quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PADRÃO PERFEITO

A W Tozer certa vez expressou em palavras o seguinte pensamento: “Santo é o que Deus É. Para ser santo, Ele não se conforma a um padrão. Ele É o Padrão.
 
Tozer foi muito assertivo ao expressar este pensamento. A Palavra nos diz que Deus, o Criador, nos criou e que nós, criaturas, nos rebelamos contra Ele. A rebelião nos colocou em um sistema caótico. A liberdade que Deus nos concedeu foi usada de forma errada e a criação pecou. O que era para ser liberdade foi entendida como libertinagem. É como disse Norman Geisler, se Deus fez criaturas livres, e se é bom ser livre, então a origem do mal está no uso indevido da liberdade. Enfim, o homem pecou e a partir daí criou um padrão de vida. A criatura passou então a viver um padrão de vida em desacordo com o padrão de Deus, o Criador.
 
O Criador então revelou a Moisés um padrão de vida no qual todo homem deveria se basear. A famosa lei, ou também conhecida como Torá,  que é expressa no Antigo Testamento, nos primeiros 5 livros chamados Pentateuco. Com o decorrer do tempo e da história a lei de Deus, perfeita e graciosa, passou a ser má interpretada pelo homem. Deus então expressou na vida de Jesus, o Seu Ungido, o Seu Cristo, todos os valores da lei. Deus entrou em nossa história com a face de Jesus. Em Cristo a lei atingiu o ápice de expressão. A lei ganhou vida. Deus demonstrou o Padrão no qual Ele deseja que nós, toda a humanidade, devamos viver. Jesus Cristo é o Padrão. Jesus Cristo é o Gabarito. Jesus Cristo é Deus!
 
O meu, o seu, ou qualquer outro padrão de vida, que não seja o de Jesus, é falho. Só Jesus é Perfeito. Ele é o Primogênito do Pai, o primeiro de muitos filhos que o Pai deseja ter. A Palavra nos diz que sem santidade é impossível ver a Deus. Só podemos ser santo em Jesus, pois o seu sangue nos purifica e nos justifica diante do Pai. Na Cruz de Cristo todos os nosso pecados já foram perdoados. Esse foi o primeiro passo que Deus deu em nossa direção após a nossa rebeldia contra Ele, pois a cruz já era conhecida na eternidade muito antes deste mundo existir.
 
Neste padrão de vida a verdadeira alegria está presente, pois a verdadeira alegria consiste em estar juntamente com Cristo. Uso novamente as palavras de Tozer para me expressar: “Há mais restauradora alegria em cinco minutos de adoração do que em cinco noites de folia”
 
Jesus é o nosso destino. Ele é o Padrão e somos destinados a viver uma vida neste Padrão! Nisso consiste a salvação. Afinal de contas não seria o Paraíso um lugar onde gente como Cristo contemplarão a glória do próprio Jesus?
 
Uma vida com este Padrão pode parecer difícil por sermos tão corrompidos pelo pecado. Mas não se esqueça que o Espírito Santo nos convence do nosso pecado e abre as portas para o arrependimento. O efeito da cruz ainda está presente em nossas vidas e Jesus, muito mais que nosso advogado, é o valor de cada uma das nossas vidas, o imensurável! Ele é a nosso favor, veio para restaurar a cana quebrada e não para terminar de quebra-la!

NINGUÉM TEM PACIÊNCIA COMIGO


Deus tem muita paciência com nós seres humanos. Aliás Deus tem muita paciência comigo. Já parou para pensar nisso? Por exemplo, já se perguntou por que Deus tem tanta paciência com você?

 

Se formos sinceros com nós mesmos chegaremos à conclusão de que o maior pecador que conhecemos somos nós mesmos.

 

Nós cristãos caminhamos sobre a corda bamba entre os valores de Deus e os valores do mundo. Vivemos entre a heresia e a verdade. Vivemos entre a religiosidade e a Verdade. Isso me faz lembrar um pensamento expresso por Russel Sheed: “Muitos homens religiosos gastam duas vezes mais esforço para chegar ao inferno do que seria necessário para alcançar o Céu”.

 

Todos os seres humanos, mas principalmente nós cristãos (que alegamos conhecer a verdade), agimos como o “Chaves do oito”. Aprontamos e alegamos “Ninguém tem paciência comigo!”. Mas se você parar para pensar, a cada manhã as misericórdias de Deus se renovam, e um novo dia, uma nova oportunidade, se esparrama diante de nossos pés.

 

Deus tem muita paciência conosco. Ele é compassivo e acredita em nós. Para Ele, não existe nenhum ser humano que não tenha potencial para se tornar um ser humano igual a Cristo. Muita gente acha que Deus não se importa. Diz que Deus criou o mundo em 6 dias, foi descansar no sétimo dia e ainda está descansando, de forma que o mundo segue o rumo no toar da canção “deixa a vida me levar...vida leva eu”. Mas o silêncio de Deus não é sinônimo de ausência Dele. Mas não creio nisso. Aliás a Palavra de Deus não nos diz isso. É como se Deus usasse as palavras da canção para nos dizer:

 

Se você não entende o meu silêncio ...como entenderia as minhas Palavras? Minhas razões?

 


Deus trabalha e muito. Segue paciente conosco. Na maioria das vezes em silêncio, Deus segue fazendo a parte Dele..
Deus tem muita paciência com nós seres humanos. Aliás Deus tem muita paciência comigo. Já parou para pensar nisso? Por exemplo, já se perguntou por que Deus tem tanta paciência com você?
 
