terça-feira, 22 de julho de 2014

POR TRÁS DO INTERESSE DA (NÃO) FÉ

O Cristianismo nos convida a viver uma vida em que os nossos interesses, aqueles interesses que provém dos apetites do nosso ego, fiquem em segundo...terceiro plano. O Cristianismo nos convida a pensar sempre em sermos “o terceiro”: em primeiro lugar Deus, em segundo lugar o nosso próximo e em terceiro lugar, nós mesmos. Deixar os nossos interesses em segundo...terceiro plano, não é tarefa fácil. Somos interesseiros, e o nosso principal interesse é saciar o nosso ego. Este apetite existencial do ser humano perdeu o controle depois de nossa queda em Gênesis 3. Antes, a presença de Deus nos supria em tudo. Depois da queda, com o nosso grito de independência existencial, um vazio se instalou em nós, e nossos apetites e interesses próprios ganharam dimensões extremas. E quando o assunto é interesse do nosso ego, Agostinho nos convida a pensar em algo interessante: Nenhum homem diz “Deus não existe”, a não ser aquele que tem interesse em que ele não exista. É claro que em contra partida, muitos podem afirmar que nenhum homem diz “Deus existe”, a não ser aquele que tem interesse que Ele exista (que diriam os pastores que gostam de vender terrenos no céu!?). Enfim, muitos afirmam que a existência de Deus não é provada pela ciência. Mas se esquecem que a “não existência” de Deus também não pode ser provada pela mesma.
 
Quando o assunto é “Deus” a fé é fundamental. Então pensamos: Deus é instrumento da fé ou a fé é um instrumento de Deus?...O fato é que no relacionamento entre Deus e o homem a fé é necessária. Deus tendo fé nos homens e os homens tendo fé em Deus. Afirmar que Deus não existe de certo modo implica em algumas responsabilidades, mas afirmar que Deus existe, ainda mais o Deus revelado em Jesus Cristo, implica em responsabilidades maiores. Se Deus existe, então existe-se um jeito certo de se viver, e Jesus Cristo é o gabarito, Nele conferimos se o nosso viver está de acordo ou não com os valores do Reino de Deus. Agora, se Deus não existe, qual o parâmetro que se tem para viver a vida? O dos homens? Em qual homem é possível olhar e afirmar, esta é uma vida digna de se inspirar para viver? Damos voltas e voltas e se formos sinceros com nós mesmos, chegaremos novamente a Jesus Cristo. O viver de Jesus jamais poderá ser comparado com o de qualquer ser humano, pois ninguém viveu uma vida tão inspiradora como o Carpinteiro de Nazaré.
 
Quais são os interesses que estão por trás da sua fé em Deus? Quais são os interesses que estão por trás da sua afirmação em ser ateu? Quais são os interesses e intensões que permeiam o seu coração quando você afirma que Deus é o seu Senhor?
 
Como cristãos verdadeiros único interesse que devemos ter é restituir ao Criador a glória que um dia tentamos roubar Dele. Devemos nos diminuir para que Ele cresça. Só podemos fazer isso reconhecendo a nossa miserabilidade, nos rendendo ao sacrifício de Jesus na Cruz e assumindo os valores da vida do Cristo em nosso viver. Este é o interesse verdadeiro do cristão que entendeu a mensagem de Jesus. Servir a Deus! E como muitos sabem, só há um jeito de servir a Deus: servir ao próximo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário