quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O CRIME DE JESUS

E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
Lucas 23:38
 
Uma das penas mais cruéis e vergonhosas que o tribunal de Roma aplicava sobre os criminosos era a crucificação. O que muita gente não sabe é que toda crucificação trazia, sobre a cruz, uma placa expondo o crime do crucificado. A crucificação com a placa expondo o crime era uma forma de fazer com que todas as pessoas, que vissem a concretização da pena, tivessem uma noção do senso de justiça de Roma.
 
No caso de Jesus, a inscrição escolhida por Pilatos (representante do tribunal Romano no julgamento de Jesus) foi “INRI”, ou “Iesus Nazarenus Rex Ioderum”, que traduzida para o português significa “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”, ou ainda, em algumas traduções, “Este é o Rei dos Judeus”.
 
Interessante lembrar que o cenário político que existia em Jerusalém, na época em que Jesus foi crucificado, tinha um contexto muito delicado. Roma dominava Israel. Os Romanos tinham o imperador César como um deus. Israel esperava pelo Messias prometido. A expectativa dos judeus era que este Messias fosse um libertador político. Os judeus esperavam que o Messias libertaria Israel dos domínios de Roma. Israel já estava esperando o Messias havia muito tempo. Era muito comum aparecer pessoas que diziam ser o Messias. Quando isso acontecia, o Sumo Sacerdote e “sua equipe” abriam uma investigação para saber se aquele que alegava ser o Messias era realmente quem dizia ser. Com Jesus não foi diferente! Por isso que nos evangelhos constam diversos relatos onde os mestres da lei questionam os atos de Jesus.
 
Agora imagine, dentro deste contexto: Diante dos olhos de todos, a Cruz! Jesus, o homem que dizia ser o Messias, está preso ao madeiro, com os Seus braços abertos. Em cima de sua cabeça uma placa com a inscrição: “Este é o Rei dos Judeus”!
 
Esta inscrição denunciava muito mais do que o crime no qual Jesus cumprira pena. Roma, de certa forma dizia na placa “ - Este é o tal rei, messias, libertador que vocês, Judeus estavam esperando? Vejam como ele é frágil!”
 
O (suposto) crime de Jesus foi ter sido o Rei dos Judeus (povo que Deus escolheu para se revelar a toda humanidade). A sentença da cruz foi resultado de um julgamento extremamente injusto. Muita gente ainda pergunta “quem matou Jesus?”. A Palavra nos diz que Jesus não foi morto por causa da incapacidade de Pilatos em exercer justiça, nem por causa da conspiração do Rei Herodes, tão pouco em virtude da má fé de seus acusadores ligados ao Sinédrio. A Palavra nos diz que o sangue de Jesus foi voluntária e propositalmente “derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28). Isso não quer dizer que não haja maldade nas ações de Pilatos, Herodes ou nos religiosos do Sinédrio. Pelo contrário, os atos destas pessoas representam, de certa forma, a maldade que há em nós. A cruz é um paradoxo. De um lado o ato de amor de Deus que entrega a sua vida em favor de muitos. Do outro, as mãos humanas sujas com o sangue de um inocente! Por isso é considerada por muitos como uma loucura!
 
Jesus foi acusado pelo crime de ser Rei dos Judeus. Em uma dimensão mais real, Jesus foi acusado pelo crime de ser Deus. Mas ser Deus é um crime? Para o ego humano, é sim! Pois o ego humano deseja tomar o lugar de Deus. O ego humano deseja ser Deus de si. Deseja ser autossuficiente. Deseja assumir a prerrogativa de julgar o que certo e o que é errado. Ao olharmos para o julgamento de Jesus fica exposto a olho nu o quanto somos incapazes de discernir isso! Jesus era o cordeiro imaculado. Nele não havia mal algum. Ainda assim, nós o crucificamos. Cometemos Deicídio! Matamos o Deus Santo, Criador de tudo e todos!
 
 
Deus está acima do bem e do mal. É o único capaz de Julgar! Ele é Deus. Rei dos Reis. O homem acusa Deus por este crime, pois no dentro de si, o homem carrega o medíocre e arrogante desejo de ocupar este lugar. Este é o pecado original. O pecado de Lúcifer. O pecado de Adão. O pecado de cada um de nós. O pecado do qual nasce todos os demais pecados!
 
Engraçado e contraditório saber que o princípio fundamental da justiça romana espelhava-se numa máxima popular (que Pilatos, sem dúvida, conhecia, mas optou por ignorar): “A justiça é o propósito determinado e constante de retribuir a cada um o que lhe é devido”. Assim, portanto, também há uma decisão pessoal diante de cada um de nós:
 
Após olharmos para a vida de Jesus e considerarmos as alegações, seus ensinamentos, o fato de Ele ser o Messias, o Filho de Deus em carne, Deus em pele humana, o Salvador, a perfeita e definitiva oferta pelo pecado que habita em nós, será que nós – eu e você – temos retribuído a Jesus “o que lhe é devido”?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O QUE SE FAZ EM VEGAS...NÃO FICA EM VEGAS!