Se formos sinceros com nós mesmos chegaremos à conclusão de que o maior pecador que conhecemos somos nós mesmos.
 
Nós cristãos caminhamos sobre a corda bamba entre os valores de Deus e os valores do mundo. Vivemos entre a heresia e a verdade. Vivemos entre a religiosidade e a Verdade. Isso me faz lembrar um pensamento expresso por Russel Sheed: “Muitos homens religiosos gastam duas vezes mais esforço para chegar ao inferno do que seria necessário para alcançar o Céu”.
 
Todos os seres humanos, mas principalmente nós cristãos (que alegamos conhecer a verdade), agimos como o “Chaves do oito”. Aprontamos e alegamos “Ninguém tem paciência comigo!”. Mas se você parar para pensar, a cada manhã as misericórdias de Deus se renovam, e um novo dia, uma nova oportunidade, se esparrama diante de nossos pés.
 
Deus tem muita paciência conosco. Ele é compassivo e acredita em nós. Para Ele, não existe nenhum ser humano que não tenha potencial para se tornar um ser humano igual a Cristo. Muita gente acha que Deus não se importa. Diz que Deus criou o mundo em 6 dias, foi descansar no sétimo dia e ainda está descansando, de forma que o mundo segue o rumo no toar da canção “deixa a vida me levar...vida leva eu”. Mas o silêncio de Deus não é sinônimo de ausência Dele. Mas não creio nisso. Aliás a Palavra de Deus não nos diz isso. É como se Deus usasse as palavras da canção para nos dizer:
 
Se você não entende o meu silêncio ...como entenderia as minhas Palavras? Minhas razões?
 
Deus trabalha e muito. Segue paciente conosco. Na maioria das vezes em silêncio, Deus segue fazendo a parte Dele...sustentando através da Cruz a sua misericórdia para com todos!
 
A vida segue o rumo e a paciência de Deus segue se alongando para conosco. O problema é que achamos que temos todo o tempo do mundo em nossas mãos. A velha e maligna sensação de que somos eternos, que iremos poder fazer tudo pois temos o controle de tudo. Não podemos esquecer que paciência de Deus é plena em justiça, e que um dia não haverá mais tempo para rompermos com a rebelião.
 
Não dá para seguir em uma vida alegando “ninguém tem paciência comigo”, pois Deus tem paciência e muita para conosco. Se existe um Deus, existe uma maneira certa de se viver. Jesus é a expressão de vida que devemos ter como base. Sendo assim, não importa qual a vida que você teve ou levou até agora, Deus já tem tido paciência contigo (afinal de contas se você está lendo esse texto, é por que você está respirando, está vivo!), sendo assim, ainda há tempo para que o velho homem venha a morrer e um novo homem venha a nascer!
 
A cada manhã, as misericórdias de Deus nos perseguem. O nosso papel é nos arrependermos dos nossos maus caminhos, da nossa rebelião e usufruirmos do abraço da cruz do Cristo!
.sustentando através da Cruz a sua misericórdia para com todos!


 

A vida segue o rumo e a paciência de Deus segue se alongando para conosco. O problema é que achamos que temos todo o tempo do mundo em nossas mãos. A velha e maligna sensação de que somos eternos, que iremos poder fazer tudo pois temos o controle de tudo. Não podemos esquecer que paciência de Deus é plena em justiça, e que um dia não haverá mais tempo para rompermos com a rebelião.

 

Não dá para seguir em uma vida alegando “ninguém tem paciência comigo”, pois Deus tem paciência e muita para conosco. Se existe um Deus, existe uma maneira certa de se viver. Jesus é a expressão de vida que devemos ter como base. Sendo assim, não importa qual a vida que você teve ou levou até agora, Deus já tem tido paciência contigo (afinal de contas se você está lendo esse texto, é por que você está respirando, está vivo!), sendo assim, ainda há tempo para que o velho homem venha a morrer e um novo homem venha a nascer!

 

A cada manhã, as misericórdias de Deus nos perseguem. O nosso papel é nos arrependermos dos nossos maus caminhos, da nossa rebelião e usufruirmos do abraço da cruz do Cristo!

SERES RELACIONAIS

Eugene Peterson expressou na seguinte frase uma extraordinária verdade: “Nunca estamos tão vivos como no instante em que nos relacionamos com Deus”.
 
Somos seres relacionais e é justamente no momento em que nós, criaturas, nos relacionamos com Deus, o Criador, que nos tornamos mais vivos do que nunca. É se relacionando com Deus que aprendemos a nos relacionarmos uns com os outros. Não é à toa que o próprio Deus nos designou, como principal lei, o mandamento de amarmos a Deus sobre tudo e todos, com todo nosso entendimento. Isso por que o relacionamento que Deus deseja traçar com todos nós se baseia no amor. Só aprendemos a amar verdadeiramente quando amamos à Deus. Ele nos amou primeiro. Ele é  Amor. Seu caráter é o amor. O princípio de toda a criação de Deus foi o amor. Como diria o poeta, no princípio “Era o Sonho”, “Era a poesia”, ...muito antes do “Verbo”, o “Amor Nasceu”...e antes do “Haja luz” houve a cruz, houve o sonho, o amor, a tristeza... houve o perdão.
 
Depois da queda, do nosso pecado, o que restou foi a sensação da ausência. Mas a verdade é que a ausência é muito mais presente do que podemos imaginar. Agostinho dizia que “Deus é mais verdadeiramente imaginado do que expresso, e existe mais verdadeiramente do que é imaginado”.
 
