quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O EPITÁFIO DE JESUS

Visitar cemitérios não é o tipo de programa que as pessoas gostam de fazer. Mas infelizmente, vez por outra, temos que ir. O fato é que, quando visitamos um cemitério, dificilmente deixamos de observar nos túmulos os dados pessoais da pessoa que está enterrada. Mensagens do tipo: “Aqui jaz fulano de tal, nascido em tal data, falecido em tal data” seguidas de um epitáfio.
 
Epitáfios são frases escritas nas lápides que ficam sobre os túmulos dos mortos. A finalidade é homenagear o morto com uma curta mensagem. Os epitáfios no passado procuravam narrar os atos heroicos do nobre, rei ou um membro proeminente da corte. Com o passar dos tempos começou a ser usado por toda população para lembrar as qualidades daquele ente querido que partiu deixando muita saudade.
 
Veja abaixo alguns epitáfios de famosos:
 
“É uma honra para o gênero humano que tal homem tenha existido." (Isaac Newton, cientista e físico inglês)
“Foi poeta, sonhou e amou na vida." (Álvares de Azevedo, escritor brasileiro)
"O tempo não pára..." (Cazuza, cantor famoso brasileiro)
 
É claro que os Epitáfios também viraram motivo de humor, como nos exemplos abaixo:
 
Epitáfio de um sapateiro: "Bati as botas!"
Epitáfio de um confeiteiro: Acabou-se o que era doce!"
Epitáfio de um hipocondríaco: "Não disse que eu estava doente?"
 
Enfim, muitos pessoas famosas e personagens históricos foram sepultados com honrarias em belos monumentos. Alguns em praça pública, tendo seus nomes e feitos gravados em mármore ou esculpidos em bronze, outros em cemitérios milionários. Entretanto, para todos estes, o epitáfio sempre foi marcado pela frase:  "aqui jaz".
 
Feito este “pano de fundo”, gostaria de lhe convidar a refletir sobre o epitáfio de Jesus, o Nazareno.
 
Primeiramente, gostaria de lembrar que Jesus, Deus em forma humana, entrou na história através do ventre de uma virgem, Maria e que foi sepultado também em um túmulo virgem, pois o seu corpo foi colocado em uma sepultura, cedida por José de Arimatéia, e a mesma era nova, ninguém jamais havia sido sepultado naquele túmulo.
 
O túmulo virgem de Jesus é diferente de todos os túmulos que já existiram. Está vazio e aberto. Dentro dele não há um defunto. Foi o único túmulo aberto de dentro para fora. E sua porta aberta escancara para todo o mundo a vitória do nosso amado Redentor.
 
O escritor J J Benitez, na sua excelente ficção literária “Cavalo de Tróia 1 – Jerusalém” relata um momento em que um dos discípulos pergunta a Maria, mãe de Jesus, que epitáfio deveria ser colocado no túmulo de Jesus. Sei que o livro é uma ficção, mas acho extraordinário pensar dentro do contexto do autor, onde a pergunta “Que deseja escrever como Epitáfio no túmulo do seu Filho?” é feita para Maria antes do evento relatado em João 20, quando todos descobrem que Ele havia ressuscitado e saído do túmulo. A resposta de Maria é: “Escreva: Ressuscitou!”.
 
Muitos dizem que o epitáfio de Jesus, o Cristo foi a placa pregada na cruz pelos romanos, que dizia: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”, João 19:19. Entretanto, penso diferente. Durante o império romano, quando as pessoas eram crucificada, pregavam-se sobre o crucificado uma placa dizendo qual era o crime que a pessoa havia cometido. Faziam isso para que servisse de exemplo a todos. Quando todos vissem o morto, crucificado, e a placa com o seu respectivo “crime”, ficariam chocados e o choque serviria como um incentivo a não cometer o mesmo ato. Em outras palavras, o suposto “crime” cometido por Jesus foi ser Deus. Foi essa a nossa acusação contra Ele. Vale muito a pena pensar nisso: Se por um lado a verdade é que Jesus se entregou, por outro está escancarado o fato de que nós matamos Cristo por Ele ser Deus!
 
Voltando a pensar no epitáfio de Jesus, o Cristo, o evangelista Billy Graham expos o seguinte pensamento: "Como é diferente o epitáfio no túmulo de Jesus! Não está escrito em caracteres de ouro, e tampouco gravado em pedra, foi pronunciado pela boca de um anjo, exatamente o oposto do que há  em todos os demais túmulos: Ele não está aqui, ressuscitou como havia dito."
 
Somos filhos de um Deus vivo. Ele Vive. Não adoramos um "Senhor morto", cremos em um Cristo vivo. Jesus vive. Ele ressuscitou. O túmulo cedido por José de Arimatéia continua virgem, pois não há nenhum morto lá. A ressurreição de  Jesus foi consumada e é a garantia da nossa ressurreição.
 
Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" Lucas 9.23
 
“Após Mim”...veja...Ele foi primeiro! Ele abriu caminho!
 
Ele vive. E a maior prova disso é a libertação e transformação de milhares de pessoas que, rompe séculos e mais séculos, chegando a cada um de nós nos dias de hoje.
 
O epitáfio de Jesus foi justificado pela vida que o Cristo viveu. Uma vida sem pecados, e em total submissão ao Pai. Vale lembrar que se por um lado, o salário do pecado é a morte, por outro o salário da santidade é a ressurreição. Este foi o salário de Jesus: a ressurreição.
 
O meu, o seu ...epitáfio e o de todo aquele que crer em Jesus e buscar uma vida com os valores vividos pelo Cristo é um só: o mesmo epitáfio de Jesus. Pois o Sangue Santo do Cordeiro Imaculado justifica todo aquele que se redime à cruz.
 
Que o Senhor não tire a Sua graça sobre nós!

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