpri-la, nenhuma iniquidade haverá em mim, então Eu ressuscitarei, pois se o salário do pecado é a morte, como ela me vencerá se sou santo? Confie em mim. Olhe para esta graça que lhe concedo e acredite em mim. Siga-me. E deixe de lado a tentativa de se justificar por esta lei. Você não vai conseguir. Proponho que você se justifique pelo meu ato de cumprir a lei por ti. Pela graça que lhe concedo, de poder ver o meu rosto em Jesus de Nazaré, vivendo, morrendo e ressuscitando para matar a morte! Crê somente!”

Se existe um Deus...então existe um jeito certo de se viver. Se existe um Deus, existe então um padrão ético e moral de se tocar a vida. Jesus é a interpretação. Ele é a lei concretizada em plenitude. Ele é o nosso sábado, o nosso descanso. Ele é a atitude de vida, que não mata. Ele é a atitude que se doa e não rouba. Ele é o traído que ama, e não adultera. Ele é a verdadeira honra ao Pai. Ele é a porta aberta para amarmos à Deus sobre tudo e todos. Ele é o convite a amarmos o próximo no padrão de Amor do Pai.

Jesus é a chave de interpretação da Bíblia. Jesus é a chave de interpretação da Vida. Jesus é a chave de interpretação da Eternidade com o Pai. Ele é o dono do dedo que escreveu a lei no Monte Sinai. Ele é o dono do dedo que escrevia no chão segundos antes de dizer “ – aquele que não tem pecado, atire a primeira pedra”, enquanto homens queriam apedrejar uma mulher adúltera. Ele é o único que possui a prerrogativa de abrir o livro da vida! Ele é 100% Deus...100% homem. Ele é o Evangelho. Ele é a Boa Notícia.


Deus tem um reino. Dentro deste reino existe a lei do Rei. Mas esta lei é escancarada na vida do Rei. Seu modo de vida prega a lei. Este reino não é importante por causa da lei. Este Reino é importante pelo Rei que o governa, pois este Rei é singular. O Reino jamais será maior do que o Rei. O Rei é único, maior que tudo. Nada pode contê-lo. Nada! Ele é o Amor.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PREDESTINAÇÃO, FATALISMO E ALGUNS OUTROS PENSAMENTOS

“Deus fica triste com isso, não fica Pai?”...Vez ou outra escuto meu filho querendo entender uma situação e fazendo esta pergunta para mim. Talvez, por trás desta pergunta, esteja implícita a maior desgraça do ser humano: Entristecer o Deus explícito em Jesus. Está é uma boa, simples e completa definição para pecado: “fazer aquilo que entristece à Deus!”

Suspeito que Renato Russo sabia muito bem disso...

“Quem me dera, ao menos uma vez,                                                                                                         

Entender como um só Deus ao mesmo tempo é Três

E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.”


Dentro da misteriosa matemática dos cristãos, onde 1 + 1 + 1 = 1, ou seja, onde Pai (que é Deus) + Filho (que é Deus) + Espírito Santo (que é Deus) = Deus, Renato Russo expôs na mesma estrofe (na música Índios) o quanto matar Deus e deixar Deus Triste expõe o quanto o caráter humano está imerso na maldade.

Aqui está algo esquecido nas igrejas. Perdemos a percepção do que fizemos: Nós entristecemos Deus! E Ele morreu por conta disso! Morte de Cruz! 
                                                                                                                                                                                                                               

O fato é que muita gente acha que o ato “entristecer Deus” ficou ali, adormecido em Gênesis 3, no momento de nossa queda. Mas não, cada dia que passa entristecemos mais e mais à Deus com a vazão que damos à nossa queda!

Feito este “pano de fundo” entro no assunto principal deste pensamento...

Quem nunca, vez por outra, não parou para pensar no quanto o nosso viver entristece à Deus? Vira e mexe me pego pensando, após uma atitude errada: ” - Deus lamentou esse meu ato!”.

O problema é que há um dilema aqui: Já parou para pensar que se Deus sabe de tudo, pois é Onisciente, então Ele sabe quando vamos fazer algo que irá entristecê-lo? Sendo assim, Ele já sabe quando iremos pecar, se iremos nos arrepender e, inclusive, se seremos salvos ou não!

Pensar assim nos remete a uma faca de dois gumes:

Por um lado à sensação da culpa:

“ – Nossa, então Deus deve viver frustrado comigo! Ele deve ficar balançando a cabeça negativamente constantemente, me reprovando, em diversas coisas que eu faço, dizendo ‘Eu sabia que você ia pecar!’”.

Por outro lado à sensação de indiferença:

“ - Como Ele sabe de tudo, talvez Ele tenha virado as costas e deixado tudo largado por si! Então viver a minha vida de qualquer maneira...pois já estou predestinado mesmo”.

Já antecipo que não é este tipo de fé que creio. Entretanto, vamos evoluir aos poucos com o assunto.

Neste contexto de que Deus sabe de tudo, tempos atrás, eu me questionava: “ - Ora...será que Judas Iscariotes estava predestinado a trair à Jesus? Será que este homem veio ao mundo como um desgraçado que ficaria marcado pelo resto da vida como o homem que traiu o Filho de Cristo?”.

Quantas vezes ficava pensando: “Nossa, imagina se fosse eu o predestinado a julgar Jesus? Ao invés de Pilatos ser conhecido como àquele que lavou às mãos...as escrituras sagradas escancarariam o meu nome no lugar do dele como àquele que foi indiferente!”

Entenda...confesso que tenho meus dilemas também. Não gosto de esconder meus dilemas atrás de palavras como “Sofismas” (mentiras vestidas de verdades) ou de palavras como “mistério”. Mas também tenho consciência de que não tenho um entendimento 100% concreto sobre o assunto. Também não tenho a petulância de achar que tenho uma verdade absoluta, aliás se alguém aparecer com uma em mãos...desconfie!

Sempre disse que Fé verdadeira é regada de dúvidas. Parece um paradoxo, mas não é, pois “dúvida” não é necessariamente o oposto de “fé”. Para um cristão “não ter fé” ...é “ter medo”. O oposto da fé é o medo.