Somos seres relacionais. Um dia nós recebemos a imagem e semelhança de um Deus cujo o caráter é o amor. Um Deus que desejou e ainda deseja que o amor prevaleça no relacionamento entre criatura x Criador. O pecado corrompeu esta imagem e semelhança que Deus depositou em nós. Nós demos vazão ao pecado e hoje somos muito mais imagem e semelhança da besta do que de Deus. Entretanto Deus seguiu com o seu propósito de nos amar. Não nos aniquilou e optou por entregar tudo, Sua própria vida, para aniquilar o pecado sem aniquilar o pecador. Só assim os relacionamentos de amor, tais como Deus sempre planejou desde o princípio, poderiam prevalecer. A Cruz é a continuidade de um sonho que Deus sonhou na eternidade. A cruz é a restauração da imagem e semelhança que Deus depositou em nós, mas que nosso ego corrompeu.
 
O Deus expresso no rosto de Jesus, o Cristo, é um Deus vivo, poderoso, no qual o caráter deste poder é o amor. Viva! Viva uma vida mais viva do que nunca! Uma vida em relacionamento constante com Deus. Afinal de contas, “Nunca estamos tão vivos como no instante em que nos relacionamos com Deus”. Uma vida com relacionamento constante com o Pai Celestial é uma vida com qualidade de Deus! Foi isso que Jesus escancarou em sua vida, morte e ressurreição...Vida com qualidade de Deus! Que cada um de nós seja capaz de seguir ao Cristo nas mesmas atitudes.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

EU PREFIRO MORRER DO QUE PERDER A VIDA

Um dos episódios mais engraçados do Chaves é aquele em que o Quico e o Chaves estão brincando de “guerrinha” na vila. No meio da brincadeira, o chaves sobe a escadaria da vila para se esconder e diz para o Quico uma das pérolas mais engraçadas do seriado: “Eu prefiro morrer do que perder a vida”!

Parece ser algo sem sentido, mas há muito mais sabedoria nesta frase do que se pode imaginar. Jesus pregou isso há quase 2000 anos atrás nas ruas de Jerusalém: “ - Quem não morrer para si mesmo não alcançará a vida eterna!”...” – Aquele que tentar ganhar a vida, irá perde-la, aquele que perde-la, irá ganha-la”. A Palavra nos diz:

“Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á.” Lucas 17:33

“Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.“
Mateus 10:39

Recentemente ouvi o Pastor André Queirós da Igreja Conexão Primeira dizer algo muito sábio em uma de suas pregações. Dizia ele que um pastor um dia lhe disse algo lhe ensinou muito: “ – Tenho que matar o meu ego diariamente, antes que ele me mate”.

Em outras palavras: “ – Eu prefiro morrer do que perder a vida”!

Sabe, posso estar errado na analogia que irei fazer, mas tenho pensado muito e acredito que esteja confirmando cada vez mais a seguinte tese: O ser humano tem apetites e Deus tem vontade.

O apetite é a vontade desenfreada, que passa por cima de tudo e todos para ser saciado. A vontade é respeitosa, está presente mas só acontece se for permitida.

Enquanto o nosso “eu” estiver vivo em nós, os nossos apetites descontrolados estarão em desacordo com os valores do nosso Criador. É o nosso Adão ruminando o pecado, passando por cima de quem quer que seja para saciar os seus apetites. Verdadeiras bestas, egoístas e cegas pelos apetites desenfreados do ego.

Só quando agirmos como Jesus e vivermos uma vida submissa a Deus, onde Deus é o centro de tudo e o outro é o alvo da nossa bondade, seremos seres humanos verdadeiros. Jesus não atropela tudo e todos. Ele não é ladrão. Não arromba portas e nem janelas. Ele só entra se é convidado. Está sempre à porta...batendo e esperando que a mesma seja aberta.

Enquanto não morrermos para nós mesmos não seremos capazes de abrir esta porta. A morte do nosso eu nasce no nosso arrependimento.

Para morrer ao invés de perder a vida é necessário que o nosso ser dê vazão ao Espírito Santo, por que Ele é quem nos convence do nosso pecado e nos conduz ao arrependimento. Ele inicia em nós o processo de transformação de ser, onde o velho Adão fica para trás e o Jesus de Nazaré se faz presente em nós.


Se existe um Deus então existe um jeito certo de viver. Jesus expressou esse jeito certo de viver a todos nós. Que cada um de nós sejamos capazes de viver uma vida como a do nosso Senhor Jesus, o Cristo.

PÍLULAS DE NANICOLINA

Um dos personagens mais divertidos que acompanhei na minha infância foi o Chapolin Colorado, interpretado pelo extraordinário Roberto Bolaños que infelizmente faleceu recentemente. O Polegar Vermelho era sempre implacável em nos fazer rir. Uma de suas “armas” mais famosas eram as pílulas de nanicolina, também conhecidas como pílulas de polegarina. Bastava tomar uma delas e “vupt”...o vermelhinho (assim também era conhecido o Chapolin) encolhia instantaneamente.

Interessante como esta estratégia do Chapolin, de usar das pílulas de polegarinas para diminuir de tamanho em pró de ajudar o próximo, nos remete a pelo menos duas realidades cristãs.

A primeira  é a atitude de Deus em relação a nós. Ao abrir mão de todo o seu poder, soberania e glória, para entrar na nossa história, adquirir rosto humano e viver em pró de nos salvar, Deus “diminuiu-se” para se reconciliar conosco e nos tirar da condição de miseráveis para a condição de justificados.