Las Vegas é conhecida como a cidade do pecado. É uma cidade famosa pelas noitadas e jogatinas. Poderíamos, de certa forma, afirmar que Las Vegas é a Sodoma/Gomorra dos dias atuais! Muita gente diz ser a “Disneyland dos adultos”. Por isso, filmes como “Sin City” (em português, “Cidade do Pecado”) e “Se beber não case foram”, gravados na cidade, evidenciam o quanto a cidade possui um leque de “diversão” para adultos: jogatina, prostitutas, drogas, etc. No filme “Se beber não case” há até uma frase, que acabou virando um “lema” para Las Vegas, que diz: “O que se faz em Vegas, fica em Vegas!”. É muito natural você ir para Las Vegas e encontrar camisetas com esta frase!

Interessante isso! Interessante ver o quanto o ser humano acha que pode ocultar os seus atos de entrega aos seus apetites. Gente que deseja se entregar aos seus desejos, mas que não deseja que outras pessoas saibam o que está acontecendo. Aquelas coisinhas, que no fundo...bem lá no fundo...se sabe que é errada, mas a gente deseja fazer, se entregar, se lambuzar, mas, claro que, ao mesmo tempo não deseja que ninguém fique sabendo.

Para um cristão isso não existe! Ele não se ilude com isso! Seja em Las Vegas, ou trancado no quarto de sua casa, o cristão sabe que jamais está sozinho, pois ele sabe que os olhos de Deus varrem a face da Terra. O cristão vive consciente de que está diante do “Público de Uma Pessoa Só”: Deus! Um cristão sabe que o que se faz em Vegas não fica em Vegas, fica impregnado na alma, impregnado na consciência...mais que isso: fica diante dos olhos de Deus!

Seja em Las Vegas ou onde quer que for, o cristão não negocia o seu caráter, pois sabe que os seus valores de vida vem de um Deus amoroso e justo. Diante disso, a obediência do cristão não vem pelo medo, mas sim pelo temor e respeito à Deus. É um ato que escolhe obedecer por amor.

Creio que para os “não cristãos”, a ilusão vai se evaporando aos poucos. Isso por que a maldade incomoda. Uma pessoa “não cristã” que se entrega aos apetites de seu ego, seja em Las Vegas ou em qualquer outro lugar, quando coloca a cabeça no travesseiro à noite para dormir, não consegue, pois aos poucos a consciência pesa! A diferença, neste caso, para um cristão e um “não cristão”, é simplesmente o fato de que na consciência do cristão a evidência do pesar e da necessidade do arrependimento vem mais rápida! Isso por que o Espírito Santo incomoda. É como se o Espírito Santo utilizasse a lei de Deus como lanterna para iluminar a alma do ser humano. Quando esta luz nos ilumina, vemos o quão sujo o pecado nos deixou, então a sirene do arrependimento começa a soar em nossa consciência.

Particularmente, creio que a consciência do ser humano é uma extensão da consciência de Deus. Isso significa que, todo ser humano deveria assumir a responsabilidade de manter a mesma limpa. Os cristãos sabem que uma consciência limpa só se é possível com uma vida lavada pelo sangue do Cordeiro, Jesus.

Não se iluda: o que acontece em Vegas, não fica em Vegas! O que acontece no quarto de motel com sua amante, não fica no quarto de motel! O que acontece naquele quartinho, onde você costuma abusar de crianças, não fica lá! O que acontece no seu escritório, onde você recebe dinheiro sujo, não fica lá...fica impregnado feito lepra na consciência...fica escancarado diante dos olhos de Deus, por que Ele tudo vê, tudo sabe, tudo conhece...e Ele há de julgar a tudo e todos no fim dos dias!

Deus nos convida ao arrependimento. Não há um dia sequer em que Ele não esteja esperando que a gente se arrependa! Não há um dia sequer em que Ele não esteja esperando que a gente participe de Seu ato de reconciliação na Cruz!


Louvado seja o Senhor que tudo vê e tudo conhece! Para sempre seja louvado!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A CARNE É FRACA, MAS A FRAQUEZA VENCE!

“ - A Carne é fraca!”...interessante... quantas vezes justificamos a nossa queda diante do pecado com esta frase!? Como diz a linguagem popular, “a ocasião faz o ladrão”, e se a carne é fraca, então a tendência é a tentação vencer. Diante da “ocasião” está a carne e sua fraqueza! Por fim cedemos, pecamos e resta-nos a vergonha e o tal discurso: “ – A carne é fraca!”.

