segunda-feira, 26 de agosto de 2013

JESUS, MINHA MARIONETE?

A maior parte do tempo, o ser humano tenta controlar as situações ao seu redor. O homem deseja ter o controle em plenitude. A sensação de que nada pode fugir do nosso controle coloca o nosso radar em ação, monitorando tudo e todos que está ao nosso alcance, pois afinal de contas o nosso ego nos prega: “temos que ser autossuficientes”. Queremos que ser deus de nossos próprios atos. Fazemos isso constantemente. O problema é que esquecemos que é justamente este o pecado que nos separou de Deus: declararmos que não precisamos Dele para viver.
 
Em outras palavras, o que quero dizer é que, o homem vive buscando ser Deus. Constantemente, o ser humano deseja tomar o lugar do Criador. Por isso que o homem caído é em si o próprio “pecado consumado” e não simplesmente um pecador. Pois apesar de Deus ter nos criado à Sua imagem e semelhança, nós optamos por nos tornarmos imagem e semelhança de Lúcifer, o demônio, aquele que foi o primeiro a desejar estar no lugar de Deus.
 
O fato é que esta é a nossa natureza: queremos tomar o lugar de Deus, queremos ser autossuficiente, achamos que nos “bancamos”. Tem gente que pensa e age assim fora da igreja. Tem gente que faz isso dentro da igreja. O resultado disso: seres manipuladores. Pessoas que manipulam o próximo para exercer senhorio sobre todas as situações e todas as pessoas, ou pessoas que manipulam Deus para obter o mesmo propósito. Pessoas que fazem isso para suprirem os seus próprios interesses.
 
O Pastor Ed René Kivitz afirma acertadamente que uma das maneiras de querer ser Deus é manipular a Deus. Em outras palavras, é fazer Deus de marionete. Colocar Deus em uma rédea e querer guia-lo conforme a vontade humana. Fazer com que Deus use Seus poderes em pró dos interesses do ego humano. Esta é a pior variação do pecado humano. Por isso Jesus preferia andar com pecadores do que com Fariseus.
 
Bom, talvez você ache que pensar assim é muito pesado, algo que beira ao exagero. Mas como diria CS Lewis, “Aqueles que querem sentir-se bem, não recomendo o evangelho, recomendo uma boa garrafa de vinho.” O Evangelho de Jesus, o Cristo de Deus, vai totalmente no oposto desta lógica egoísta do homem e para ser concretizado e consumado, custou a vida do próprio Deus.
 
A boa nova de Jesus, ou se preferir, o Reino anunciado pelo mesmo, se inicia quando o homem adquiri justamente esta consciência: de que somos pecado, de que somos manipuladores, de que constantemente queremos ser Deus, de que achamos que somos autossuficiente, mas que na verdade somos pó...um nada. Sem esta consciência, não há como caminharmos para a reconciliação com Deus. Pense: como iremos nos arrepender de algo que nem sequer achamos que erramos!?
 
Alguém já resumiu (acredito que o próprio CS Lewis) que...
 
...Pecado...é o homem querendo se colocar no lugar de Deus
...Salvação...é Deus se colocando no lugar do homem (na Cruz)!
 
Quando adquirimos esta consciência damos o primeiro passo ao arrependimento. Quanto maior a consciência do nosso pecado, maior é a experiência da Cruz em nossas vidas. Ir para a Cruz é “cair em si”, mas é muito mais “cair de si”. É despojar-se do seu próprio ego. Abrir mão do orgulho. Tomar a via inversa que leva ao ego absoluto e ir em direção a total dependência do Pai.
 
Enquanto não tomarmos esta atitude, seguiremos como seres criados por Deus condenados ao inferno. Não passaremos de ser “pecado”. Mas se tomarmos esta consciência e caminharmos em direção à Cruz, iremos ser irmãos adotivos do único homem que foi gerado por Deus: Jesus. E Nele seremos filhos de Deus, pois Seu sangue puro e imaculado se fez aliança de reconciliação com o Pai, Deus Criador. Só por este sangue somos justificados.
 
Quem é o Deus de sua vida? Você mesmo ou Jesus, o Cristo crucificado? Quem é Jesus para você, um ídolo, um objeto de manipulação para satisfazer seus interesses, uma marionete ou Deus lhe provendo reconciliação?
 
Responda isso para o seu ego, e coloque tudo em seu devido lugar!

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