A Palavra nos diz:

É necessário que ele cresça e que eu diminua. João 3:30

Perceba que aqui temos um homem dizendo que se dispõe a diminuir para que Deus cresça. Mas antes disso, Deus se diminuiu para nos fazer crescer (de miseráveis para aceitáveis, de merecedores do inferno para justificados pelo Cordeiro). Essa graça que Deus nos concede revela o seu caráter, o Amor, no qual todos nós que usufruímos deste favor imerecido somos convidados a ser imitadores.

Nisto entra a uma segunda realidade: Temos que assumir a atitude do Cristo em nós. Diminuirmos para que o Deus cresça. E só há uma maneira de fazermos isso...servindo-o. Aqui vale a máxima que diz: “Só há uma maneira de servir a Deus: servindo o próximo!”. Sendo assim, a melhor maneira de diminuirmos para que Deus cresça, é nos diminuirmos para que o nosso próximo seja exaltado. Não com glórias medíocres, mas com os valores reais do Reino de Deus, valores esses expressos na vida de Jesus!

Deus se diminuiu para nos aumentar. Você pode pensar: “ – Heresia!”...mas ainda que este “aumentar” seja simplesmente nos tirar da condição de inimigos de Deus para a condição de aceitáveis pelo sangue do Cristo...isso sim é uma verdade! Não há mérito humano nisso, toda glória desta atitude é do Cordeiro.

Deus um dia tomou pílulas de polegarina e se diminuiu. Entrou em nosso tempo e veio nos resgatar. Entregou tudo, absolutamente tudo: doou-se por inteiro. Se diminuiu ao extremo, sem reservas! Na cruz Ele chegou à menor diminuição que ele podia chegar. Mas ali escancarou em um paradoxo o ponto máximo de Sua Glória! Por isso Jesus, Deus Verdadeiro, é o Único, Eterno, Suficiente e Exclusivo Salvador de todo o ser que respira. Um dia toda língua irá confessar isso. Um dia todo joelho se dobrará e se renderá ao Senhorio de Jesus.


Louvado seja o Santo Nome de Jesus!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

ANTENINHAS DE VINIL



“Silêncio...Silêncio...minhas anteninhas de vinil estão detectando a presença do inimigo!”...uma das frases mais marcantes de Chapolin Colorado nos remete a uma reflexão interessante para nós cristãos. A Palavra nos diz que o Espírito Santo nos convence de nosso pecado. É exatamente nesta ação que nasce o dom do arrependimento, que não é nosso, mas sim de Deus, que compartilha conosco para que o Seu Nome seja Glorificado! De certa forma todos nós temos anteninhas de vinil, como o Chapolin Colorado. Uma anteninha que age em nosso favor. Sim! Entenda que, um dos maiores inimigos do homem é o ego, pois geralmente é ele quem nos conduz ao pecado. Quando este inimigo aparece com os seus apetites mais vorazes nos tentando a pecar, o Espírito Santo aciona as nossas “Anteninhas de Vinil”, ou se preferir, nossa consciência para nos alertar que estamos em perigo, a um passo de pecar.

Interessante isso, pois o passo que precede o pecado é a tentação. A tentação não é o pecado concretizado, mas sim a propaganda que nos leva a pecar. Já parou para pensar que sempre quanto estamos prestes a pecar, geralmente sabemos que iremos cometer algo de errado. Muitas vezes, a maioria delas, pecamos conscientes que estamos pecando! Isso por que o Espírito Santo sempre aciona nossa consciência nos dando senso do certo e do errado para que a gente possa vencer o pecado. Infelizmente muitas vezes cedemos e caímos à tentação.

Devemos estar atentos aos alarmes de nossas “Anteninhas de Vinil”, exercitar nossa salvação, para que o Espírito Santo possa agir cada vez mais em nós, de forma que o pecado, se acontecer, seja um acidente e não uma escolha. Somos falhos, mas Aquele que age em nós não é, Ele é perfeito e na sua perfeição somos agraciados!

Pense em uma pessoa que não pode ver. Geralmente esta pessoa aguça os sentidos da audição e do olfato. Ela consegue aperfeiçoar os seus sentidos. Neste contexto, assim como somos capazes de exercitar todos os nossos sentidos, como olfato, tato, audição, etc, devemos exercitar a nossa anteninha de vinil, para que ela seja capaz de detectar a presença do inimigo, do pecado e de tudo aquilo que nos faz sair do padrão de integridade e caráter que vemos em Jesus Cristo.

Fique antenado...no Santo Nome do Senhor Jesus.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

SERIA MAIS UM PEDIDO DE ESMOLA?


O EFEITO DA CRUZ

Já parou para se perguntar: qual é o verdadeiro efeito que Deus deseja que a Cruz de Jesus tenha em nossas vidas?...ou melhor....já ousou orar “Senhor, que a Cruz de Jesus tenha em minha vida o real e verdadeiro efeito e resultado desejado por Ti!”...já parou para pensar no que implica orar assim? A responsabilidade de uma oração como esta é ao mesmo tempo, muito mais complexa do que se parece ser e muito mais simples do que se imagina. Complexo por que implica em abrirmos mãos de nossas vontades e sacrifício, e sendo nós, seres humanos, um poço de ego, apetites e interesses próprios, não tem como não afirmar que este é um desafio complexo. Entretanto, por outro lado, devemos lembrar que o Espírito Santo age ao nosso favor. Primeiramente nos convencendo de nossos pecados, nos auxiliando no processo de arrependimento e redenção à Cruz e nos conduzindo para o Pai. Ao mesmo tempo que temos pela frente o desafio de negar o nosso próprio eu, temos como aliado o poderosíssimo Espírito Santo, que age sobre tudo o que é impossível para nós.
 
