Faço da minha linha de raciocínio a mesma do Pastor Jackson Jacques e deixo uma pergunta no ar:
"Meu corpo. minhas regras...corpo da criança, regra de quem?"
Sei que o aborto é um assunto polêmico. Não tenho discernimento para dizer até onde vai a ética, moralidade e demais pensamentos sobre o assunto, mas acredito que o aborto é pecado. Como um cristão sou a favor da VIDA! Creio de todo coração que o Espírito Santo transforma a desgraça de um estupro (onde uma criança apareça como fruto deste pecado) em graça.
Como? Cabe a Deus a resposta.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos ajude a encontrar respostas em conformidade com os valores expressos na vida de Jesus, para responder questões como estas!
“Será que realmente somos livres?”. Você já se fez esta
pergunta?
A Palavra de Deus nos diz que o Senhor criou o homem e lhe
concedeu “livre arbítrio”, mas é fato que muita gente discorda ou tem dúvidas
sobre isso. Quando o assunto é “livre arbítrio” muitos se esquecem que o ponto
de partida para se pensar sobre o tema é a definição que temos para o conceito
de “liberdade”. É exatamente ai que está o problema: muita gente confunde “liberdade”
com “libertinagem”. Talvez um bom jeito de se iniciar uma discussão sobre Livre
Arbítrio seria:
- “Você é Livre?”
- “Antes de lhe responder, me diga o que é Liberdade para
você?”
Bom, antes de prosseguir camos pedir uma pequena ajuda ao
Aurélio:
Liberdade: 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição
externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade.
3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou
arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em
cativeiro. 5 Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão.
Libertinagem: Devassidão,
licenciosidade.
Há quem diga que a
liberdade de um homem vai até a liberdade de outro homem. Outros pensam que um
homem, para ser realmente livre, o mesmo não deve respeitar a liberdade de
outros. Talvez por isso que muitos adultérios, furtos, assassinatos e outros
crimes aconteçam tanto em nossa sociedade. Talvez poderíamos dizer que vivemos
em um cenário onde a libertinagem passa a todo momento por cima da liberdade.
Creio que nós seres
humanos temos um conceito muito raso sobre liberdade. Uma visão muito pequena
de algo muito mais complexo. Ser livre não é ter uma licença para se fazer tudo
o que bem entender. Como um cristão eu acredito que por sermos seres criados,
nós temos um jeito certo de “funcionar”. Se somos uma obra proveniente de um Criador,
então esta mente superior, ao nos projetar, pensou, obviamente, na maneira
certo que deveríamos nós, criaturas, funcionar. O problema é que, assim como um
“vírus” afeta um sistema lógico, nós fomos receptivos ao ataque de um vírus
chamado “pecado” que alterou o nosso ser de forma a decidimos voluntariamente a
funcionar do jeito que nós mesmos desejássemos. Em outras palavras, nos
tornamos deus de nós mesmos.
A liberdade que Deus
nos projetou tem um padrão e um caráter, não é algo impensado. Deus nos criou
livres, mas em uma liberdade que tem um padrão: santidade! Quando olhamos para
Jesus, olhamos para o único homem a viver a real liberdade que Deus planejou
para nós seres humanos. Jesus não é simplesmente o único homem a viver a
plenitude liberdade que Deus planejou para nós, Ele é mais que isso...Ele é a
verdadeira liberdade para todos os homens. Jesus é o gabarito para tudo:
santidade, amor, misericórdia...para o pleno estado de ser um “ser humano” de
verdade. Jesus é o parâmetro da liberdade na qual nós somos chamados a viver.
Os valores de vida expressos no ser de Jesus tem o poder de nos libertar deste
conceito de liberdade medíocre que o mundo nos empurra. Jesus é a Liberdade que
liberta. Quanto mais parecidos formos com Jesus mais livres nos tornamos.
Para nós cristãos, o
padrão de liberdade é Jesus...a Liberdade que nos liberta!
“Viver dia a dia os valores expressos na vida de Jesus, o Cristo,
para que a cada dia a gente possa se tornar cada vez mais parecido com Jesus”. Talvez
esta seja uma forma de se resumir a verdadeira essência de uma caminhada cristã.
A caminhada do homem de um estado de ser, imagem e semelhança corrompida,
resultado da nossa queda devido ao pecado, para outro estado de ser, imagem e
semelhança a Jesus, perfeita, santa e integra.
