No mundo dos negócios é muito comum se afirmar que a “propaganda
é a alma do negócio”. Bem sabe disso o diabo. Ele é expert em publicidade e propaganda.
Ele conhece o seu público alvo! O diabo sabe o que oferecer para todo tipo de
gente. Ele conhece os apetites do ser humano. Sabe que o homem é movido por um
ego que proclamou independência de Deus e tem a tendência a se tornar absoluto.
Sabe disso por que tem um ego similar ao do ser humano, contaminado pelo desejo
de ocupar o lugar de Deus. Para cada faixa etária uma propaganda. Para cada
situação uma publicidade. A propaganda enganosa é a alma do pecado. É ela a
responsável em tornar “tentação” em “pecado”. O diabo domina esta arte. Sabe
qual bandeja preparar para cada apetite humano. Monta os Outdoors de acordo com
as ocasiões, simplesmente para nos fazer afundar ainda mais na condição de “queda”
na qual nos encontramos.
Ao nos depararmos com as propagandas enganosas do diabo
raramente percebemos a sabotagem em sua oferta: “Tudo pela metade do dobro!”.
Achamos que o custo das nossas atitudes, omissões e pensamentos sairão baratos,
mas no fundo pagaremos muito caro pelas nossas iniquidades. Assim como o diabo
está longe de ser aquele ser avermelhado, com chifrinhos, rabo e um tridente
nas mãos, as suas ofertas passam longe de se parecerem com pecado. Ele é mestre
na propaganda ilusória. Como se não bastasse isso, há também a ingenuidade por
parte do homem em pensar que o diabo se importa em levar a culpa de nossos
pecados. Quanto mais acusarmos ele de nossos pecados, e não assumirmos os
nossos próprios erros, melhor para ele, pois ele veio para destruir e matar, e
quer maior caminho de morte do que ficar colocando nos outros a culpa de nossos
pecados?
A negociação ilícita, o caso com a secretária, o abuso do
menor, a prostituição, as palavras torpes, o ódio pelo próximo, a indiferença
para com os marginalizados...tudo isso ganha uma roupagem bonitinha pelo mestre
do designer enganoso, o publicitário demônio, que faz pesquisa de mercado no
mundo (inclusive dentro das igrejas) para poder gritar aos ventos “tudo pela
metade do dobro”, de forma que pessoas e mais pessoas caiam em suas armadilhas.
O homem é pecador. A culpa do nosso pecado é nossa: sim,
nossa culpa, nossa máxima culpa. O maior pecador que nós conhecemos somos o
nosso próprio “eu”. Culpar o demônio é um caminho de morte. Mas acreditar que
ele não existe também é. Ele existe e deseja destruir e matar. O diabo não é
responsável por nossos pecados. Numa analogia simples, poderíamos exemplificar
assim: quando você estiver pecando com o desejo de dar uma paulada em alguém, o
diabo lhe entregará em mãos um pedaço de madeira bem rígido e ficará soprando em seu ouvido...” – Desce a
lenha!”.
O nosso pecado existe e temos que nos arrepender sempre. O
diabo entra no cenário de nossas vidas com suas propagandas enganosas para
multiplicar os processos de maldade em nossa alma, para que de abismo em abismo
encontremos a morte. Nós somos tentados com a vontade de fumar, ele aparece com
o cigarro. Nós somos tentados com a vontade de beber, ele nos serve um
conhaque. Lembre-se: “Tentação” não é “pecado”,
ceder à tentação é pecar. Todo pecado que cometemos é por nossa máxima culpa. O
diabo é o exponencial, o fator multiplicador de nossas atitudes, omissões e
pensamentos que visa “super-dimensionar” os pecados do nosso ego. O custo é
muito mais caro do que o “tudo pela metade do dobro”. O cristão não peca por
escolha. O pecado do cristão deve ser um acidente. A atitude consequente do
mesmo é o arrependimento. O Espírito Santo nos convence do nosso pecado, mas
para que isso aconteça Ele deve ser convidado a fazer morada em nosso ser. Um
Deus Santo só habita em um lar santo. Nós não somos santos, mas o sangue de
Jesus nos purifica e torna o nosso ser habitável ao Senhor. Que o Senhor nos dê
discernimento para viver uma vida assim, em pró de sermos tabernáculos vivos
para o Espírito Santo.
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