Se ter fé é caminhar sobre dúvidas, o cristianismo nos convida à buscar as respostas em Jesus de Nazaré. Ele é a hermenêutica...ou seja: a chave de interpretação, a chave de entendimento!

É caminhando sobre este pensamento que alicerço a seguinte linha de raciocínio...

Não! Não acho que Deus, por saber de tudo, tenha largado o mundo “na banguela” descendo a ladeira! Não creio que o Deus revelado na face de Jesus é um Deus indiferente. Pelo contrário...Deus se importa muito...Deus faz muito! O próprio Jesus de Nazaré é a expressão do quanto Deus está imerso no sofrimento humano. A Cruz é uma expressão na história de algo que já aconteceu na eternidade: Deus sofreu primeiro!

Deus faz tanto, que sendo o homem um ser que prolifera a maldade, se Ele ficasse de braços cruzados, tudo ao nosso redor já não existira. A maldade teria consumido tudo. Deus é a Pessoa que segue detendo o mal. Fez isso antes, faz agora e seguirá fazendo!

Também não creio que Deus viva frustrado conosco. Que nossa caminhada terrena seja, por obrigatoriedade, um caminhar com um fardo de culpa nas costas. Jesus nos convidou a carregar nossa cruz, e não fardos!

Não acho que vivemos em um “determinismo”. Acho que Judas poderia ter mudado a própria história, assim como Pilatos e tantos outros. Entretanto, tanto Judas, quanto Pilatos, assumiram os papéis por que permitiram que os seus egos anestesiassem as suas consciências. Era um risco que qualquer outra pessoa que estivesse naquela fatia de tempo poderia ter vivido. Por exemplo, Pedro poderia ter sido o traidor e Judas poderia ter sido o que negou Jesus por 3 vezes. O problema foi o ego. Como cada um se comportou diante de seu próprio ego!

Vivemos isso até hoje. E para aqueles que acham que, se foi Adão e Eva quem cuspiram na cara de Deus, por que hoje a humanidade inteira paga por este ato, convido à responder a pergunta: “Como você lida com seu ego?”

O que foi o “mastigar da fruta da árvore do conhecimento do bem e do mau” se não um ato de colocar o ego humano em concorrência com o Ego de Deus?

Mastigamos este Fruto até hoje. Ruminamos este fruto constantemente.

Mas não somos predestinados à  isso. Podemos cuspí-lo fora. Não estamos condenados a cometer aquele roubo, assassinato, adultério que “supostamente” estava préviamente determinado pela história e que Deus já esteja lamentado isso hoje.

Deus nos olha lá de cima e torce para que acertemos! Torce para que entendamos os valores do Reino que Ele nos propõe, para que possamos vive-los em plenitude!

A misericórdia de Deus persegue os nossos passos. O mundo é um mar de possibilidades em aberto. Podemos cuspir este fruto do super ego fora e abraçar a cruz do Cristo, usufruir da Graça de Deus e voltar para o Pai. O destino não é um fatalismo pré determinado. O destino é um mar de possibilidades, onde a mais graciosa é viver uma vida que alegre à Deus...não para que isso justifique-nos em temos de salvação, pois ela não tem nada a ver com méritos e tudo a ver com Graça, mas sim pelo fato de que já entristecemos à Deus, e já passou da hora de reconhecermos isso e tomarmos o caminho de volta, lhe devolvendo o sorriso nos lábios, a alegria nos olhos, as Glórias que lhe são devidas, a Adoração que lhe foi roubada!

Não estávamos predestinados a entristecer à Deus em Gênesis 3. Não estamos predestinados a seguir entristecendo à Deus. Não estamos predestinados ao fatalismo! Chega de entristecer à Deus!

De fato todos foram chamados...mas apenas uns serão escolhidos!

Rompa com a rebelião...usufrua com responsabilidade a Graça que Deus lhe concedeu...a Graça de Existir! Comporte-se como um escolhido! Faça o seu melhor! Coloque Deus em primeiro lugar e deixe a predestinação nas mãos Dele! A predestinação é sim um mistério, reconheço isso! É justamente por isso que ela deve ser um assunto que deve ficar nas e mãos de Deus e não dos homens.

Não se preocupe se você está predestinado a isso ou aquilo. Preocupe-se em viver uma vida com comportamento de "escolhido", e não somente de "chamado", ainda que você não saiba se é um escolhido. Preocupe-se em buscar ser trigo e não joio. Preocupe-se em ser igual à Jesus Cristo.


Este lance de “Povo Escolhido”, é má interpretação de gente que se acha parte da “elite espiritual”. Gente pretensiosa que acha ter em mãos, hoje, aqui e agora, o livro da vida. Gente que acha que é digna de abri-lo. Gente que se acha Deus, que quer tomar o lugar de Deus! Gente que se esquece que só Jesus poderá romper o lacre deste livro.

Que o Senhor nos abençoe!

NOS DERAM ESPELHOS E VIMOS UM MUNDO DOENTE

Às vezes tenho a impressão de que algumas músicas de Renato Russo nos ensinam muito mais do que alguns sermões que são falados nos púlpitos de algumas igrejas. Bom, mas isso é uma opinião particular!

Hoje tive a alegria de ouvir uma música que fazia muito tempo que não escutava. Estava eu vindo para o trabalho, antenado em meus fones de ouvidos, quando “Índios” começou à tocar. E uma estrofe me chamou muito a atenção: “Nos deram espelhos e vimos um mundo doente”. Ao ouvir esta porção da música uma luz de entendimento me arremessou para uma das diversas maneiras que podemos nos definir. Somos espelhos, reflexo do nosso próximo. Quando olhamos para uma pessoa, vemos o nosso “eu” refletido. Ali está escancarado a nossa doença, o pecado, a queda, a necessidade de se lutar contra a rebeldia e de buscar a verdadeira vida.

O mundo doente ao nosso redor é resultado da arrogância do ser humano de achar que pode ter vida sem Deus. É a soberba do homem que se acha autossuficiente e detentor de uma ética, moral e justiça incorruptível à ponto de poder governar tudo e todos da maneira que achar melhor. É o homem submisso ao seu próprio ego, baixando à cabeça para seus incontroláveis apetites, passando por cima de tudo e todos para satisfazer as suas próprias vontades.