A Palavra nos diz que as misericórdias de Deus se renovam a cada dia. Todos nós, cristãos, sabemos que a misericórdia de Deus está fundamentada na Cruz de Jesus. O que pouco de nós temos consciência é que quando respiramos, logicamente existimos, e nisto a Cruz do Cristo já está exercendo sobre nós um dos efeitos da Cruz desejados pelo Pai: a Graça.
 
Todos nós, cristãos e não cristãos, usufruímos da Graça de Deus todas as vezes que o nosso pulmão se enche de ar. A Cruz do Cristo exerce o efeito da Graça sobre todos: maus e bons. É o clamor de Jesus “Pai, perdoa-os pois eles não sabem o que estão fazendo” que se faz de base a toda oportunidade que Deus nos dá, dia a dia, para voltarmos para Ele. É o clamor de Jesus na Cruz que faz o sol nascer e se pôr continuamente, todos os dias, provendo em nossas vidas a oportunidade de reconciliação com o Pai, ainda que sejamos seres tão perversos por conta de nosso pecado.
 
A Cruz do Cristo pode produzir em nós muito mais do que podemos imaginar. Arrependimento, misericórdia, perdão, sabedoria, amor, obediência, santidade, integridade, adoração, louvor...tudo sobre o alicerce da Graça! Os Efeitos da Cruz que Deus deseja em nossas vidas carregam todos esses atributos para que haja em nós uma transformação de ser. Transformação de vida! Vida cujo o padrão é a vida do próprio Deus expressos na vida de Jesus.
 
Deus nos convida a viver como Jesus viveu. Ele nos mostrou que quem vive como Jesus viveu é rejeitado por este mundo, pois os valores de vida deste mundo é praticamente o oposto dos valores expressos na vida de Jesus. O mundo não suporta gente como Jesus, pois o mundo está imerso no maligno. O resultado disso é a crucificação. Jesus nos convida a sermos imitadores Dele. Irmos em frente e não deixar o mundo ditar o nosso preço. Não deixar o mundo dizer quais são os nossos valores e quanto custa a nossa integridade e santidade. Não somos perfeitos, nem santos como Jesus, mas um dia seremos, pois o Espírito Santo já está agindo em nós, produzindo no nosso ser os efeitos da cruz de Jesus de Nazaré. O mundo quer comprar isso, e oferece as maiores riquezas que existem aqui, mas Jesus exclamou na Cruz que somos muito mais caros, valiosos, do que qualquer riqueza deste mundo...pois custamos a vida do próprio Deus! Na Cruz do Calvário Jesus nos expôs isso a olho nu!
 
Que a Cruz de Jesus produza em nós os efeitos em plenitude desejados pelo Pai. Que cada um de nós consiga abraçar a consciência de que ainda hoje, agora, nós estamos usufruindo da Cruz. Que no expandir desta consciência a gente consiga dar vazão ao Espírito Santo para que o pleno resultado da Cruz se concretize em nossas vidas!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MATAR OU MORRER

A cruz é um paradoxo. De um lado a raça humana cometendo Deicídio, em outras palavras, assassinando o Deus Criador. Um espetáculo de horror, a miséria humana em ação, escancarada a os olhos de toda a história. Ao mesmo tempo, por outro lado, Deus está se entregando, como um cordeiro mudo indo para o abate. Consciente de tudo o que estava fazendo, Deus realiza na cruz o maior espetáculo de amor já visto pela humanidade. A cruz é um paradoxo no qual a humanidade tem de lidar todos os dias. Como viver diante destas 2 ações contraditórias: o horror e o amor, o assassinato e a entrega?

Diante do pecado da humanidade, Deus, criador de tudo e todos, teve de fazer uma escolha muito difícil: Matar ou Morrer? A chave de tudo se encontra exatamente na escolha que Deus fez para esta dúvida: Ele escolheu morrer. Mas por que esta escolha, por que morrer em pró de seres tão miseráveis como nós seres humanos?

O amor, o verdadeiro amor, não existe para ser entendido, mas sim para ser aceito. O amor existe para ser abraçado. O amor escolhe morrer, se entregar, e faz isso sem reservas, sem olhar méritos ou deméritos. Deus é o Amor. Ele Ama, e ama apesar dos “por quês”. Simplesmente ama. Deus escolheu morrer pois sabia que a sua morte era o único meio de aniquilar o pecado sem precisar aniquilar o pecador. A sua morte foi por amor, matou o pecado sem matar o pecador. Só um Deus santo e bondoso como este é capaz de morrer por gente tão miserável como nós. A morte não foi capaz de detê-lo pois Ele é Santo. Ele vive e vem resgatar-nos. Sua vinda será breve.

Diante do paradoxo da Cruz, todo aquele que tem mente sã e entende sua própria miserabilidade sabe que só há uma maneira de se viver diante de tudo o que aconteceu no Calvário: arrepender-se e se banhar na misericórdia do Sangue do Cordeiro, para que Ele seja glorificado. Costumamos ir nas celebrações todos os domingos e alegar que estamos adorando ao Senhor quando cantamos louvores. Sim, uma maneira de adorarmos à Deus é louvando o Seu Santo Nome. Mas talvez o que nós cristãos tenhamos que entender é que a verdadeira adoração é o arrependimento, uma ação promovida pelo Espírito Santo em nós, pois é Ele quem nos convence de nosso Pecado. É no arrependimento que damos vazão para que o Espírito Santo faça de nós mais parecidos com Jesus. Este processo restituí ao Pai toda a Glória que um dia nós, como Lúcifer, desejamos ter para nós. E Não é ousado demais afirmar que esta é a raiz de todos o pecado da humanidade, roubar a glória de Deus para satisfazer o nosso ego.

