quinta-feira, 7 de agosto de 2014

MAIS MÉDICOS E MENOS JUÍZES

Hoje ouvi pela primeira vez a música “Quando Tiver Sessenta” do mais novo álbum da banda cristã Rosa de Saron. Em uma das estrofes me deparei com um que me chamou a atenção: “Que possamos ser mais médicos e menos juízes”. Sinceramente eu não sei até onde o pensamento que irei diluir aqui fugirá do contexto no qual o Guilherme Sá, compositor da canção (e vocalista da banda), aplicou na letra da música. O fato é que em tempos como o nosso, onde o egoísmo do ser humano fala alto expondo a nossa iniquidade, o nosso pecado, a nossa queda, vale a pena sim pensarmos em sermos muito mais médicos do que juízes.
 
Como cristãos, verdadeiros cristãos, daqueles que dizem ser verdadeiros seguidores de Jesus, imitadores do Mestre, se observarmos os valores de vida Dele, veremos que Ele tinha toda a prerrogativa de agir como Juíz, mas preferiu agir como Médico. Jesus, Deus vestido de pele e osso, Criador que se fez criatura, não entrou na história para nos condenar, mas sim para nos restaurar. Ele não veio pisar sobre a cana que já estava quebrada, Ele veio para restaurar a mesma.
 
Se nós, pecadores, rebeldes, clamássemos a Deus dizendo “ – Pai faça justiça na minha vida” o mais correto seria Deus enviar sobre nossas cabeças um raio. Mas Deus preferiu absorver sobre si todo o pecado da humanidade. Fez da Cruz do Calvário o maior para-raio que já existiu e levou ali toda a condenação da humanidade. Levou sobre si todo o pecado de todo ser humano. Agindo assim, Deus assumiu para conosco muito mais que uma postura de Juíz, mas sim uma postura de Médico. Preferiu aplicar sobre nós um plano de redenção e cura e não uma condenação (que jamais mancharia o seu caráter, pois somos merecedores da morte).
 
Jesus nos ensinou com o seu modo de viver que devemos ser mais médicos e menos juízes. Devemos cuidar muito mais uns dos outros do que julgarmos uns aos outros. Aliás o ato de julgar é na verdade mastigar o fruto da árvore do bem e do mal, assumir para si a prerrogativa de ser Deus, achar que tem discernimento e sabedoria ao ponto de ser Deus para julgar o que é certo e errado. Só Deus é capaz de conhecer tudo plenamente para lidar com justiça. A justiça dos homens é falha, a de Deus é perfeita.
 
Deus é justo! Assumiu para si a responsabilidade de mostrar ao universo que Ele tem senso de justiça, mas que Sua justiça se baseia num caráter de amor. Por isso se entregou na cruz. Talvez um jeito de explicar aquilo que chamamos de graça seria exatamente isso: Deus nos tratar como um médico amoroso que cuida de nós e não como um juiz que nos condena. Se Deus nos trata assim, por que não podemos tratar o nosso próximo da mesma maneira?
 
Com certeza, se cada um de nós assumir muito mais uma postura de médicos e deixarmos nas mãos de Deus a prerrogativa de Juíz, com certeza este mundo será melhor. É claro que neste contexto é importante lembrarmos que só precisa de médico aquele que está doente. No caso toda humanidade precisa entender que somos soro positivos do pecado, e que só Deus pode nos provê a cura. Aliás Ele já fez isso...esparramou na cruz do Calvário o Seu Santo Sangue...o divino remédio que cura o pecado do mundo.
 
Que o Senhor siga nos tratando como Médico!

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