O meu/seu próximo é o meu/seu reflexo. O meu/seu próximo reflete à minha/sua miserabilidade perante ao mundo. Explicita a mina/sua queda. Neste quadro todos nós se encaixamos e mediante à situação em que toda a humanidade se encontra, creio que o fato de termos “espelhos”, ou em outras palavras, pessoas, para nos enxergarmos, é de certa forma um ato de graça de Deus para conosco. É Deus nos permitindo ver o quanto estamos atolados na queda, o quanto somos pecadores, o quanto vivemos de modo doentio e o quanto somos, em estado de pecado, uma doença no (e para) mundo.

Não se iluda, o homem que mata por 5 reais, o filho que mata a mãe por causa da herança, o deputado corrupto que rouba para manter sua mansão, o estuprador pedófilo que estrangula a criança sem piedade, o advogado que defende o culpado, manipulando tudo e todos para inocentá-lo, por que irá receber uma bolada de dinheiro...todos estes...e nós...todos nós...somos farinha do mesmo saco! Carcaças de argilas pecadores, rebeldes que carecem, no dia a dia, da atitude de crucificar o nosso ego juntamente com o Cristo para que ali, a nossa doença, o nosso pecado, seja purificado e perdoado no sangue de Jesus.

Quando andamos na rua e olhamos ao nosso redor, vemos os sintomas da doença que se alastra sobre a face da terra: o pecado. Ao olharmos para ele, vemos nosso reflexo. Dia após dia, ele vai se alastrando, aparentemente como um looping, aparentemente como um ciclo infinito, proliferando a desigualdade, o mal, a doença da nossa queda.

Mas eis que Ele, Jesus de Nazaré, nos deixou uma promessa já consumada na cruz do calvário: Que, não por mérito/demérito, mas pela Graça de Deus, pelo favor que jamais seremos merecedores, Deus nos perdoou! E que este perdão é a cura da nossa doença chamada pecado. Que este perdão tem poder no sangue de Jesus, e que este sangue rompe com o ciclo do pecado, rompe com o looping da maldade humana. Que todos nós podemos participar deste perdão, pois é um ato que provém de Deus e não do homem. E que Jesus irá retornar para buscar àqueles que crerem e viverem (n)esta promessa.

Fora disso, seguimos doentes, seguimos como doença no mundo. Fora disso seguimos como o Próprio Cristo falou: “Cegos guiando cegos!”. Cegos incapazes de enxergar no outro o quanto somos doentes e o quanto precisamos da graça de Deus.


Que o Senhor nos abençoe!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

AMOR, DISPONIBILIDADE, COMPROMISSO E...NADA MAIS


Uma metade de mim é desastrada...e a outra... eu quebrei! Quantas pessoas não se sentem assim? Quantas pessoas não se sentem incapazes de fazer algo por que se auto julgam incapazes, e por conta disso, abrem mão de se disponibilizarem a fazer algo por alguém?  

 

Isso é muito comum nas igrejas. Gente que se acha incapaz de fazer algo por que se auto julga incapacitado. Os homens partem da premissa de suas lógicas e esquecem de que a lógica de Deus é a que vale. Em outras palavras: que opinião vale mais...a sua opinião sobre si mesmo, a opinião dos outros sobre você, ou o que Deus pensa sobre você?

 

Sem perceber criamos uma lógica doentia e absurda em nossas mentes. Achamos que para ser útil, seja em uma igreja, uma ONG, ou até mesmo dentro de nossa própria casa, precisamos ser perfeitos. Martinho Lutero certa vez disse: O Amor de Deus não se destina ao que vale à pena ser amado! O Amor de Deus cria o que vale a pena ser amado. Da mesma forma imagino que Deus não escolhe servos que tenham a soberba de achar que são perfeitos no ato de servir, mas Deus capacita àqueles que são os menores e estão dispostos à servir.

 

Só há uma maneira de servir à Deus: servir à Deus é servir o próximo. E próximo é aquele que está diante de ti, com todas as necessidades escancaradas diante de seus olhos. A premissa para se enquadrar neste contexto? O Amor, a disponibilidade, compromisso e...nada mais. O restante Deus faz.

 

Se você vive pensando que “uma metade minha é desastrada e a outra eu quebrei”...e por conta disso se acha inútil na obra de Deus, saiba que Deus não te vê desta maneira. Ele sabe que no Reino que Ele propõe você é peça fundamental, peça chave...e Ele quer lhe capacitar. Essa não é uma mensagem motivacional, essa é uma realidade espiritual. Vidas ao nosso redor dependem de nós. Vidas ao nosso redor estão ali para serem alcançadas. Não para virarem membros da igreja que frequentamos, mas para receberem o Evangelho da Graça de Jesus, seja através de um simples sorriso que Deus lhe capacitou a dar, até um simples ato de ouvir (inspirado por Deus) a um próximo que precisa desabafar.

 

Você olha para o ministério de música, de libras, de culto infantil e pensa: “jamais eu poderei ajudar em algo como estas pessoas, não sou vocacionado!”

 

Mas isto é mentira. Todo ser humano tem uma vocação: a de ser tabernáculo vivo do Senhor. Deus desenvolve esta vocação em nós através do Espírito Santo. À partir dela, talvez venhamos a descobrir que somos também vocacionados à sorrir, abraçar, ouvir, chorar junto, celebrar junto...etc. Então ai descobrimos nosso ministério e quando alguém perguntar...”qual o seu ministério?” você responderá...”é sorrir...meu ministério é sorrir para quem precisa de um sorriso!”...ou então você dirá “meu ministério é limpar o banheiro da igreja, deixa-lo cheirosinho e limpinho para que todos possam usufruir do mesmo durante as celebrações”.

 

Gosto muito de uma história contada pelo Pastor Ariovaldo Ramos. Ele conta que um homem trabalhava cavando valas em uma equipe de funcionários de uma prefeitura. Ao fim do expediente, todos os homens recolhiam as enxadas e as demais ferramentas, colocavam em cima do caminhão e subiam para ir embora. Enquanto isso este homem que cavava valas ficava paralisado, com os braços apoiados na enxada, observando a vala em silêncio. Vendo esta cena se repetir por diversas vezes, um de seus colegas o abordou e questionou-lhe: “Por que você sempre faz isso? Por que sempre no fim do dia você fica parado olhando para as valas que você cava?”. Então o homem lhe respondeu: “Este é o momento em que ofereço a vala que eu cavei para Deus. Digo a Ele...Deus minha função é cavar valas, cavei está com o melhor de mim, em todo o mundo podem haver boas valas, mas nenhuma se compara a esta, por que cavei com amor, cavei ela consciente de que outras pessoas serão beneficiadas por ela e então fiz o meu melhor...eu ofereço este meu trabalho a ti!”.