Deus, pelo óbvio, tinha de nos matar. Mas o Deus descrito na palavra não é um Deus que gosta de contrariar o óbvio. Ele escolheu morrer. Aqui começamos entender aquilo que a santa palavra nos descreve como “Graça”. Apesar de sermos o que somos, miseráveis, Deus escolheu morrer ao invés de nos matar.


O Paradoxo da Cruz está diante de nós, todos os dias, qual tem sido a resposta que temos dado para todos os acontecimentos que aconteceram no Calvário?

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA

A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos exércitos.
Ageu 2:9

Todas as vezes em que uma comunidade cristã, que está situada em um local pequeno, vai construir ou se mudar para um lugar (igreja física, templo físico, de pedra e concreto) maior,  é muito comum ouvirmos pessoas dizerem “A glória da segunda casa será maior do que a da primeira”. Andei ouvindo esta frase no decorrer da minha caminhada cristã e, tudo bem, faz sentido profetizar mediante a fé de que Deus irá abençoar as “segundas” casas para que vidas sejam alcançadas. Mas de certa forma, creio que também é muito válido entendermos e interpretarmos que a verdadeira morada do Senhor somos nós. Nós somos a igreja, nós somos templos vivos do Senhor. Todo ser humano é vocacionado a ser um tabernáculo vivo do Pai. Se usamos a boca para dizer que “Deus não habita em templos construídos por mãos humanas e que um Deus vivo habita em uma casa de pedras vivas” como não podemos entender que esta “casa” no qual afirmamos que terá uma glória maior do que a primeira não é a própria igreja viva de Jesus (eu, você, nós, eles...)?

O sopro de vida que Deus depositou em nós pertence à Ele, ainda que estejamos rebeldes perante à Ele. Ainda que sejamos rebeldes há uma porção significável da Glória do Pai em nós: você está vivo e isso já glorifica o Santo Nome do Senhor quer você queira quer você não queria! O fato é que o Pai nos chama de volta e nos convida a crucificar nosso eu, para que um novo eu venha a nascer. E aqui o “eu” é a mesma coisa que “casa”. Deus nos convida a deixar a “velha casa” imunda pelo pecado, para que a segunda casa, a nova casa, a última casa, esteja limpa e vazia, de forma que o Espírito Santo descida a maneira como Ele mesmo irá habitá-la.

Se ainda não conhecemos a Deus e não nos rendemos à Ele, estamos na primeira casa. Há uma porção da glória de Deus em nós, simplesmente pelo fato de existirmos. Mas quando nos rendemos à Cruz de Jesus e nos esvaziamos do nosso ego, a transformação acontece e entra em cena a segunda casa. É Deus eliminando o mau sem aniquilar o maldoso. É Deus eliminando o pecado sem aniquilar o pecador. Quando damos vazão ao Espírito Santo, Ele nos convence de nossos pecados e nos conduz ao arrependimento. Neste processo o Sangue de Jesus, o Cristo tem efeito sobre nossas vidas. Lava o nosso ser de todo o pecado. O Espírito Santo faz morada em nós e é por isso que o Pai afirma em Ageu 2:9 “...e neste lugar darei a paz”. Isto é maravilhoso por que Deus se compromete a estar ao nosso lado em todas as circunstâncias. Isso não quer dizer que não teremos problemas, afinal de contas paz não é sinônimo de ausência de problemas, mas isso quer dizer que em toda e qualquer situação Deus estará nos amparando em graça e misericórdia. Esta atitude do Pai para conosco nos dará paz em meio a qualquer tempestade. Neste ponto o controle de Toda situação cabe a nós confiar nas mãos do Pai. A partir daqui o nosso viver tem como base uma luta diária contra o pecado e um comprometimento com uma vida segundo o caráter e a integridade de Cristo, de tal forma que cada dia vivido por nós glorifique o Santo Nome do Pai.

Deus nos predestinou a salvação. A glória do seu ser é vanglória (glória em vão) se não for glória ao Pai. Só Ele é digno. A Glória, tanto da primeira quanto da segunda casa, não é nossa e sim do Pai! Sendo assim...esvazie-se de si mesmo de vazão ao Espírito Santo, para que Jesus seja glorificado no seu viver cada vez mais! Que cada um de nós diminua, para que o Pai que tanto nos ama cresça infinitamente!


Que a Graça do Senhor superabunde cada vez mais ao nosso redor.

COLOCO A MINHA MÃO NO FOGO

“O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de babilônia.
Então o rei Nabucodonosor mandou reunir os príncipes, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os capitàes, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
Então se reuniram os príncipes, os prefeitos e governadores, os capitàes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.
E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e línguas:
Quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado.
E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.
Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério e de toda a espécie de música, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
Por isso, no mesmo instante chegaram perto alguns caldeus, e acusaram os judeus.
E responderam, dizendo ao rei Nabucodonosor: Ó rei, vive eternamente!
Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, e da gaita de foles, e de toda a espécie de música, se prostrasse e adorasse a estátua de ouro;
E, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado dentro da fornalha de fogo ardente.
Há uns homens judeus, os quais constituíste sobre os negócios da província de babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste.
Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou trazer a Sadraque, Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei.
Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?
Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.
Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei.
E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.
Então Nabucodonosor se encheu de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego; falou, e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer.
E ordenou aos homens mais poderosos, que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, para lançá-los na fornalha de fogo ardente.
Então estes homens foram atados, vestidos com as suas capas, suas túnicas, e seus chapéus, e demais roupas, e foram lançados dentro da fornalha de fogo ardente.
E, porque a palavra do rei era urgente, e a fornalha estava sobremaneira quente, a chama do fogo matou aqueles homens que carregaram a Sadraque, Mesaque, e Abednego.
E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei.
Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.
Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo.
E reuniram-se os príncipes, os capitães, os governadores e os conselheiros do rei e, contemplando estes homens, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles.
Falou Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois violaram a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus.
Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo o povo, e nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro Deus que possa livrar como este.
Então o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abednego, na província de babilônia.”
Daniel Capítulo 3