Diante deste pensamento, gosto de me lembrar das palavras do Pastor Glênio Fonseca Paranaguá, que certa vez disse:

“O Criador do universo vence a rebelião da criatura no mesmo nível da criatura. Ele não vence Lúcifer, o pecador, o mundo, a carne e a morte como o Criador, mas como uma criatura; como um ser humano. Deus se fez homem em fraqueza para vencer o poder da arrogância do pecado, que pretende nos tornar como Deus.”

Se a carne é fraca, vale lembrar que Deus estava “vestido de carne” em Jesus Cristo quando venceu o mal. O pecado original foi cometido por uma criatura. Deus venceu este pecado se esvaziando, tonando-se fraco, assumindo em Si a dimensão da criatura.

Paulo afirmou: “ - Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” 2 Coríntios 12:10.

Se diante da carne enxergamos a nossa fraqueza, é importante lembrarmos que é na fraqueza que o cristão se torna mais forte. A carne é fraca, mas a fraqueza vence. Para muita gente, o amor aparenta ser o tipo de coisa que é para gente fraca. Mas Jesus Cristo vive, e essa é a maior evidência de que o Amor é mais forte que a morte!

Enxergar Deus como fraco, para muita gente é inaceitável. Mas o Deus explicito no rosto de Jesus nos traz um paradoxo: fraqueza e poder andando de mãos dadas. Jesus, Deus esvaziado que habitou entre nós, pregado no madeiro é o ato poderoso que venceu toda a maldade do universo. O maior ato de horror e ao mesmo tempo o maior ato de amor!

É natural que diante disso, deste paradoxo entre o poder e a fraqueza, que fiquemos sem entender a “mecânica” de Deus. Isso escancara a nossa vulnerabilidade. Por isso quando o assunto é Deus, temos diante de nós o fator “fé”! Mas particularmente acho isso maravilhoso! Sim, por que o amor de Deus é inexplicável...Ele simplesmente ama! Isso nos diz muita coisa! Nos diz, por exemplo, que se em algum momento estivermos caminhando com um Deus totalmente explicável, é bem certo de que estamos caminhando com um ídolo e não com Deus, pois o Deus revelado no Cristo está além do entendimento humano. Sendo assim, caminhemos com a nossa consciência de que a nossa caminhada é sobre uma trilha “de glória em glória”. Uma glória aqui, outra acolá! Por que o Deus das Escrituras Sagradas é o “Eu Sou o que Sou” no rosto de Jesus! Jamais teremos uma verdade absoluta sobre Ele diante do nosso entendimento. Aliás seria muita pretensão nossa, seres caídos, merecedores do inferno, desejar isso. Sendo assim, uma verdade sobre Deus descoberta aqui...é uma glória aqui...uma verdade sobre Deus descoberta acolá...é uma glória acolá.

Jesus, 100% homem, 100% Deus, nos convida para esta caminhada, onde a fraqueza aparenta ser fraqueza, mas na verdade, é onde mora a força do cristão que caminha com Jesus! Sendo assim, antes de afirmar que a carne é fraca, e usar isso como desculpas para uma vida de pecado, escorregadas no mal, deveríamos nos lembrar que foi justamente na fraqueza que Deus manifestou a olho nú, na cruz do Calvário, o quanto Ele é forte e poderoso!

A carne é fraca...mas a fraqueza vence!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

TUDO O QUE TENHO É CRISTO


SEM RESERVAS

“ – Jesus te ama!”...seco, direto...do tipo...jogar um verde, para colher maduro! A isca certa para pescar o “peixe-ser-humano”, fisgá-lo e trazer para o "barco-igreja". Quantos evangélicos não fazem este tipo de pesca!? O fato é que o tal “ – Jesus te ama!” se tornou uma frase de efeito, virou discurso pronto, virou um lugar comum!

Infelizmente muitas igrejas acham que evangelizar é trazer gente para dentro do templo. Então usam o tal “ – Jesus te ama” para fisgar gente que (teoricamente) está no mundo para trazer para dentro do templo. Para igrejas como estas, quantidade é muito mais importante do que qualidade, afinal de contas, quanto mais gente dentro do templo, mais dízimos e ofertas serão colhidas. Para gente assim, pessoas são cifrões! Lógica demoníaca!

Jesus ama! Isto é fato, pois os Evangelhos que escancaram a Sua vida aos olhos de todos nos mostra o quanto Cristo era o Amor encarnado! Entretanto o amor de Jesus para conosco não deve ser negligenciado. Jesus demonstrou um amor pacífico, acolhedor, bondoso...mas não era um amor bobo, um amor anestesiado! Jesus foi traído, mas sabia que ia ser traído. Jesus foi negado, mas sabia que seria negado. Jesus era um homem extremamente inteligente, seu amor era inteligente, não era um amor burro.

