Um dos ensinamentos mais belos que Jesus Cristo nos ensinou
com o seu modo de viver é que “a melhor maneira de pensar em si mesmo é pensar
em todos” ou, se preferir “a melhor maneira de pensar em si mesmo é pensar no
outro”. Jesus sabia que de fato nós precisamos de Deus para viver. Que todo
homem precisa de Deus. Mas Ele também sabia que todos nós, homens, precisamos
de gente para ser gente.
Os 2 mandamentos que resumem a lei que Deus revelou a Moisés
e são plenamente interpretados na vida de Jesus dizem que devemos,
primeiramente, amar a Deus sobre tudo e todos, com todas as nossas forças,
nosso entendimento, de todo nosso ser e que, em segundo lugar, devemos amar ao
próximo como o próprio Deus nos ama, tendo como parâmetro o amor demonstrado na
face de Jesus. Entender que a melhor maneira de pensar em si mesmo é pensar no
outro engloba primeiramente pensar em Deus, depois no próximo para que faça
sentido pensar em si mesmo.
João escreveu estes mandamentos da seguinte forma:
Amados, amemo-nos uns aos
outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece
a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho
unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou
a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus assim nos amou, também nòs devemos amar uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em
nós é perfeito o seu amor.
Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu
Espírito.
1 João 4:7-13
Em outras palavras o que temos aqui é: Aprenda a amar tendo
como parâmetro o Ágape, o amor proveniente de Deus, pois só este amor é puro, e
desta maneira de amar, amaremos corretamente uns aos outros. A maneira mais
correta de amar (ou pensar) a si mesmo é amando a Deus e ao nosso próximo.
Nisto nos tornamos verdadeiras imagens e semelhanças de Deus. O parâmetro é
Jesus. Nele está explícito o nosso destino. É no “estado de ser” de Jesus que
consiste a nossa plena experiência humana, a nossa salvação e o nosso paraíso .
Amar a Deus e ao próximo como relatam os dois mandamentos principais que a
Palavra nos revela é dar vazão a atitude de glorificação do Nome do Senhor. De
glória em glória somos transformados. Glória que provem do Cristo crucificado.
Glória que provem no ato de “Graça” que Deus direcionou a nosso favor.
Um velho ditado chinês diz que se um mestre está ensinando
algo e aponta para a lua, o sábio olha para a lua mas o tolo olha para o dedo.
O sábio contempla a luz e a beleza da lua. O tolo alega que o dedo do mestre
esta torto. Deus sempre apontou para o amor, inclusive atrelou a sua identidade
ao amor, mas o homem não enxerga que o verdadeiro amor consiste em doar-se para
o outro, primeiramente Deus, depois os seus próximos para depois pensar em si,
é como um tolo que olha para o dedo de Deus.
A melhor maneira de pensar em si mesmo é pensar no outro, a
melhor maneira de se viver uma vida de bem, é enxergar e fazer o bem para
outras pessoas, a melhor maneira de se seguir no caminho de salvação que a cruz
nos proporciona é provendo recursos para que outros caminhe pelo mesmo caminho:
Jesus de Nazaré!
Muita gente acha que a maior luta do cristão é contra o diabo
e o inferno, mas, verdadeiramente falando, a maior luta que um cristão enfrenta
é a sua natureza maligna e egocêntrica, pois esta natureza em si, vem
impregnada na nossa alma e ´por si só já é um demônio em uma realidade
infernal!
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