 

Sabe, o podemos ser desastrados, e sentirmos incapazes de fazer coisas. O problema é que deslumbramos as coisas mais especiais para fazer, pois vemos nelas um certo glamour. E o ponto chave é: se a nossa função é cavar valas...por que ficamos apontando nossos defeitos para uma função que não seja cavar valas? Por que deslumbramos o glamour de sermos o “guitar-hero” do ministério de música se a nossa função é cavar valas!?

 

Há um pensamento pré fabricado pela sociedade que diz “Ninguém é insubstituível!”...mas creio que no quesito servir no Reino de Deus talvez este pensamento não se encaixe. A começar por Jesus...se não fosse Ele enfrentar a cruz por todos nós, qual outra pessoa enfrentaria? Da mesma forma, eu, você e tantos outros temos uma função quando o assunto é tornar concreto aqui e agora a maior densidade do Reino de Deus. Você pode dizer: “É ...mas se o baterista sair do ministério de música existem 10 outros bateristas no banco da igreja que poderão assumir o lugar deste que sair!”. O problema é que os 10 outros bateristas, apesar de terem o dom de tocar bateria, possuem já a sua função na obra de Deus. E o cara que saiu, ao deixar a vaga nula, “obrigatoriamente” vai retirar um dos outros 10 de sua função para substituí-lo. Sim, concordo que isso é relativo, e que há as suas exceções, mas de fato cada um de nós deveríamos assumir a função que nos cabe na obra de Deus, não com a soberba de se achar insubstituível, mas sim com a consciência de que se somos vocacionados a ser morada viva do Senhor, então há um jeito certo de viver e há uma responsabilidade implícita nesta vocação de cuidarmos um dos outros, ou seja, de servirmos uns aos outros...e por consequência...servirmos à Deus.

 

Quando acender em nossa mente o pensamento “Metade de mim é desastrada e a outra eu quebrei” lembre-se de que isso é matéria prima nas mãos de Deus, para que Ele lhe transforme em um ser por inteiro capacitado a caminhar juntamente com Ele, anunciando o Reino que Jesus inaugurou.

 

Lembre-se: Amor, Disponibilidade, Compromisso e...nada mais! Nisto compete o nosso ponto de partida para servir à Deus!

 

Amor...por que Nele se alicerça o caráter de Deus

Disponibilidade...por que é preciso estar disponível para que o Espírito Santo possa agir...”disponibilizar-se” no sentido de dar vazão ao agir de Deus

Compromisso...para que tudo e todos sejam alcançados de forma responsável, conforme os valores demonstrados na Vida de Jesus Cristo.

Nada Mais...por que o restante cabe à Deus agir em nós

 

Que o Senhor nos Abençoe!

ATÉ QUANDO ESPERAR?


Ele (o Fariseu), porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?

 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.

 E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.

 E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.

 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;

 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;

 E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.

 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

Lucas 10:29-37

 

Até Quando Esperar? – Plebe Rude

 

Se não é nossa culpa, nascemos já com uma bênção!
Mas isso não é desculpa pela má distribuição.
 
Com tanta riqueza por aí, onde é que está?
Cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí, onde é que está?
Cadê sua fração?
 
Até quando esperar?
 
E cadê a esmola que nós damos sem perceber?
Que aquele abençoado poderia ter sido você?
 
Com tanta riqueza por aí, onde é que está?
Cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí, onde é que está?
Cadê sua fração?
 
Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda de Deus?
Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda de Deus?
 
Posso...
...Vigiar teu carro?
...Te pedir trocados?
...Engraxar seus sapatos?
 
Posso...
...Vigiar teu carro?
...Te pedir trocados?
...Engraxar seus sapatos?
 
Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda de Deus?
Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda do Divino Deus?

 

O Plebe Rude não é uma banda cristã! E se você é um roqueiro de carteirinha deve estar pensando “óbvio!”. Entretanto existe uma música deles que deveria ser levada aos púlpitos da igreja. O nome desta canção é “Até Quando Esperar?”. Cresci ouvindo esta música. Sem perceber, ela relatava todo o cenário que eu via enquanto crescia nas ruas da cidade de Santo André – SP.  Até quando esperar traz em sua ideia central o DNA da queda do homem: o Egoísmo! Como resultado disso, a desigualdade se espalha desenfreadamente. É claro que este é um problema que vai além das fronteiras de Santo André. Ele extrapola as fronteiras tupiniquins e alcança milhares de pessoas pelo mundo a fora. A realidade fica mais cruel ainda quando vemos que este problema, além de “varar” os limites geográficos, ele também extrapola a dimensão do tempo. A desigualdade social é um problema que atinge pessoas em todos os lugares e em todos os tempos. Não é à toa que esta música “Até quando esperar?” foi escrita em 1984 e soa como uma crítica totalmente coerente para os dias de hoje! E diria mais, soaria como uma crítica atualizada para qualquer época, já que o assunto “desigualdade” está no cerne da natureza humana.
 
Talvez você nunca tenha se perguntado “com tanta riqueza por aí, onde é que está a sua fração?” mas de fato, o pai que trabalha em 2 empregos para ganhar meio salário mínimo em cada um e sustentar uma família numa metrópole tão desigual que é São Paulo, com certeza já se perguntou. Por um lado, no bolso de uma minoria, que, por algum motivo, acha que tem mais direito que o restante da população, as riquezas bancam os apetites do ego, por outro lado a grande maioria caminhando sobre o chão da miséria, vivendo em condições precárias. A rotina nos evidência em cada farol, em cada cruzamento, a miséria de pessoas pedindo esmolas, buscando sobreviver. Uns querem dinheiro para sustentar a família, outros querem sustentar o próprio vício. Mas de fato, é bem provável que, ao ver o magnata parado no farol, com seu conversível brilhando,  na cabeça de ambos vem o pensamento: “ - aquele abençoado poderia ser eu!”.
 