É muito triste ver as pessoas fazendo pouco caso deste amor. Negligenciando a graça de Deus para conosco. Gente diz com a boca “ – Jesus te ama”, mas tem, no agir, atitudes que vão em desencontro com os atributos do amor de Deus. Jesus nos ama não para encher templos. Jesus nos ama por que é amor! Este amor é de uma dimensão extremamente diferente daquele amor que estamos acostumados a lidar no dia a dia. O amor de Deus é puro, não é deturpado como o nosso.

Diante disso, precisamos ter a consciência de que se Deus nos ama, de forma pura, sem manchas, e estamos comprometidos em compartilhar este amor com nossos irmãos, qual será então a maneira que iremos demonstrar este amor? Em outras palavras, a pergunta é: Quem é o Deus que Sua vida revela?

Quem dera que pudéssemos evangelizar o mundo dizendo “ – Jesus te ama” muito mais com atos do que com palavras. Existem diversas maneiras de dizermos “ – Jesus te ama” com atos. É a refeição digna para o faminto miserável. É um abraço ao marginalizado. É a visita ao encarcerado, mesmo que ele seja culpado. É a madrugada de choro solidário na sala de velório.

A maneira mais verdadeira de se dizer “ – Jesus te ama” é se dispor a sofrer junto com o outro. Se somos vocacionados a ser tabernáculos vivos para morada de Deus e se somos a resposta de Deus para um mundo imerso no sofrimento, temos que nos disponibilizar a ser agentes da Graça do Pai.

O amor de Deus é sem reservas! Em nenhum momento Deus amará a gente mais do que Ele já está amando! Deus ama! Seu amor é imensurável! Nós somos vocacionados a tentar expressar este amor aqui e agora, da forma mais concreta possível, da maneira mais real que pudermos. É assumindo este compromisso que caminhamos em direção a Salvação, pois se a salvação do ser humano consiste em ser gente como Jesus Cristo é gente, estando comprometido em amar como Cristo amou, consequentemente estaremos comprometidos a viver como Cristo viveu. É evidente que o destino para uma vida assim é um só: a cruz! Mas a boa notícia é que depois da cruz vem a ressurreição!

Converter pessoas não é sinônimo de salvação para as mesmas. Da mesma forma que o milagre recebido, benção recebida, não é sinônimo de salvação. A conversão é o segundo passo da caminhada, pois o primeiro é reconhecer-se miserável. Afinal de contas, ninguém se converte sem saber que precisa ser convertido. Na caminhada muitas bênçãos serão perceptíveis aos nossos olhos. Mas o fato é que já somos abençoados muito antes de nos convertermos, pois não existe benção maior do que ser amado por Deus! Um amor puro, real, sem reservas!


O amor de Deus é real em nós! O sacrifício de Jesus na Cruz é real em nós! A maior evidência disso é estarmos respirando neste exato momento! Não houve um dia em que Jesus te amou menos ou mais do que Ele te ama agora, neste exato momento! Jesus te ama sem reservas. Jesus te ama, mesmo você sendo quem você é. Jesus te ama com todo o entendimento e força que Ele tem. Já parou para pensar nisso? Com todo o entendimento e força que Ele tem! Sem reservas! Ele é Deus!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

FARINHA DO MESMO SACO

Paulo afirmou: “ – Miserável homem que sou!”

Entendo que ao auto afirmar sua miséria, Paulo expôs o quanto sabia que era pecador. Mais que isso, Paulo auto afirmara ser o próprio pecado. Em outras palavras, Paulo ao dizer “ –Miserável homem que sou!”, estava dizendo: “ – Sou mais que pecador, sou o próprio pecado encarnado!”.

A profundidade desta consciência é tamanha e desafiadora a qualquer ser humano. Assumir a consciência de que a nossa queda nos tornou a escória da criação é o primeiro passo para estar “nu” diante de Deus! Interessante que esta consciência é muito mais necessária para nós, criaturas, do que para o Criador, pois Deus nos enxerga plenamente. Nós é quem nos sabotamos, nos enganamos, achamos que temos alguma dignidade perante à Deus. Deus conhece a miséria humana, entretanto, raros são os homens que tem consciência de sua condição miserável.