Ora, mas por onde começar? ...talvez a resposta esteja na
canção “Man In the Mirror” de Michael Jackson:
MAN IN THE MIRROR (tradução)
"Eu vou fazer uma mudança
De uma vez em minha vida
Vai ser bom de verdade
Vou fazer uma diferença
Vou fazer isso direito
Enquanto eu dobro a gola
Do meu casaco de inverno favorito
O vento assopra em minha mente
Eu vejo as crianças nas ruas
Sem o suficiente para comer
Quem sou eu para estar cego
Fingindo não perceber suas necessidades
Uma indiferença de verão
Uma tampa de garrafa quebrada
E a alma de um homem
Eles seguem uns aos outros no vento, você sabe
Porque eles não tem nenhum lugar para ir
É por isto que eu quero que você saiba
Estou começando com o homem no espelho
Estou pedindo a ele que mude seus modos
E nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
Se você quer fazer do mundo um lugar melhor
Olhe para si mesmo e faça uma mudança
Eu tenho sido vítima de um tipo de amor egoísta
É hora de eu compreender
Que existem alguns sem casa
Nenhum centavo para emprestar
Seria realmente eu
Fingindo que eles não estão sozinhos?
Um salgueiro profundamente marcado
O coração partido de alguém
E um sonho desanimado
Eles seguem o rumo do vento, você vê
Porque não tem lugar para ir
É por isso que estou começando comigo
Estou começando com o homem no espelho (Oh!)
Estou pedindo a ele para mudar seus modos (Oh!)
E nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
Se você quer fazer do mundo um lugar melhor
Olhe para si mesmo e faça uma mudança
Estou começando com o homem no espelho (Oh!)
Estou pedindo a ele para mudar seus modos (Oh!)
E nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
Se você quer fazer do mundo um lugar melhor
Olhe para si mesmo e faça uma mudança
Estou começando com o homem no espelho
(Homem no espelho - Oh, sim!)
Estou pedindo a ele que mude (É melhor mudar!)
Nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
(Se você quer fazer do mundo um lugar melhor)
(Olhe para si mesmo e faça a mudança)
(Você tem de fazer bem, enquanto há tempo)
(Porque enquanto você fecha seu coração)
Você não pode fechar sua, sua mente!
Aquele homem, aquele homem, aquele homem...
Com o homem no espelho...
(Homem no espelho, oh, sim!)
Aquele homem, aquele homem, aquele homem...
Estou pedindo a ele para mudar ( É melhor mudar!)
Você sabe... aquele homem
Nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
Se você quer fazer do mundo um lugar melhor
Olhe para si mesmo e faça a mudança
Eu vou fazer uma mudança
Vai ser bom de verdade
Vamos! (Mude)
Apenas levante-se, você sabe
Você tem de parar isso, você mesmo!
(Sim! Faça aquela mudança!)
Eu tenho de fazer aquela mudança, hoje!
(Homem no espelho)
Você tem de não deixar seu próprio irmão
(Sim! - Faça a mudança!)
Você sabe, preciso entender
Aquele homem, aquele homem... (Homem no espelho)
Você precisa, você precisa se mexer!
Vamos! Vamos! Você tem de...
Levantar-se! Levantar-se! Levantar-se!
(Sim! - Faça aquela mudança)
Levante-se e eleve a si mesmo, agora!
(Homem no espelho)
(Sim! Faça aquela mudança!)
Vou fazer aquela mudança
Vamos! (Homem no espelho)
Você sabe! Você sabe como!
Você sabe! Você sabe como!
(Mude) Faça aquela mudança"
Temos de ser a mudança que desejamos ver no mundo. Temos que
começar em nós a mudança que desejamos ver no mundo. Como o mundo vai mudar se
não conseguimos iniciar esta mudança em nós? As nossas atitudes falam mais alto
do que o nosso belo e politicamente correto discurso cristão. A resposta para o
sofrimento deste mundo tem um nome: a igreja de Jesus! Eu, você, todos
nós...somos a igreja de Jesus! Se a Igreja precisa de um avivamento, precisa
acordar, este processo tem que ser iniciado em nós mesmos! Temos que começar pelo
nosso “eu”, depois partir para as pessoas que estão ao nosso lado...e assim por
diante...como um efeito dominó! O efeito dominó começa em você! HOJE É O DIA PARA ISSO COMEÇAR!
Que a nossa miséria seja sufocada pela graça do Senhor, para
que venha à tona em nós o caráter de Jesus!