O miserável implora para vigiar o carro, engraxar sapatos, para receber um trocado. Implora por coisas que ele já não vê como um ato na miséria, mas como um alívio para a condição miserável. Como nós seres humanos deixamos isso se tornar tão normal diante de nossos olhos?
 
Já nos acomodamos. Aceitamos a situação com uma facilidade tão triste que acabamos esquecendo que estamos diante de um dos maiores problemas causados pela nossa queda no Éden. Ao final, o que resta é ajoelhar e pedir a ajuda do divino Deus, pois só por um milagre para tirar o miserável da situação em que ele se encontra.
 
Mas o que nós como igreja temos a dizer sobre isso? Qual a nossa atitude perante a desigualdade ao nosso redor? Será que este é um problema de Deus? Que a prerrogativa de mudar isso tudo é de Deus?
 
A pergunta da música pode ser para nós que dizemos ser cristãos: Até quando esperar?
 
Será que não estamos esperando algo por parte de Deus e Ele lá de cima está nos dizendo: “Não há o que esperar...olhe para o bom samaritano, veja o que ele fez pelo homem que estava caído...vá e faça o mesmo com o seu próximo!”
 
Há pouco tempo ouvi o Pastor Ed René Kivitz pregando sobre a diferença entre caridade e justiça. Há uma diferença crucial entre caridade e justiça. Caridade é você curar HIV com band-aid. Caridade é você curar câncer com hipogloss. Estou exagerando? Bom...imagine um homem na sarjeta, com frio e fome. Você passa por ele, então decide lhe dar o casaco que você está usando e pagar um marmitex. Com o “miserável homem” agasalhado e de barriga cheia você pensa...pronto, fiz minha parte. Então se despede do homem e via embora.  A pergunta é: o homem saiu da condição de miserabilidade que ele estava? Tudo bem, talvez a blusa fará com que o homem não sinta mais frio...mas um dia depois o homem estará com fome, e a sociedade estará passando diante dele de forma indiferente. Aqui você simplesmente “soprou” a ferida do miserável. Não resolveu o problema. Não devolveu a ele a dignidade. Fez um ato de caridade, compaixão e amor...mas a situação do homem será a mesma!
 
Agora olhemos para o samaritano. Ele vê o homem caído. Ele estava machucado e nu...numa situação miserável. O samaritano poderia ter cuidado das feridas do homem, vestido o mesmo e ter ido embora. Mas isso não seria um ato de justiça. O samaritano levou o homem com ele, e decidiu cuidar do mesmo até que ele tivesse a certeza de que o mesmo teria condições de caminhar com dignidade. Foi um socorro com pós acompanhamento. Uma ajuda que se certificou de que todo o necessário para que o homem tivesse a dignidade restaurada havia acontecido.
 
Há quem diga que o homem caído no caminho é a humanidade, os salteadores são Lúcifer e seus demônios, o Sacerdote e o Levita são as igrejas prostituídas, o Bom Samaritano é Jesus, o animal em que o homem foi carregado é a cruz, a Estalagem é o Reino de Deus, o Dono da Estalagem é Deus e os “dois dinheiros” é o sangue de Jesus.
 
Repare que o bom samaritano segue adiante e diz ao dono da estalagem: “Cuide Dele, independentemente dos gastos pois eu voltarei para paga-los”.
 
Socorro que se certifica de que a dignidade do miserável seja restaurada! Isso é muito mais que caridade...é justiça! Justiça se faz com amor, compaixão, onde o único interesse está em ver a restauração da dignidade do outro. Neste ato tem que haver amor e principalmente, tem de haver nulidade para os sentimentos de mérito e demérito. Somente amor!
 
Até quando esperar? Não há mais o que ser esperado. Deus já nos disse: Vai, e faze da mesma maneira!
 
Nós como igreja temos que agir desta forma. A resposta já foi dada por Jesus.
 
Quanto a outra pergunta: “Com tanta riqueza por ai, onde é que está, cadê sua fração?” ...infelizmente boa parte desta “fração”  está no bolso de pastores evangélicos, políticos corruptos e tantas outras pessoas. É uma triste realidade. Mas ainda creio em gente (dentro e fora da igreja) que sabe viver com a fração que lhe cabe, sem usurpar a fração do próximo. Um bom começo para lutarmos contra a desigualdade é fazermos a nossa parte. Como bem disse Gandhi (ou Dalai Lama): devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo!
 
Eu acredito que Deus faz muito. Acredito que Deus faz, hoje e agora, muito mais do que possamos imaginar. Deus tem provido ajuda. O problema é que o reino de Deus é construído em comunhão, entre Deus e o homem (uma construção a “4 mãos”), e imagino que Ele tenha confiado ao homem atitudes que infelizmente o homem não tem cumprido. Como a miséria vai se extinguir se Deus provê os recursos e o homem usurpa a fração do próximo?
 
A espera do cristão consiste somente na volta do Cristo. Não há o que ser esperado para se tomar a atitude de se comprometer em manifestar aqui e agora a maior densidade possível do Reino de Deus.
Não alicerce a sua indiferença para com a situação de desigualdade de seu próximo nos fundamentos de colocar sobre os ombros de Deus a culpa de um mundo tão desigual. A culpa disso tudo é do ego do homem. O caos ao nosso redor é resultado de nossa queda.
 
Faça a sua parte. Responda para si mesmo: Os meus atos são de Justiça ou de Caridade?
 