“ – Miserável homem que sou!” é o tipo de consciência que escancara o quão sujo nós somos. Somos a indiferença de Pilatos, o grito da multidão que escolhe por Barrabás e que clama por crucificação. Somos o beijo de Judas na face do Cristo. Somos a traição encarnada! Somos o olhar carregado de ódio dos Fariseus que vai de encontro a Jesus! Somos a saliva dos romanos no rosto de Jesus, a bofetada do mestre da lei, a chicotada que rasga a pele do Cristo de forma cruel e abominável! Somos os espinhos de Sua coroa! Somos a lança que transpassa Jesus. Somos os pregos que o prendem no madeiro! Somos as marretadas nas mãos dos romanos! O vinagre na esponja que foi colocada em Sua boca em meio à sede e o Seu ao clamor por água! Somos a miséria da criação! Somos aqueles que receberam a imagem e semelhança de Deus, mas que transformaram-se em imagem e semelhança do mal.

No paradoxo da Cruz, nós somos aqueles quem cometeram Deicídio! Aqueles que mataram o próprio Deus! Ao mesmo tempo que somos o alvo de reconciliação do Pai, somos a miséria que consome o inocente.

É impressionante ver gente que ainda acha que tem algo a reclamar com Deus! Gente como nós merece apenas uma coisa: a morte! Somos todos “farinha do mesmo saco”, pecadores, maldosos. O resquício de bondade que mora em nós é empréstimo de Deus! Ainda assim, somos tão egoístas, que só pensamos em usar esta bondade para nós mesmos. Somos egos, miseráveis. O bem que desejamos fazer, não fazemos! Mas o mal que desejamos fazer flui de nossos atos, omissões e pensamentos.

Quando a pergunta “ – Qual é o maior pecador que você conhece?” vem à tona, o que temos respondido!?

Se a resposta não for um “ - Eu, eu sou o maior pecador que conheço, miserável homem que sou!” carregada de uma consciência de tristeza por tamanha miserabilidade, então há algo errado no Cristianismo que estamos vivendo!

Deus escolheu nos amar, mesmo sabendo que somos assim, miseráveis. Este amor, além de nos propor reconciliação, propõe salvação, transformação. Isso se chama graça! O ato de Deus em nosso favor sem considerar quem nós somos.

Quanto mais conscientes do quão pecadores nós somos, maior é a experiência de misericórdia proporcionada pela graça de Deus. Somos “farinha do mesmo saco”, pois afinal de contas todos nós somos pecado e estamos destituídos da Glória de Deus. Entretanto isso não é um fatalismo. O próprio Deus nos diz isso na Cruz do Calvário! Se hoje temos a consciência de que somos “miseráveis”, de que somos “desgraça”, somos convidados a nos entregar nas mãos de Jesus, para que Ele nos transforme. A desgraça, nas mãos de Jesus, é matéria prima para a graça!

Que o Senhor possa restaurar em nós a imagem e semelhança que um dia Ele nos depositou!

VOCÊ ME AMA?

Pedro era um apóstolo, de certa forma, carismático, que não se preocupava muito com o que os outros pensavam sobre ele. Era intenso e escandaloso em sua entrega a Jesus. Era exagerado! Percebeu a singularidade de Jesus logo em seus primeiros contatos com o Cristo. Foi um homem que abraçou os valores de Jesus sem reservas. Pedro era um homem que dizia amar Jesus à ponto de morrer juntamente com Ele. Sim, comprometido com Jesus à ponto de dizer para Cristo: “ - Para te matarem, terão que me matar primeiro”. Pedro era um homem que não media esforços para demonstrar a Jesus que sabia que Ele era o Messias. Tinha um comprometimento escandaloso com Jesus.

Entretanto, Jesus sabia que Pedro estava enganado. Jesus tinha a consciência de que o amor de Pedro, em realidade, era bem diferente daquele que o mesmo vivia dizendo. Por isso Jesus disse à Pedro: “ - Antes do galo cantar...você me negará três vezes!”. E assim aconteceu: Pedro negou Jesus três vezes!

Na manhã seguinte, Pedro está no caminho de Jesus e os seus olhares se cruzam. Diante deste cruzar de olhares, Pedro toma consciência das palavras de Cristo: “ – Antes do galo cantar, você me negará três vezes!”. Então Pedro, cai “de si” e “em si”. Percebe que seu amor por Cristo era bem menor do que ele costumava dizer ter. Pedro, diante deste fato, chora profundamente, uma dor sem medida!

Em paralelo ao pranto de Pedro, Jesus segue em sua jornada ao Calvário. Então Jesus é crucificado, morre e ressuscita ao terceiro dia.
                                                                                                                                                                                                                                           
No domingo (conhecido como domingo da ressurreição) as mulheres vão ao jardim e encontram Jesus. Então Jesus conversa com Maria Madalena e diz para as mulheres avisarem os Seus discípulos que Ele esperaria os mesmos na praia. Os discípulos estavam desolados e amedrontados, afinal de contas, o Messias estava morto e Roma seguia dominando a todos. As mulheres então, vão até os discípulos e dão a notícia de que Jesus havia ressuscitado e que desejava encontrar a todos na Praia.

