Eugene Peterson expressou na seguinte frase uma extraordinária
verdade: “Nunca estamos tão vivos como no instante em que nos relacionamos com
Deus”.
Somos seres relacionais e é justamente no momento em que
nós, criaturas, nos relacionamos com Deus, o Criador, que nos tornamos mais
vivos do que nunca. É se relacionando com Deus que aprendemos a nos relacionarmos
uns com os outros. Não é à toa que o próprio Deus nos designou, como principal
lei, o mandamento de amarmos a Deus sobre tudo e todos, com todo nosso
entendimento. Isso por que o relacionamento que Deus deseja traçar com todos nós
se baseia no amor. Só aprendemos a amar verdadeiramente quando amamos à Deus.
Ele nos amou primeiro. Ele é Amor. Seu
caráter é o amor. O princípio de toda a criação de Deus foi o amor. Como diria
o poeta, no princípio “Era o Sonho”, “Era a poesia”, ...muito antes do “Verbo”,
o “Amor Nasceu”...e antes do “Haja luz” houve a cruz, houve o sonho, o amor, a
tristeza... houve o perdão.
Depois da queda, do nosso pecado, o que restou foi a
sensação da ausência. Mas a verdade é que a ausência é muito mais presente do
que podemos imaginar. Agostinho dizia que “Deus é mais verdadeiramente
imaginado do que expresso, e existe mais verdadeiramente do que é imaginado”.
Somos seres relacionais. Um dia nós recebemos a imagem e
semelhança de um Deus cujo o caráter é o amor. Um Deus que desejou e ainda
deseja que o amor prevaleça no relacionamento entre criatura x Criador. O
pecado corrompeu esta imagem e semelhança que Deus depositou em nós. Nós demos
vazão ao pecado e hoje somos muito mais imagem e semelhança da besta do que de
Deus. Entretanto Deus seguiu com o seu propósito de nos amar. Não nos aniquilou
e optou por entregar tudo, Sua própria vida, para aniquilar o pecado sem
aniquilar o pecador. Só assim os relacionamentos de amor, tais como Deus sempre
planejou desde o princípio, poderiam prevalecer. A Cruz é a continuidade de um
sonho que Deus sonhou na eternidade. A cruz é a restauração da imagem e
semelhança que Deus depositou em nós, mas que nosso ego corrompeu.
O Deus expresso no rosto de Jesus, o Cristo, é um Deus vivo,
poderoso, no qual o caráter deste poder é o amor. Viva! Viva uma vida mais viva
do que nunca! Uma vida em relacionamento constante com Deus. Afinal de contas, “Nunca
estamos tão vivos como no instante em que nos relacionamos com Deus”. Uma vida
com relacionamento constante com o Pai Celestial é uma vida com qualidade de
Deus! Foi isso que Jesus escancarou em sua vida, morte e ressurreição...Vida
com qualidade de Deus! Que cada um de nós seja capaz de seguir ao Cristo nas
mesmas atitudes.
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