Que o Senhor nos abençoe.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

QUANDO O SOFRIMENTO BATER NA PORTA

Tendo terminado de orar, Jesus saiu com os seus discípulos e atravessou o vale do Cedrom. Do outro lado havia um olival, onde entrou com eles.
 Ora, Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos.
 Então Judas foi para o olival, levando consigo um destacamento de soldados e alguns guardas enviados pelos chefes dos sacerdotes e fariseus, levando tochas, lanternas e armas.
 Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, saiu e lhes perguntou: "A quem vocês estão procurando? "
 "A Jesus de Nazaré", responderam eles. "Sou eu", disse Jesus. ( E Judas, o traidor, estava com eles. )
 Quando Jesus disse: "Sou eu", eles recuaram e caíram por terra.
 Novamente lhes perguntou: "A quem procuram? " E eles disseram: "A Jesus de Nazaré".
 Respondeu Jesus: "Já lhes disse que sou eu. Se vocês estão me procurando, deixem ir embora estes homens".
 Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que ele dissera: "Não perdi nenhum dos que me deste".
 Simão Pedro, que trazia uma espada, tirou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. ( O nome daquele servo era Malco. )
 Jesus, porém, ordenou a Pedro: "Guarde a espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu? "
 Assim, o destacamento de soldados com o seu comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus. Amarraram-no
 e o levaram primeiramente a Anás, que era sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano.
 
João 18:1-13
 
Deus teve apenas um filho santo. Apenas um! Os demais foram todos pecadores. Entretanto, todos os filhos de Deus, tanto os que foram criados, quanto o que foi gerado, ou seja Jesus, sofreram. O sofrimento nos nivela, nos iguala. Inclusive iguala-nos com Deus, pois o Deus revelado na Palavra é um Deus que sofre. Com base neste alicerce, imagino que seja óbvio dizer que o Evangelho de Jesus Cristo não é uma fórmula mágica para anular o sofrimento. Aliás para se concretizar a “Boa Nova” de Jesus Cristo, Deus assumiu a prerrogativa de sofrer. Ele nos amou e não existe amor sem a possibilidade do sofrimento.
 
O texto de João 18:1-13 relata o momento da prisão de Jesus. Ali começaria a se concretizar o sofrimento que Jesus já sabia que teria de passar.  Jesus estava consciente de que beberia do cálice do sofrimento, uma bebida carregada pelos nossos pecados e pela ira de Deus. A singularidade da Grandeza de Jesus de Nazaré na situação é extraordinária. Primeiramente, a atitude de Cristo que parte do “quem não deve...não teme”. Quando os soldados chegam o próprio Jesus pergunta: “A quem estão procurando?”. Imagino uma resposta por parte dos soldados, com um tom de soberba, do tipo de gente que acha que tem autoridade: “A Jesus de Nazaré”. E ai Jesus demonstra o quanto estava preparado para enfrentar o sofrimento. Não tem como não imaginar uma cena onde o tom de voz doce de Jesus responde “Sou eu” e mediante a resposta todos, inclusive Judas, o traidor, recuando e caindo por terra. Estar preparado para enfrentar os problemas, o sofrimento, é estar consciente de que quem não deve nada, não tem o que temer. Diante de alguém que tem uma vida transparente, todos os seus acusadores recuam e caem por terra, pois a justiça de Deus para com o homem nasce na atitude do ser humano que busca viver os valores do Reino de Deus.
 
O relato continua com Jesus conduzindo a situação. Ele pergunta novamente “A quem procuram?”. Mais uma vez os soldados respondem: “A Jesus de Nazaré!”. Então numa demonstração única do que é amar ao próximo, Jesus, consciente de tudo o que iria passar, disse: “Já lhes disse que sou eu. Se vocês estão me procurando, deixem ir embora estes homens”. Já parou para pensar nisso: quando temos um amigo em uma situação ruim, é muito mais fácil pensarmos nele, em tentar ajuda-lo...enquanto...quando estamos nós, em uma situação ruim, como é difícil abrir mão de pensar em nós mesmos e pensarmos nos outros. Jesus sempre pensou no próximo, e aqui não foi diferente. Ele estava sendo preso, sabia o que iria enfrentar, e ainda assim buscou cumprir o “Não perdi nenhum dos que me deste”.
 
Por fim Simão Pedro, impulsivamente, puxa uma espada e corta a orelha de Malco, um dos soldados. Este relato de João não descreve, mas a tradição cristã relata que Jesus opera um milagre impressionante: restaura a orelha de Malco. Imagino a cabeça deste homem, Malco, como os pensamentos dele foram desconstruídos com a atitude de Jesus: “Venho prender um homem, que nem sequer cometeu crime algum, um de seus homens corta a minha orelha, e o homem que vim prender me concede a graça do milagre de restaurar a minha orelha?”. Não é à toa que muitos teólogos alegam que Malco se converterá a mensagem do Cristo posteriormente.
 
Que contexto não? Imagino que se mobilize um batalhão do BOPE para prender um traficante. Mas um batalhão do BOPE de Roma, liderado por um homem que comia na mesma mesa que Jesus, um traidor, para prender um ser como Jesus de Nazaré, dócil, amoroso e bondoso...só escancara a condição suja que nós humanos estamos.
 
O dia do sofrimento de cada um de nós há de chegar, assim como chegou para o próprio Deus. É inevitável. Jesus não foi um avatar de Deus. Jesus é Deus. A cruz expressa algo que ocorreu na eternidade, expressa o sofrimento de Deus aos olhos humanos. O Evangelho de Cristo nos traz a consciência necessária para que o homem enfrente este dia. Somos desafiados a enfrentar o sofrimento com a mesma grandeza que o Cristo enfrentou. Precisamos assumir a mesma atitude de Jesus.
 
Jesus quando orou, clamou pela vontade do Pai. Aceitou o cálice do sofrimento. Por que nós insistimos em fazer da oração um meio de blindar as nossas vidas contra todos os males, para que passemos pela vida sem resvalar nos espinhos que estão espalhados pelo caminho. Oramos para pedir para Deus tirar os espinhos quando precisamos orar pedindo para Deus ir conosco pelo caminho. O evangelho de Jesus não é uma bolha para nos proteger contra as coisas malignas. O evangelho de Jesus é a certeza de que Deus caminhará conosco sempre, independente dos espinhos, guardando nosso coração de se tornar mal.
 
O que determina o nosso caráter? As situações da vida ou os valores que Jesus nos ensinou com o seu viver?
 