Aqui temos um detalhe interessante. Miremos, por um instante, os holofotes em Pedro. Ele havia negado Jesus três vezes. Interessante observar este detalhe: “3 vezes!”. Perceba que o número três, nas Escrituras Sagradas, nos dimensiona o absoluto:

Daniel orou por 3 vezes. Jesus orou 3 vezes no Getsemani. Três = Pai, Filho Espírito Santo = Absoluto!

Pedro havia negado Jesus por três vezes. Pedro havia negado Jesus de forma absoluta. De certa forma Jesus poderia dizer a Pedro: “ - Você não Me negou por que estava distraído, você negou consciente, de forma absoluta!”.

Diante disso, dá para imaginar que, quando as mulheres voltam do sepulcro e dão a notícia aos discípulos de que Jesus vive e que deseja encontrar a todos na praia, Pedro provavelmente sentiu-se num dilema: “ – Será que Ele deseja me encontrar também, pois eu O neguei!”. Creio que, diante dos acontecimentos, este era um pensamento natural na mente de Pedro.

Jesus é extraordinário! Após ter morrido e ressuscitado, Jesus, que ainda não tinha se encontrado com Pedro depois de o mesmo Tê-lo negado por três vezes, diz a Maria Madalena:

“Diga aos meus discípulos e a Pedro, que Eu espero por eles la na Praia!” Marcos 16:7

Jesus enfatiza o nome de Pedro, para que fique evidente que Ele desejava ver Pedro também! Jesus sabia que Pedro estaria neste dilema. Imagino que Pedro deva ter perguntado a Maria Madalena: “ – Como assim? Ele deseja ver todos os discípulos? Todos mesmo? Inclusive eu?”. E Maria Madalena respondeu: “ – Pedro, Ele disse: ‘ – Diga aos meus discípulos e a PEDRO, que Eu espero por eles la na Praia!’. O Mestre deseja te encontrar!”

Então Jesus e Pedro se encontram. E a seguinte conversa acontece:

E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
João 21:15-17

Neste diálogo é possível perceber que Jesus está substituindo a memória de negação, que está na mente de Pedro, por uma memória de amor. Jesus está acolhendo novamente Pedro, e diante deste acolhimento é possível perceber um “jogo de palavras”.

Para entendermos este jogo de palavras precisamos estar conscientes do seguinte cenário:

Interessante o quanto nós banalizamos a palavra “amor”. Você já parou para pensar nisso?

A banalização vai desde o rapaz que diz para a moça um “eu te amo” simplesmente para conseguir levar ela para cama até um “eu te amo” da “chocólotra” perante uma deliciosa barra de Milka!

O nível, ou se preferir, a profundidade na qual expressamos o amor está banalizado. Pensemos em alguns cenários:

Olhando para o seu cachorrinho você diz:  “ - Eu amo meu cãozinho!”
Olhando para a sua esposa você diz: “ - Eu amo minha esposa!”
Num dia quente de calor, você entra na sala que está com o ar condicionado ligado e pensa: “ - Uhhhfahh, eu amo ar condicionado!”
Na celebração do culto de domingo, no meio do louvor, você diz: “ - Eu te amo Jesus!”

A pergunta é... as três expressões do sentimento “amor”, são iguais?!

Os gregos bem sabiam que o sentimento “amor” não poderia ser expressado com uma única palavra. Diferentemente de nós, nos dias atuais, os gregos tinham diferentes palavras para expressar o amor:

Storge...era a palagra utilizada para o amor ao cachorrinho, o ar condicionado, etc...
Éros...era a palavra utilizada para o amor carnal, sexual, entre um homem e uma mulher...
Filéo...era a palava utilizada para o amor dos amigos, simpatia, prazer da companhia, fraternidade, etc...
Ágape...era a palavra utilizada para se referir ao amor Divino...o Amor de Deus!


Interessante: Éros, mata! Ágape, morre! Éros, quer para si! Ágape, se doa! Éros, causa dor! Ágape, dói! Éros diz, é meu! Ágape diz, sou teu!

Ágape, perdoa 70x7, sua sangue, se entrega!

...conscientes disso, voltemos ao “jogo de palavras” na conversa entre Jesus e Pedro, em João 21:15-17...perceba que interessante:

Jesus inicia a conversa fazendo a primeira pergunta: “ - Simão, filho de Jonas, você me ÁGAPE?”
Pedro responde: “ - Sim, Senhor, tu sabes que eu te FILÉO!”
Jesus então pergunta pela segunda vez: “ - Simão, filho de Jonas, você me ÁGAPE?”
Pedro então responde pela segunda vez: “ - Sim, Senhor, tu sabes que eu te FILÉO!”
Então Jesus pergunta pela terceira vez: “ - Simão, filho de Jonas, você me FILÉO?”
E Pedro diz: “ – Sim, Senhor tu sabes de todas as coisas. Tu sabes que eu te FILÉO. Tu sabes que eu não te ÁGAPE. Que eu só te FILÉO!”