Quantas vezes já ouvimos a expressão “ – Eu não coloco a minha mão no fogo por Fulano”...” – Eu não coloco a minha mão no fogo por Siclano”. De fato o ser humano é corrompido pelo pecado e não é digno de que coloquemos nossas “mãos no fogo” por seu caráter e integridade. Entretanto a Palavra nos diz que 3 homens, Sadraque, Mesaque e Abednego, afirmaram, muito mais do que com palavras... e sim com atos, de que havia sim um alguém pelo qual se é possível colocar a mão no fogo. Aliás não só a mão, mas o corpo inteiro. Aliás não em um fogo qualquer, mas sim em um fogo que só o calor da proximidade do mesmo era capaz de consumir a vida de um ser humano. Este alguém no qual Sadraque, Mesaque e Abednego sabiam que valia muito mais do que “colocar a mão no fogo” era o “Eu Sou”, Deus de Abraão, Isaque, Israel, José e Moisés, o mesmo Deus expresso no rosto de Jesus, o Cristo. Não importa o lugar, não importa o momento, Deus é santo, íntegro, perfeito, amoroso e poderoso. Ele é assim sempre, não muda! Por isso estes 3 homens sabiam que somente Deus é digno de tamanha confiança. Esta é a obra que Deus deseja realizar em todos nós. Primeiramente é importante se questionar: Será que o Deus com que me relaciono é digno de se colocar a mão no fogo? Será que Ele é digno de se encarar uma fornalha? Será que Ele é digno de obediência? Se a sua certeza não é igual a de Sadraque, Mesaque e Abednego, ainda que você acredite que esteja se relacionando com o Deus descrito na Palavra, talvez seja importante rever a maneira como você está interpretando o seu relacionamento com Deus! Ele é um Deus de amor, misericórdia e graça. Não um Deus “Papai Noel”, muito menos um Deus acusador (aliás a palavra acusador é sinônimo de demônio). Por quem você está disposto a colocar sua mão no fogo?

Deus deseja tornar o nosso caráter e integridade conforme os valores de Jesus, que é o Próprio Deus. Deseja fazer isso para que a imagem e semelhança de todo o nosso ser, corrompida pelo nosso pecado, seja restaurada conforme a imagem e semelhança que Deus um dia depositou em nós, sem corrupção. O objetivo é sermos pessoas cujo os valores de vida sejam os do Reino do Pai, expressos na vida do Nazareno, de tal forma que o pecado não seja o ponto de partida para os nossos relacionamentos, não pelo simples fato de afirmar que podemos encarar uma fornalha pela vida do outro (a discussão aqui vai além de méritos/deméritos...pois Deus é gracioso e nos convida a sermos seus imitadores, em outras palavras devemos dar a vida uns pelos outros), mas sim pelo fator principal: ao fazermos isso, o Santo Nome do Pai é glorificado em nós. Para isso existimos e nisso está o verdadeiro sentido da vida! Quando o Pai glorifica o seu Santo Nome em nós, toda a criação, todo o ambiente ao nosso redor deixa o caos da maldade e do pecado e passa a funcionar corretamente, tudo entra em ordem, tudo se transforma...o Amor prevalece sobre tudo e todos!

Diante disso temos duas perguntas. A primeira eu já fiz: Por quem você estaria disposto a colocar sua mão no fogo ou encarar uma fornalha? E a segunda é...Será que existe alguém disposto a colocar a mão no fogo ou encarar uma fornalha por sua causa?

Responda para si mesmo ambas questões. Entretanto, de fato, é importante você saber que a Palavra nos responde ambas questões com uma só resposta: Deus! Para a primeira pergunta a resposta se apresenta assim: Ele é digno de que encaremos qualquer situação para que seu Nome seja glorificado em nós. Para a segunda pergunta a resposta é: Ele já encarou uma “fornalha” chamada cruz por você. Ele colocou a mão no “fogo” por ti. Ele colocou as duas mãos na cruz. Fez mais que isso...entregou-se por inteiro. Interessante pensar neste paralelo: Mesaque, Sadraque e Abednego entraram por inteiro na fornalha e Deus cuidou deles, saíram da fornalha vivos. A morte não venceu! Deus honrou os mesmos. Jesus encarou a cruz e se entregou por inteiro e a morte também não venceu, pois Ele vive!...Ambas atitudes com o mesmo objetivo e o mesmo resultado: Glorificação do Nome do Pai!

Diante disso, sabendo que Deus já “colocou a mão no fogo por ti”...o que fazer? Qual a resposta que devemos dar ao ato de Deus se entregar na Cruz por nós!?

A resposta é uma só...adoração!


