quinta-feira, 8 de agosto de 2013

JESUS VEIO NOS SALVAR, NÃO NOS PAPARICAR


É domingo à noite. Culto lotado e o pregador pergunta: “Quem veio buscar milagre (benção) nesta noite?”. A igreja responde fervorosamente. Tudo seria lindo se o conceito de “benção” ou “milagre” não estivesse distorcido. O milagre na vida de um homem tem nome, e é nome próprio: Jesus. Ele é o Milagre, Ele é a benção. O problema está no modo como o termo “milagre”, “benção” foi banalizado. E infelizmente, por consequência, até Jesus acaba tendo o Seu Santo Nome Banalizado.

 

Buscamos o “Milagre”, pois o mesmo é considerado impossível de ser realizado por nós, meros homens mortais. Jesus, o Cristo, é o Milagre pois só Ele pode se fazer salvação para toda a humanidade. Por isso, Milagre, tem nome próprio e é muito mais uma pessoa do que uma “coisa material”. Milagre mesmo é Jesus.

 

A Teologia da Prosperidade diz que o homem tem que prosperar. Diz que o homem tem que usar a Palavra de Deus para arrancar “milagres” de Deus. E se Deus não conceder o impossível, tem pastor dizendo que a igreja tem que dar com o pé nas portas celestiais, por que é obrigação de Deus abençoar. Deus, para estes pregadores (que geralmente são os únicos que realmente “prosperam”), é refém do homem.

 

Triste ver gente pensando assim. Triste ver gente invertendo a posição entre Criador e criação.

 

Jesus é o Milagre Único concretizado em Salvação na Cruz do Calvário. Ele se fez sacrifício para salvar a humanidade, pois esta era a vontade do Pai. Jesus não se permitiu ser pregado na cruz para paparicar o homem. Jesus não morreu numa cruz para que você fosse promovido no trabalho, ou ganhasse um IPhone, ou conseguisse aquela namorada, ou comprasse aquela casa na praia...Ele se entregou para salvar a humanidade!

 

Você então deve estar pensando: Ora, então você é do tipo “Franciscano” que faz voto de pobreza?!

 

Não sou a favor da miséria. O texto escrito aqui não é um artigo sobre a Teologia da Miséria. Longe disso! Sou contra a Teologia da Prosperidade e contra a Teologia da Miséria. Somos fruto da Graça Divina. Jesus é o meio pelo qual está Graça nos alcançou. É esta a consciência que nos falta hoje. Viver consciente de que a cruz não é um fim de valores limitados a este mundo. A cruz tem valor de eternidade. Quando a cruz nos alcança, o reino de Deus nos alcança e traz dentro de si os valores da vida de Jesus. Estes valores mudam o modo do homem viver. Por consequência, o ser humano não permite que um outro ser humano viva sem dignidade, pois os valores do Reino de Deus são alicerçados pelo amor para a eternidade na presença do Pai.

 

A igreja não deve pregar miséria. Mas também não deve pregar a prosperidade distorcida que tem pregado. A igreja deve pregar Jesus Ressurreto, pois esta mensagem resulta na restauração da dignidade de todo o homem. Isso passa longe de ser um “meio termo” entre a miséria e a prosperidade. Passa muito longe. Pois o verdadeiro significado não está consolidado neste mundo. O verdadeiro significado busca a eternidade na glória de Jesus.

 

O ciclo da nossa história tem sido...

 

...de um lado o pecado... O homem se colocando no lugar de Deus

...do outro a salvação...Deus se colocando no lugar do Homem...a cruz!

 

Deus não quer lhe dar “mimos”. Deus não quer te “paparicar”. A única prosperidade que Deus quer lhe dar se chama salvação. O verdadeiro homem prospero é o que prospera na salvação concedida pelo Cordeiro Santo. Toda prosperidade que não seja para a glória de Jesus, é “vanprosperidade” cercada de “vanglória”. Tudo em vão. Em outras palavras, é pecado!

 

Quando realmente entendermos isso, teremos muito menos templos gigantescos e muito mais moradias para gente que vive na miséria.

 

Deus deseja nos salvar através de Sua Infinita Graça. E está Graça custou a vida de Jesus, Seu Filho Amado. Enquanto Ele está tentando fazer isso, nós estamos querendo ser “mimados”. Seja sincero e responda: não há algo de muito errado nisso? Será que estamos buscando prosperar em Mamon ou Prosperar na Graça de Jesus?

Nenhum comentário:

Postar um comentário