Interessante, que se esta conversa tivesse ocorrido antes de Pedro negar a Cristo três vezes, ela seria assim:

Jesus perguntaria: “ - Simão, filho de Jonas, você me ÁGAPE?”
Pedro responderia: “ - Senhor, claro que eu te ÁGAPE! Tamo junto! Vou contigo até o fim”

Jesus seguiria perguntando e Pedro seguiria respondendo: “ – É claro que eu te ÁGAPE!”

A consciência adquirida por Pedro ao negar Cristo três vezes, fez com que o mesmo entendesse que o seu amor por Jesus era muito mais falho do que ele poderia imaginar. É Pedro dizendo: “ – Jesus sempre achei que eu te ÁGAPE, mas a verdade é que o máximo que consigo te oferecer é o meu FILÈO!”. Em outras palavras Pedro está dizendo: “ – Jesus, eu achava que te ÁGAPE, mas este lance de ir para cruz foi demais para mim, e ao perceber que isso te negando três vezes, percebi que eu simplesmente te FILÉO! Tu sabes disso, quando cruzamos os nossos olhos, você percebeu isso!”.

Diante deste cenário, o extraordinário é perceber que mesmo diante desta conversa, Jesus sempre complementa o Seu diálogo com Pedro dizendo: “ – Apascenta as minhas ovelhas”, ou se preferir “ – Cuide de minhas ovelhas”.

Ao olhar para estas palavras de Jesus, diante da situação entre Pedro e o Mestre, é possível perceber que Cristo está nos dizendo duas coisas, em alto e bom som:

Primeiro, Jesus não espera que sejamos perfeitos para sermos amados por Ele. Quando Jesus chega para você e te pergunta: “ – Você me ÁGAPE?”. Não é preciso ter medo de dizer “ – Senhor, tu sabes que eu só te FILÉO!”

Quem de nós conseguiria responder ao “ – Você me ÁGAPE?” de Jesus, da seguinte maneira:

“ – Jesus eu, infelizmente, só te FILÉO! Não consigo nem perdoar o meu chefe, como posso dizer que seria capaz de morrer por Ti? Não consigo vencer uma mentirinha aqui, outra acolá, como posso dizer que seria capaz de morrer por ti? Sou vencido pelo maço de cigarro, pela lata de cerveja, como posso dizer que seria capaz de morrer por Ti? Não sou capaz de vencer meu ego, como seria capaz de dizer que posso me entregar por ti? Não consigo perdoar meu pai, minha mãe, meu irmão, como vou dizer que eu morro por ti? Não consigo nem dizer não para dinheiro sujo, como posso dizer que morro por Ti? Senhor, este papo de que temos que dar a outra face para tapa, quando tomamos uma bofetada! Que temos que caminhar mais duas milhas quando nos obrigarem a caminhar uma milha! Que temos que perdoar 70 x 7...tudo isso é meio Ágape, eu vou tentar me esforçar, mas no fundo sei que não conseguirei oferecer um ÁGAPE, pois eu consigo oferecer no máximo o meu FILÉO! O Senhor sabe o quanto eu desejo que aquela pessoa, que fez mal para mim, morra! E o Senhor vem me perguntar se eu te ÁGAPE? Se eu morreria por você?”.

Diante de uma resposta desta, ouviríamos de Jesus a seguinte frase: “ – Apascenta as minhas ovelhas!”. Isso quer dizer que, assim como no caso de Pedro, o nosso amor imperfeito à Jesus, é suficiente para que Ele, Jesus, inicie um relacionamento conosco, a ponto de transformar este amor, de glória em glória, o mais perfeito possível! O nosso amor, imperfeito, é suficiente para Deus, no sentido de que Ele pode transformar estes amor, de FILEO para ÁGAPE, conforme Ele, Jesus, caminha conosco. Jesus acolheu Pedro, mesmo sabendo que o seu amor era imperfeito. Mesmo sabendo que Pedro só poderia oferecer o seu FILEO!

Quem de nós tem ÁGAPE para oferecer à Jesus?

Interessante que Jesus resignificou os 2 mandamentos mais importantes. Antes os mesmos eram: Amar a Deus, com todo a sua força e entendimento, sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Jesus resignificou os mesmos, dizendo: Antes os mesmos eram: Amar a Deus, com todo a sua força e entendimento, sobre todas as coisas e amar ao próximo como Eu vos amei.

