Quando o Criador criou o homem, ele pensava em Jesus. Ele
desejava criar um ser que pudesse viver conectado com a Trindade Santa. Desejava
viver em harmonia com o homem com o mesmo tipo de harmonia que as 3 pessoas,
Pai, Filho e Espírito Santo vivem dentro da Trindade Santa.
Infelizmente nós pecamos contra Ele. Rejeitamos Ele. Rejeitamos
o Seu amor. Preferimos dar vasão ao nosso próprio ego. Nos tornamos amigos do
pecado e, consequentemente, nos colocamos na posição de inimigos de Deus.
Esta condição de pecado no qual nós mesmos nos colocamos nos
fez miseráveis criaturas individualistas. Gente que olha apenas para si mesmo.
O que restou para o homem foi a grande dificuldade de se entender “parte de um
todo”. De fato, temos a grande
dificuldade de conseguir olhar além do próprio ego e nos vermos como o
complemento do outro, do nosso próximo. E para aqueles que acham que estou
exagerando, convido a ir em uma estação da linha vermelha do metro de São Paulo
às 18 horas, bem no horário do rush. Não
se espante se lá você ver o egoísmo humanos (no qual me incluo) vindo à tona:
gente empurrando gente, para poder entrar no vagão do metrô e chegar em casa.
Somos uma uva. Mas somos parte de um cacho. Precisamos
entender que somos parte de um todo. Precisamos expandir a consciência para o
arrependimento do nosso pecado coletivo, como família, nação, povo, humanidade.
Não cometemos apenas pecados individuais. Cometemos também, e principalmente,
pecados como comunidade. Da mesma forma precisamos entender que a salvação vai
muito além do conceito individual. A salvação é também, e principalmente,
comunitária. Por isso somos igreja do Pai, uma comunidade. Ao mesmo tempo que
somos uma uva, somos um cacho, um parreiral. De fato precisamos adquirir
consciência de que só o Sangue de Deus nos purifica e nos faz aceitáveis ao
Pai. Mas também precisamos nos conscientizar de que precisamos do outro para
sermos salvos. Os seres humanos precisam
de Deus. Mas os seres humanos também precisam de seres humanos.
Só através do nosso relacionamento com o outro que nós
poderemos evoluir como pessoas. Somos destinados a ser como Cristo. Nisto
consiste a salvação de cada um de nós: ser gente como Jesus nos mostrou ser
gente. Ele é o gabarito. A nossa plenitude humana será concretizada quando nos
tornarmos participantes plenos da Trindade Santa, assim como Jesus é
participante. Afinal de contas Jesus não é o primeiro de muitos filhos que o
Pai deseja ter?
Sendo assim precisamos amarmos uns aos outros, como Ele nos
amou. Em outras palavras precisamos primeiramente amar a Deus sobre tudo e
todos, com todo nosso entendimento e força, para aprendermos a amar
verdadeiramente. Tendo como padrão o amor do Pai, saberemos como amar o nosso
próximo e poderemos cumprir o segundo mandamento que Jesus nos deixou: Amar o
nosso próximo como Ele nos amou. Amar a Deus nos ensina a ser feliz. Amar a
Deus nos faz entender a verdadeira felicidade.
Enquanto formos maus uns aos outros, seremos piores para nós
mesmos. Enquanto formos bons uns com os outros, seremos bons para nós mesmos.
Primeiro Deus, depois o próximo e por último nós mesmos. Deus é o primeiro, o
próximo é o segundo e eu sou o terceiro.
A tradição judaica costuma dizer que no holocausto da segunda guerra mundial não foram mortos 6 milhões de judeus, mas sim um judeu morto 6 milhões de vezes. Nós somos um! Um cacho de uva! Quando um sofre, todos sofrem. Quando um se alegra, todos se alegram. Esta é a verdadeira igreja viva do Pai. Esse é o Reino que Jesus inaugurou em nós!
Se você quer se amar verdadeiramente, ame primeiro a Deus e
depois o seu próximo. Se você quer se amar verdadeiramente, se ame por último.
Essa é a melhor forma de se amar! Amar como Jesus amou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário