Há quem diga que o dinheiro é algo neutro...não é bom e nem
é mal. Mas concordo com o pensamento do Pastor Ed René Kivitz. Neutro é um
copinho plástico jogado no chão. Quem passa por um copinho de plástico e o pega
e coloca no bolso para gastá-lo? A maior dificuldade dos homens é colocar o
dinheiro no seu devido lugar. Já se perguntou: quem serve quem? Eu sirvo o
dinheiro ou ele me serve? Dinheiro elevado a status de Deus chama-se Mamón. Jesus
nos alertou isso em Mateus 6:24: “Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se
dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”.
Vivemos em uma sociedade adoradora de Mamón, isto é fato. O
dinheiro está por todo lugar escravizando o homem. É a realidade da Berrini, da
Paulista...de gente que almeja cargos e cargos ainda maiores para poder ganhar
mais. Não é à toa que a nossa sociedade possui diversas pessoa tão pobres que
não possuem nada além de dinheiro. Triste ver como isso é uma realidade ao
nosso redor. Quantos pais não tem tempo para seus filhos por que são fissurados
em horas extras!? Quantas pessoas já não sabem o que é “família” por que vivem
enclausuradas em suas realidades profissionais?
Mamón reina no mercado. Mamón reina nos corredores das
multinacionais. Mamón reina em países sul-africanos onde a fome mata. Reina não
por que tem um reino de direito, mas sim por que os homens entregam de “mão
beijada” nas mãos de Mamón aquilo que Deus nos confiou. Mamón distribui por ai
seus altares: lojas de grifes famosas, lojas de celulares de última geração, lojas
de joias e brilhantes...e o homem segue lhe provendo suas ofertas. Na nossa
realidade, o homem entrega ali, no altar de Mamón, 100...200...1000...3000...reais...dólares.
Mas aos olhos de Deus, na boca do caixa de cada uma destas lojas, altares de
Mamón, estamos levando uma criança raquítica, desnutrida, pele e osso. Esta é a
oferta que espiritualmente não vemos. Mamón diante de nós, e a gente de joelhos
perante a ele, entregando como oferta a vida de mais um miserável.
Mais triste ainda é ver que estes altares são montados
dentro das igrejas. O local onde deveria ser lugar de oração e adoração a Deus
é transformado em um ritual satânico de adoração a Mamón. Dízimos e ofertas em
troca de bênçãos e milagres, tudo a pronta entrega. A religião dos adoradores
de Mamón é o capitalismo que cega seus seguidores. É assim que a vida segue em
frente, ditando sobre nós a lógica da rebelião, do egoísmo. Um Iphone pra mim ou
uma refeição digna ao miserável? Um Cruze 2.0 ou uma educação que poderá mudar
a vida de um órfão? Um jantar de 600 reais no Figueira Rubayat ou uma marmitex
ao mendigo que pede esmola no farol? Um edredom de linho fino feito Dubai para
o seu sono gostoso ou um cobertor das Pernambucanas para o menino de rua que
vai enfrentar a madrugada fria em baixo de um viaduto da cruel cidade de São
Paulo?
O que temos ofertado nas igrejas tem sido para Deus ou para
Mamón? As nossas vidas tem sido um culto a Deus ou a Mamón?
Que Deus nos de sabedoria para lidar com este assunto tão
delicado chamado dinheiro!
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