Jesus nos convida a amar ao próximo de forma ÁGAPE, mesmo sabendo que só podemos oferecer o nosso FILÉO. Jesus sabe que se acomodarmos em nosso FILÉO jamais daremos vazão para que o mesmo se transforme em ÁGAPE. Por isso Ele aceita o nosso FILÉO e nos convida a caminhar juntamente com Ele, de forma que o Espírito Santo possa nos transformar à imagem e semelhança de Jesus.

O amor imperfeito de cada um de nós se torna suficiente para Jesus quando temos consciência de que nosso amor por Ele é imperfeito. Quando podemos dizer, em total liberdade, sem máscaras, de coração aberto...” – Jesus, eu lamento muito, eu já acreditei que te ÁGAPE, mas eu só te FILÉO!”...Jesus então olha para nós e diz: “ – Ufa...finalmente! Eu sempre soube que você não me amava do jeito que você me dizia amar. Você se achava perfeito, mas finalmente caiu em si, e de si! Finalmente você viu que não é perfeito! Finalmente você se desiludiu de achar que poderia ser perfeito! Finalmente você parou de pensar como um fariseu! Agora podemos avançar! Vem, você é dos meus! Vem apascentar as minhas ovelhas! Vamos caminhar juntos, para transformar este FILÉO em ÁGAPE!”.

O ponto de partida é reconhecer que o nosso amor por Deus é imperfeito! Só quem tem esta consciência é capaz de dar vazão ao Espírito Santo para que Ele possa transformar nosso ser!

Nós achamos que somos perfeitos. Por conta disso achamos que todos ao nosso redor são imperfeitos. Inclusive Deus, pois quantas vezes achamos que Deus demora para responder nossas orações! Mas somos imperfeitos! Deus sabe disso e nos ama!

Em segundo lugar, Deus deseja nos dizer em alto e bom som, que aceita o nosso amor imperfeito quando lamentamos muito o fato de sabermos que não podemos oferecer à Ele um amor ÁGAPE.

O lamento de Pedro ao cruzar os olhos com Jesus, após nega-lo por três vezes, foi profundo. Jesus sabia disso. Jesus viu que Pedro sentia muito não poder oferecer ÁGAPE.

Interessante...

Tem gente que tem o discurso: “ – Quando você casou comigo, você sabia que eu era assim!”. Este é o tipo de discurso que não combina com gente que está comprometida com os valores de Cristo. Pessoas que se entregam a imperfeição e faz da mesma uma desculpa para uma vida porca e nojenta, é gente sínica.

Jesus não se confia a “perfeitinhos e perfeitinhas”, mas também não se confia a “imperfeitinhos e imperfeitinhas”.

É Jesus perguntando: “ – Você me ÁGAPE?” e o “imperfeitinho” negligencia a resposta dizendo:  “Que isso Jesus, vai me perdoando ai 70 x 7!”

Não podemos negligenciar a graça! Não podemos desdenhar do ÁGAPE do Pai! Não podemos desdenhar da Graça do Pai! A Graça de Deus não é um ato vão! Não é licença para uma vida de esbórnia!

Quando descobrimos que não somos perfeitos e que não podemos ser perfeitos não podemos ficar na zona de conforto e se entregar a imperfeição. Temos que nos esforçar ao máximo a assumir os valores de Jesus em nossas vidas!

Martinho Lutero foi muito feliz em dizer que o amor de Deus não se destina ao que vale à pena ser amado, mas o amor de Deus gera o que vale a pena ser amado.

Gente que se entrega a imperfeição não dá vazão ao Espírito Santo, para que Ele gere o que vale à pena ser amado. A profunda consciência de que jamais seremos perfeitos a ponto de poder oferecer ÁGAPE à Deus deve andar de mãos dadas com a profunda tristeza que esta consciência provoca em nosso ser.

Consciência de erro não é a mesma coisa que arrependimento! Lamento pelo pecado não é a mesma coisa que arrependimento! Arrependimento sempre vem acompanhado de uma vergonha profunda. É possível imaginar... quando Jesus perguntou a Pedro “ – Você me ÁGAPE?”, Pedro, envergonhado, não tem coragem de olhar nos olhos de Jesus, ele simplesmente abaixa a cabeça e responde: “ – Senhor, eu te FILÉO!”.

Deus procura gente sincera de coração. Gente íntegra. Gente que sabe que é pecadora, imperfeita, mas que é sincera de coração, que é íntegra, e não está acomodada no pecado!

Hoje, somos Pedro! Já negamos Jesus por diversas vezes, bem mais que 3 vezes! Pode ser que o nosso olhar já tenha se cruzado com o de Jesus. Pode ser que a gente esteja com Ele, sentado na praia. Jesus está nos perguntando: “Você me ÁGAPE?”...qual a sua resposta?

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Inspirado no Sermão de Ed René Kivitz