Me lembro do primeiro velório onde minha consciência começou
a absorver o contexto da morte. Não convivia muito com a irmã da minha avó. Via
ela muito pouco. Mas um dia minha mãe chegou em casa com os olhos marejados
dizendo que sua tia havia morrido e que deveríamos ir ao velório. Eu, com meus
8 anos de idade, me vi diante de uma série de pessoas. Alguns rostos
conhecidos, outros não, mas todos tristes, com lágrimas escorrendo. Um clima
depressivo e “pesado”, algo que jamais tinha visto até então. Depois desta
experiência, conforme ia crescendo, a morte começou a aparecer mais vezes. Um
amigo ali, um parente aqui, minha avó, meu avô, outro tio avô...enfim, a história
seguia o seu ciclo e vira e mexe me via em um velório.
Inevitável então parar e pensar: por que a morte é vista
como algo tão ruim? Por que tamanha angústia? Para onde iremos? Será que
veremos estas pessoas novamente?
É claro que estes questionamentos não são apenas meus.
Muitos se perguntam sobre essas coisas! O fato é que questões como estas vão despertando
a nossos corações, nossas consciências. Então saímos em buscas das respostas
para as mais variadas perguntas.
Tenho lido alguns textos de Paul Washer, um teólogo cristão,
e me deparei com o seguinte pensamento:
“O nosso problema não é a fraqueza, mas é a falta de
consciência da nossa fraqueza.”
Paul Washer
A morte talvez seja a expressão maior de como somos fracos.
Infelizmente somos soberbos demais, achamos que somos donos do nosso tempo.
Alguém nos disse que temos todo o tempo do mundo, e esse alguém é o nosso
coração. Quão soberbo é o nosso coração em acreditar que somos capazes de viver
o tempo que desejarmos.
Nós, cristãos, acreditamos que Jesus venceu a morte, acreditamos
que a morte não é o fim. Esta fé implica na responsabilidade de crucificar esta
soberba em nosso coração e confiar que Deus, um Deus de caráter íntegro e
bondoso, identificado pelo Amor, esteja no controle das nossas vidas. É um ato
de fé, mas não um ato de se assumir burro para a razão.
O próprio Paul Washer expressa ainda:
“Jesus não é tudo que precisamos. Ele é tudo que TEMOS!.”
Este é o pensamento do verdadeiro cristão que sabe quem é
Jesus, que reconhece em Jesus os valores de vida capaz de nos tirar desta
condição miserável que é o pecado. Para isso é preciso pensar. Como disse John
Stott: “Crer é Pensar!”. Em outras palavras, fé que pensa é a razão que crê.
Somos soberbos. Seres miseráveis. A soberba que habita em nós
sabota o nosso ser diariamente. É um ciclo miserável que todos seres humanos
tem que enfrentar. Precisamos de salvação. Precisamos de um salvador. Jesus é a
nossa Única esperança.
Paul Washer nos ensina mais...
“Uma canção muito popular a alguns anos dizia: “Deus nunca
desistiu de mim”, é por que Ele nunca colocou nenhuma esperança em você. “ele
nunca desistiu de você”, quem ensinou essas coisas a você? Ele nunca desistiu
porque ele não pôs esperança em você. Ele colocou esperança na Sua própria
promessa, no Seu próprio juramento em Sua própria Aliança, Ele colocou
esperança onde ela pertence, em Sua Pessoa, Seus decretos, na Sua obra.”
“Deus perdoa todo o tipo de pecado, ainda que não inocenta o
culpado. Aquele que aceita Jesus é justificado e tratado como justo porque há
dois mil anos Jesus foi tratado e condenado como culpado.”
Temos que trocar a soberba do nosso coração e toda sabotagem
miserável que ela produz em nosso ser pelos valores de vida expressos em Jesus,
o Cristo de Deus. Precisamos cravar nossa soberba na cruz, nos render ao Pai,
como um soldado que joga as armas por terra e cai de joelho com as mãos para o
alto diante do exército poderoso, reconhecendo que não tem como vencer a
batalha, reconhecendo que não há poder para lutar...só assim veremos que do
outro lado Deus não deseja que nós venhamos a nos render à Ele para sermos
prisioneiros odiados, mas sim para sermos acolhidos como filhos, justificados
pelo sangue santo de Jesus.
Todas as vezes que o nosso coração nos diz: “Eu em primeiro”
devemos dizer para ele “Eu por último”...Deus é o primeiro, meu próximo o
segundo e eu...por último. É assim que cravamos a nossa miséria soberba na
cruz, é assim que negamos o nosso ego para dar vazão aos valores de vida do
Reino do Pai.
Que o Senhor nos conduza sempre e sempre em retidão no ÚNICO
caminho que é JESUS: NOSSO ÚNICO, ETERNO, SUFICIENTE, EXCLUSIVO, BONDOSO, SANTO
E MARAVILHOSO SALVADOR.