Que cada um de nós sejamos capaz de entender este ato de Graça do Pai, para que o nosso ser se renda a Ele, voluntariamente, de forma a adorá-lO por quem Ele é! Pois só Ele é Deus! Que a cruz de Jesus tenha o efeito que o Pai desejou, desde antes da criação do mundo, em nossas vidas!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

EU ME AMO, NÃO POSSO MAIS VIVER SEM MIM!

Ao som de Ultraje a Rigor muitos (inclusive eu) cantaram...“Eu me amo, eu me amo ...não posso mais viver sem mim”. Engraçado pensar em um refrão assim. De um modo geral todo ser humano se ama. A própria palavra de Deus diz que o segundo mandamento mais importante é amar ao próximo como “a si mesmo”. Mas o que mais chama atenção é o “não posso mais viver sem mim”. Apesar da dose de humor na frase, ela nos remete ao paradoxo que todo cristão tem de encarar diariamente: deixar para traz o próprio viver para que o viver de Deus habite em seu coração.

Paulo dizia que o próprio “eu” dele já não vivia mais nele, mas Cristo vivia nele. Mas como assim? Se é algo lógico pensar que não podemos “viver sem o nosso eu” como é possível um homem afirmar que o “eu” dele havia dado lugar a um outro ser.  O fato é que esta é exatamente a essência da nova vida que Jesus sempre nos disse. Quando Jesus anunciou o reino do Pai, para glorifica-lo, Ele dizia exatamente isso, um reino de seres humanos capazes de lidar consigo mesmo, com seus próprios apetites, suas próprias vontades, de modo a crucificar o próprio eu...para que um novo homem viesse à tona. Um convite a deixar para trás o “velho Adão” para que um “novo homem”, cujo Jesus Cristo é o modelo, viesse à tona.

Já parou para pensar nisso: uma sociedade formada por pessoas iguais a Jesus Cristo? Uma sociedade onde os valores de vida são aqueles que Jesus expressou em seu viver? Ora não é exatamente isso que Deus deseja? Não é isso que Deus chama de Reino? Não é isso que Deus nos expõe como uma consequência para a Salvação? Um lugar onde “não haverá mais dor e nenhum choro se ouvira? Não é esta a igreja verdadeira de Jesus? Um lugar onde o Espírito Santo está trabalhando para que todos sejam cada vez mais parecidos com Jesus?

Uma sociedade assim inicia-se em nós mesmos. O primeiro passo parte de Deus. Ele já fez isso a muito tempo, antes da criação do mundo. Antes de Deus dizer “haja luz”, Ele disse “haja cruz”. No Calvário Deus expressou em nossa história algo que aconteceu na eternidade. Ao fazer isso, Jesus, além de nos prover salvação, nos mostrou que quando crucificamos o nosso próprio “eu” abrimos espaço para o “outro”. Isso é necessário, pois o ser humano foi criado para ser um “ser relacional”. E aqui é importante ressaltar que Deus, o nosso Criador, sempre nos ensinou que a base dos nossos relacionamentos é o amor. Quando os relacionamentos se baseiam no amor verdadeiro, tudo e todos ao nosso redor se transforma. Mas como sabermos que amor é o verdadeiro? O próprio Deus nos ajuda neste sentido. Ele mesmo nos ensina que o primeiro e maior mandamento é amar a Deus sobre tudo e todos, com toda a nossa emoção, paixão, intelecto e possibilidades. Só amando a Deus, desta maneira, saberemos “Quem” (e não o que) é o amor. Deus é Amor. Só cumprindo este mandamento estaremos aptos a cumprir os demais mandamentos que se resumem no segundo mais importante: Amar ao próximo como Jesus nos amou (e não como a si mesmo). Jesus resignificou o mandamento “amar ao próximo como a si mesmo” nos ensinando a “amar ao próximo como Ele nos amou” e isto faz uma diferença significativa. Isso por que o amor que temos por nós mesmos nem sempre é puro. Muitas vezes o amor que temos por nós mesmos é deturpado e corrupto, o que geralmente acaba resultando em pecado. Por exemplo: eu me amo tanto, que quero me dar prazer, e me masturbo para isso aconteça.  Pode ser um exemplo um tanto quanto ridículo, mas se você pensar bem vai entender que o amor que temos por nós mesmos é um tanto quanto delicado pois é um amor que tem de lidar com o nosso próprio ego, que é corrupto. Por outro lado o amor demonstrado por Cristo é um amor santo, com qualidade de Deus.

A pergunta é: será que somos capazes de amar com uma qualidade de amor “Ágape”, com uma qualidade de amor igual a de Jesus, o Cristo, sendo corruptos pelo pecado que habita em nós?


É claro que não temos essa capacidade plena ainda. Mas é justamente nesta consciência que damos vazão ao Espírito Santo, para que Ele venha agir em nosso ser de modo que sejamos capazes, ainda não em plenitude, mas com o melhor de nosso ser, de amarmos, primeiramente Deus e depois ao próximo, como Jesus nos ensinou a amar. É assim, de glória em glória, que somos transformados. É assim, de glória em glória que aprendemos a lidar com a batalha entre o “não posso mais viver sem mim” e o “viver de Jesus em nós”. O amor de Jesus em nós produz vida com qualidade de Deus e neste processo somos transformados para um dia alcançarmos não só a salvação e a vida eterna, mas um lugar na igreja que é a habitação do Deus vivo. Este é um processo que, por graça, o próprio Pai executa em nós através do seu Espírito Santo. Para isso o “eu me amo” deve ser colocado no seu devido lugar: na cruz do calvário. Se você se ama de verdade, crucifique o seu “eu”, pois só assim o seu “eu” obterá o melhor: Jesus!