quinta-feira, 17 de julho de 2014

A GRANDE SURPRESA


Às vezes o pensamento de John Newton vem em minha mente:
 
“Quando chegar ao céu, verei ali três coisas impressionantes: a primeira será encontrar muita gente que não esperava ver ali; a segunda será não encontrar muita gente que esperava ali encontrar; e a terceira e mais maravilhosa de todas será encontrar a mim mesmo ali.“
 
Impressionante a miserabilidade humana. O ato de Deus prover salvação a um ser humano, que seja, é o maior milagre que podemos presenciar. Temos a arrogância e soberba de achar que a “lista de membros da igreja” é o livro da vida. Achamos que somos dignos de tomar o lugar do Cordeiro Santo, Jesus, o Único que é digno de ler o livro da vida, e afirmar que o nome de fulano, de ciclano e até mesmo o nosso, está escrito lá.
 
Acho que o dia em que eu entrar no céu, se entrar, será o dia em que mais me surpreenderei. Não pelas pessoas que imagino que irão estar lá e não estarão, nem pelas pessoas que estarão lá e achava que não estariam, mas por ali ver a concretização da remissão do maior pecador que eu conheço: eu! Sim, por que cada vez mais que conheço a cruz de Jesus mais vejo o quanto o meu pecado é grotesco e o quanto careço do Sangue de Jesus. Mais surpreendente do que a humanidade ir para o inferno é ver seres humanos adentrando um céu como o proposto por Deus. Não tem explicação...é simplesmente graça. Tem tudo a ver com quem Deus é e não com o que somos. Você pode pensar que estou afirmando que o céu é lucro, pelo fato de já termos o inferno garantindo. Mas não é isso, a lógica aqui é outra. É o fato do Cristianismo ir na lógica que afirma que a Graça não é o oposto de esforço, mas sim do mérito (assim como pensou Dallas Willard).

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