Um dia o sofrimento vai bater na nossa porta é inevitável. Que neste dia a gente esteja com Jesus.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

NÃO QUERO UMA IGREJA EM QUE EU ME SINTA BEM

Assim como já aconteceu comigo, as vezes encontro alguns irmãos em fase de transição, procurando uma nova igreja (instituição) para congregar. Os motivos? Diversos! Uns por que se casaram e estão mudando de cidade, outros por que acham que o local atual “não há poder, não acontecem milagres”, outros por que não se sentem bem na igreja atual...e por ai vai. O fato é que nestes momentos eu ouço sempre um comentário que me incomoda muito: “Encontrei uma igreja e acho que a partir de hoje vou começar a ir lá...eu me sinto tão bem lá!”. Para ser mais exato, o problema está no “eu me sinto tão bem lá”.
 
Abro um parêntese importante aqui...
 
Entenda...não vejo problema algum as pessoas procurarem uma nova igreja para congregar. Aliás sempre tive um pé atrás com igrejas que funcionam como “prisão”, com o discurso afiado de que se sair da instituição é por que virou um desviado. Lógico que não dá para generalizar todos os casos, mas a grande maioria das instituições aprisionam os seus fiéis. Sinceramente, não vejo o cristianismo como uma prisão e instituições assim são muito mais casas religiosas do que uma comunidade de celebração. Religião aprisiona, abusa, e na maioria das vezes é demoníaca. Caminhada da salvação é em Cristo Jesus e não em uma instituição. A instituição é uma maneira de se organizar a comunidade, e tem sim um papel importante, mas a partir do momento que aprisiona, ela cria muito mais caminhos de discórdia e morte do que caminhos de comunhão e vida.
 
Quer um exemplo:
 
Não consigo entender pessoas que colocam ...Deus em primeiro lugar...a igreja em segundo e a família em terceiro! É o familiar morrendo na UTI e o irmão com o peso e a culpa de não poder estar junto do mesmo por que tem que estar ensaiando com o coral. É o filho que vive na igreja e não vê mais os pais por que os mesmos não são crentes. É a mãe crente que tem paciência em dar aula para crianças dentro da igreja mas espanca o próprio filho dentro de casa! É o pai que não vê o filho crescer por que o ministério de música tem ensaios excessivos. Há algo errado nisso. Se não conseguimos organizar o nosso próprio lar...não seria soberba demais achar que podemos conseguir organizar a igreja?
 
Creio que a instituição tem um papel fundamental para organizar a comunidade, mas jamais será mais importante do que a família. De fato, a única maneira que temos para servir à Deus é servindo pessoas, e neste contexto, antes de você assumir um compromisso com uma instituição, você deve assumir um compromisso com o seu lar (obviamente que não podemos esquecer que o compromisso primeiro é com Deus).
 
Bom...mas isso é uma opinião própria...consulte a Palavra, ore e tire suas conclusões.
 
...fecho parêntese!
 
Enfim, voltando para o contexto inicial: “Eu me sinto tão bem lá!”. Será que realmente o Evangelho de Jesus é um convite a nos sentirmos bem com nós mesmos? Será que o objetivo é nos deixar “de bem com a vida”?
 
É claro que eu não desejo que as pessoas saiam da igreja carregando um fardo de culpa nas costas. O Evangelho de Jesus não é um Evangelho de Culpa. Mas não consigo entender pessoas que recebam a mensagem da Cruz e não olhem para si mesmo e digam como Paulo: “Miserável homem que sou!”.
 
Isso me lembra um fato contado pelo Pastor Ricardo Gondim:
 
Existiam 2 ótimos pregadores em uma comunidade. Diversas pessoas estavam conversando para ver qual deles era o melhor (...impressionante como isso ocorre nas igrejas). Então foram até um ancião para questioná-lo sobre sua preferência. Eis que o ancião respondeu: “Os dois são ótimos teólogos. Entretanto, quando fulano prega, eu me sinto bem, e quando outro prega, eu me sinto mal comigo mesmo!”.
 
O Cristianismo não é uma caixa de chocolate para lhe dar prazer. Não é uma fatia de tempo reservado no domingo, para que você recarregue baterias e se sinta bem para encarar o resto da semana. O Cristianismo escancara a nossa queda, nos expande a consciência de nossa “miserabilidade” e nos faz cair de joelhos clamando por misericórdia e graça.
 
Não há nada de errado em se sentir bem, mas há algo de muito errado em achar que o cristianismo é uma garrafa de vinho que lhe fará relaxar. Se o evangelho de Cristo não expande a sua consciência de tal forma que você fique incomodado consigo mesmo, então é bem capaz que você não esteja encontrando em Jesus um Deus Salvador. Talvez esteja encontrando um ídolo. Jesus é mais que isso: Ele é Deus!
 
Igreja não é lugar para se sentir confortável. Não é lugar para soluções mágicas. Aliás o sobrenatural de Deus não são soluções mágicas. O sobrenatural de Deus está além da compreensão humana.
 
Se você, por um acaso, se pegar dizendo “Eu me sinto bem lá”, acenda uma luz de emergência na sua consciência, pois é bem provável que você esteja criando uma zona de conforto espiritual. Imagino que para o diabo, você estando na igreja, se sentindo bem, e fora do caminho de Deus, seja o melhor dos mundos, pois o comodismo cega, anestesia a consciência e traz a sensação do autojulgo: “Estou no caminho!”.
 
Como disse C S Lewis...se você quer se sentir bem...não te recomendo o Evangelho de Jesus, te recomento tomar uma garrafa de vinho do Porto. Se o evangelho não incomoda, então dificilmente haverá o ponto de partida para o velho homem morrer e a nova criatura nascer, pois não há vasão para o agir do Espírito Santo. Se o evangelho não incomoda, a rebeldia segue o seu ciclo em direção a morte, com uma consciência anestesiada pelo comodismo religioso.
Se você estiver se sentindo mal consigo mesmo, pregação à pregação...dê um glória a Deus...pois é bem provável que o Espírito Santo esteja lhe convencendo do seu pecado e lhe conduzindo para a Graça!
Que o Senhor nos dê discernimento para que o Espírito Santo possa nos convencer cada vez mais de nossos pecados!

