O pecado é como uma cela com a porta aberta. Uma cela
confortável, luxuosa, com todas as mordomias disponíveis, que faz o homem desejar
estar dentro. Ele vê a porta aberta, vê a possibilidade de sair dali, mas não
deseja, pois ali ele se sente confortável, se vê cheio de regalias e deseja
estar ali. Mal sabe o homem que um dia está cela será trancada e que todo o
conforto, luxo e mordomia serão transformados em choro e ranger de dentes, pois
esta cela será atirada no inferno.
O pecado anestesia a consciência do ser humano. Quanto mais
o homem se impregna do pecado, mais sua consciência é anestesiada. A pessoa não
sente mais tristeza ao ver suas maldades virem à tona, perde o senso de certo e
errado, arruma jeitinho para tudo, para todas as ocasiões. Mal sabemos nós o
quanto este caminho é um caminho de morte eterna.
Já pensou em varrer a sua consciência e ver o quanto ela
ainda responde aos seus atos? Será que ela está anestesiada? Imagine um
alfinete capaz de testar os sentidos da sua consciência. Quando você alfineta a
sua consciência com esse, digamos, “alfinete capaz de nos mostrar o nosso
verdadeiro caráter” o que você sente sobre si mesmo? Indiferença? Remorso? Arrependimento?
Há quem diga que o remorso é o tipo de tristeza conduz a morte (morte eterna), é
a tristeza carregada por ódio. Por outro lado, o arrependimento é a tristeza
que nos leva a cruz, a tristeza que nos rende ao ato de graça do Pai e nos
conduz à reconciliação com Deus.
Fiodor Dostoievski dizia que se se Deus não existe então
tudo é permitido. Creio que isso é verdade! Também creio que, a permissividade
das coisas dependendo muito de qual é o deus que você segue. Se você tem um
deus, de fato este deus lhe exerce alguma autoridade, afinal de contas a
palavra deus implica em uma autoridade maior. Muita gente se diz ateu, diz que
não tem um deus a seguir. Mal sabem elas que ao afirmarem isso, de certa forma
estão se declarando deus de si mesmas. Sendo assim se permitirão fazer algumas coisas
e, claro, se negarão a fazer outras. O fato é que nós cristãos afirmamos nossa
fé em Jesus, creditando a Ele a prerrogativa de ser Deus. Em Jesus vemos o
caráter e a integridade que somos destinados a ser. Sendo assim, não podemos
viver nesta cela luxuosa e atrativa que é o pecado. Temos que clamar como o
escritor bíblico dizendo: Sonda-me Senhor e vê se há algo maligno em mim. Para
isso nossa consciência não pode estar anestesiada, para que o Espírito Santo
nos convença de nossos pecados e nos conduza a tristeza que gera o
arrependimento. Ao agir desta forma em nós, o Espírito Santo nos toma pela mão
e nos conduz para fora da cela do pecado em direção a cruz de Jesus.
Olhe ao seu redor e responda para si mesmo: você está em uma
cela? Quais são as grades que estão te mantendo preso? Um adultério? Um esquema
de propina? Um menor que você abusa física ou moralmente? Uma igreja no qual
você é pastor e espreme os bolsos de suas ovelhas até conseguir todo o dinheiro
delas? Não esqueça, ainda da tempo de sair pela porta da cela. Este tempo está
se acabando, pois logo Jesus irá tranca-la. A oportunidade de abandonarmos a
mesma é hoje, agora, já, neste exato momento! Não temos tempo algum, pois todo
tempo pertence à Deus! A prisão segue com as portas abertas, saia enquanto é
tempo.
Que o Senhor siga nos provendo sua graça e misericórdia no
amor de Jesus Cristo.
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