PROGRAMA REFLEXÕES - SEMANAL DAS 20H ÁS 20H55


JUSTIÇA SE FAZ COM AMOR

http://justicasefazcomamor.com.br/

PERDOAR É DIFÍCIL, PORÉM NECESSÁRIO


Uma lenda árabe conta que dois amigos viajavam pelo deserto certo dia discutiram. Um deles esbofeteou outro, que ofendido e sem nada dizer escreveu na areia "Hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto". Mais tarde fizeram as pazes e seguiram viagem. Ao chegar a um oásis resolveram tomar banho. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, mas o amigo salvou-o. Quando recuperou escreveu numa pedra "Hoje meu melhor amigo salvou-me a vida". Intrigado, o amigo perguntou:
- Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
- Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar!
 
Perdoar é difícil, porém necessário! ...essa frase soa como um chavão...mas é uma das verdades mais desafiadoras na qual o ser humano tem de aprender a viver. A lenda árabe que acabamos de acompanhar é muito bonita. Entretanto há um detalhe nela que passa desapercebido: o fato de se interligar o perdão ao esquecimento. Não creio que perdoar seja necessariamente esquecer a ofensa. Tudo bem, o contexto da lenda pode trazer a conotação “vento do esquecimento” do tipo, eu sei o que você fez para mim, mas vou fazer vistas grossas.  Não, não creio que perdão seja fazer “vistas grossas” à ofensa. Perdoar é mais profundo do que isso. Talvez, raros são os humanos que realmente tenham experimentado plenamente o ato de perdoar. Perdoar é lembrar sem rancor, lembrar sem dor para com o outro...é assumir o dano para si. Isso vai além das vistas grossas. Isso implica na responsabilidade de olhar para o dano e para o causador do dano e assumir para si o ato de lidar com a dor, sem computar no outro a culpa. É assim que acredito ser o perdão. É isso que vejo na cruz do calvário. Um Deus que tinha em Suas mãos a prerrogativa de nos aniquilar, mas não computou culpa em nós e assumiu para si o dano, consumando este ato se sacrificando e morrendo em nosso lugar.
 
Não, não creio que Deus tenha feito vistas grossas para a cusparada que nós demos na cara Dele. Não creio que Ele tenha esquecido, que Ele tenha simplesmente passado uma borracha nas coisas e varrido tudo para debaixo do tapete de Seu Trono. Certa vez ouvi (confesso que não me lembro de quem) que no céu todos nós teríamos os nossos corpos em perfeição e que apenas o corpo de Jesus permaneceria com as Suas chagas, para que todos os homens vissem Nele as evidências de um Deus que nos amou incondicionalmente à ponto de entregar Sua própria vida para assumir o dano (pecado) que nós causamos. Sinceramente não sei afirmar se será exatamente assim. Caso seja assim...para uns isso pode soar como um ato de Deus jogando na nossa cara o fato de que Ele nos salvou. Para outros (e me incluo nestes) soa muito mais como uma evidência de que Ele nos ama incondicionalmente, e que este amor é imensurável, pois custou a vida do próprio Deus (em outras palavras...seria a evidência explícita de que um homem vale a vida de Deus).
 
Deus não esqueceu o nosso pecado. Mas concedeu perdão. Ele não é um Deus sem critérios de Justiça. É um Deus justo e há de julgar a todos. Como é bom saber que o Deus revelado na face de Jesus é um Deus de Amor e não um carrasco com um machado na mão. Ele é bom, justo, verdadeiro e fiel.
 
Sei que pode parecer uma hipocrisia minha dizer isso, mas dou glórias à Deus por Ele não se esquecer dos meus pecados. Não há virtude nisso e jamais isso será uma justificativa para pecar. Talvez você poderia dizer “Santa heresia Batman!”...mas tenho dentro de mim a sensação de que Deus não é um Senhor de Méritos e Deméritos...não é um Pai que computa créditos e nem débitos...mas sim um Deus que olha a nossa natureza e vê o quanto carecemos de amor. Quando Deus olha para o pecado da gente e vê em paralelo o quanto buscamos ser parecidos com Cristo, Ele permite que a gente possa experimentar mais profundamente a Cruz do Calvário. A virtude nisso é ter a profunda experiência do perdão tendo consciência de que Deus não esqueceu o pecado, mas que Ele não lembra do nosso pecado com ódio, dor e rancor, pois o perdão divino já está em percurso, agindo em nosso ser. Isso pode ser traduzido como o ato de Deus transformar o que não vale à pena ser amado em o que vale à pena ser amado. É como Martinho Lutero certa vez disse: “Somos amados não por que somos perfeitos, mas por que o amor de Deus é perfeito. O amor de Deus se destina ao que não vale a pena ser amado, mas cria o que vale a pena ser amado”.
 
Ser perdoado é “aparentemente” mais fácil do que perdoar. Vestir a pele daquele que recebe o perdão aparenta ser muito mais fácil do que aquele que tem em si a prerrogativa de conceber o perdão. Mas ambos papéis tem suas dificuldades. Não consigo ver uma pessoa  ter plena experiência de receber um perdão sem passar pelo processo de humilhar o próprio ego (em outras palavras...sem reconhecer que precisa ser perdoado). Da mesma forma, não consigo ver a pessoa que concebe o perdão tomar a atitude de perdoar sem estar disposta a se humilhar. Ora, Cristo não foi humilhado pelos homens antes de ser pregado na cruz?
 
Você pode me dizer..."isso é lindo no papel...mas na prática...todos sabemos que não é assim". Concordo...mas temos que tentar. Termino com um vídeo que vi recentemente e me senti muito tocado...espero que o mesmo lhe aproxime mais ao caráter de Cristo...
 
 
 
Há quem diga que guardar ódio, rancor, e não liberar perdão...é o mesmo que tomar um copo de veneno esperando que o outro morra.
 
Sei que o vídeo expressa um curto espaço de tempo de uma situação que será levada por toda uma vida...mas imagino a atitude desta mulher como uma expressão dos dois mandamentos que resumem a lei de Deus: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como o Próprio Deus nos amou, ou seja...incondicionalmente. Só podemos amar verdadeiramente o próximo se primeiramente amarmos à Deus...pois é amando à Deus que aprendemos o que é verdadeiramente amar.
 Para muitos a atitude desta mulher é loucura...assim como diversas atitudes de Cristo foram vistas como loucas...mas a verdade é que o Evangelho é loucura para os homens!!! A boa notícia é que o que realmente vale é o que Deus pensa...e não os homens!
Que o Senhor abençoe a todos nós.