“...Não há um justo, nem um sequer” Romanos 3:10
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Romanos 3:23”
Todos nós somos pecadores, isto é fato. Até mesmo a pessoa que alega “não ter pecado” está cometendo um pecado, o de mentir.
O Pecado sempre gera separação. Separa: o homem dos homens, o homem de Deus e até mesmo Deus de Deus.
Separa o homem do homem, por que o pecado gera desentendimento entre nós mesmos, gera intriga e nos afasta uns dos outros:
O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra. Lucas 12:53
Separa o homem de Deus, pois sabemos que Deus é a Vida Eterna, e que só podemos ter vida eterna Nele, entretanto o salário do pecado é a morte:
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 6:23
Além disso a Palavra evidência esta separação entre Deus e o Homem no livro de Isaias:
Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. Isaías 59:2
E, por fim, o pecado também separa Deus de Deus, uma separação que é um pouquinho mais complicada de se entender, mas tentarei diluir o entendimento da mesma logo à seguir.
Te convido a pensar:
Na cruz, quando Cristo estavava pagando o preço pelas nossas vidas, Ele exclamou:
E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mateus 27:46
Agora, vamos ler com cuidado o Salmo 22:
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego. Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel. Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos. Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer. Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude. Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam. Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge. Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte. Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés. Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam. Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa. Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me. Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão. Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens. Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação. Vós, que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel. Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu. O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem. Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente. Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao SENHOR; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações. Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma. Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração. Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez. Salmos 22:1-31
Este é um salmo Messiânico. Podemos interpretar o salmo 22 como uma profecia do que aconteceria com Cristo na cruz do calvário.
A exclamação de Cristo "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" é também registrada no primeiro versículo do Salmo 22.
No Versículo 3 vem a resposta de Deus:
" Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel." Salmo 22:3
Agora, uma pergunta: será que Deus abandonou Jesus, na cruz do Calvário, porque Deus é santo?
Em Habacuque capítulo 1, versículo 13 temos:
"Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar..." Habacuque 1:13
Todos sabemos que, na cruz do Calvário, o Senhor Jesus pagou o preço de todos os pecados da humanidade. Desde o primeiro pecado de Adão e Eva, passando pelos pecados que estão sendo cometidos neste exato momento, até o último pecado que será cometido.
Unindo todas estas peças é possível entender que o pecado separou Deus, o Pai, de Deus, o Filho, por que os olhos do Pai são tão puros que não podiam contemplar a nossa iniquidade derramada sobre o Filho. Por isso o pecado também separa Deus de Deus.
Com base no entendimento destas 3 separações que foram comentadas, gostaria de sublinhar o seguinte raciocínio:
Pensar que o ato de pecar é simplesmente transgredir a lei revelada por Deus à Moisés é muito superficial. O pecado não é algo tão simples assim para considerarmos o mesmo apenas como infrações das leis de Deus. Não quero aqui menosprezar a lei, é claro que o ato de transgredi-la está implícito na definição do pecado, e considero que a Torá nos foi enviada por Deus como um ato de amor Dele por nós. Mas se analisarmos todo o cenário causado pelo pecado, se pensarmos nas consequências do mesmo, se observarmos todos os movimentos que Deus fez por conta do pecado e a separação que a nossa iniquidade causa, teremos uma profunda visão sobre o que realmente é o pecado.
Bom, com este pano de fundo gostaria de compartilhar um texto:
“É 6 horas da manhã. Desperto do meu sono com um fungado constante e uma sequência de lambidas que tocam meu rosto. Abro os olhos e lá está ele em cima de mim, pisoteando o meu peito, abanando o rabinho e envergando as orelhinhas: é o meu pecado de estimação. Acaricío o seu fucinho e lhe dou um sorridente “bom dia’. Em retribuição, ele revela sua natureza e morde minha mão com uma dentada nada acidental. Apesar da dor, sinto uma sensação gostosa, uma dorzinha com pitadinha de prazer. É algo parecido como “Chocolate com Pimenta”, ardido, mas doce, dolorido, porém prazeroso. Não pense que sou mazoquista, é que na verdade sou apaixonado por esse animalzinho, sou louco por esta linda criatura, o meu pecado de estimação. Então, sigo com minha rotina: me espreguiço, levanto e vou para o banheiro. Tomo meu banho, desligo o chuveiro, e ao abrir a porta do box avisto ele, com a toalha entre os dentes, vindo em minha direção. Não se admire, foram anos de ensinamentos. Mas o treinamento deu resultado: lá vem ele mais uma vez me trazendo a tolha, demonstrando ser meu fiél amigo, o meu querido pecado de estimação. Enquanto me seco, vejo pelo espelho da pia ele sorrindo para mim, querendo a minha atenção. Peço para que ele deixe eu me secar e dou ordem para ele ir para o quarto, mas ele é carente, não quer me deixar nem sequer por 1 segundo, afinal eu o criei com tanto afeto que o deixei mau acostumado. Ele sabe que não vou gritar com ele, sabe que tenho grande apreço por sua presença, então me desobedece, e permanece ali, bem ao meu lado, me olhando com uma carinha tão linda que não tenho palavras para descrever. Ele sabe quem ele é, sabe que é importante para mim e usa este sentimento para se impor sobre as minhas ordens. Eu acabo relevando, afinal de contas, ele é o meu pecado de estimação. Vou para o quarto, ele corre atras de mim e segue os meus passos. Caminha ao meu lado acariciando minha batata da perna com seus pelos enquanto ando com cuidado para não pisar nele. E assim ele vai me chamando a atenção, demonstrando ser recíproco ao carinho que lhe empenho todos os dias. Me troco e ele me observa enquanto coça as suas orelhinhas com as patas traseiras. Desço as escadas e coloco água e ração para o meu pecado de estimação. Enquanto ele se delicía, tomo o meu café da manhã. Dou um beijo carinhoso nele, e digo: “Não faça esta carinha de choro, eu vou trabalhar e de noite volto para ficar com você”. Fecho a porta, me viro e já consigo ouvir o seu choro do lado de dentro por conta da minha ausência. Vou para o trabalho pensando nele, com o coração apertado, mau vendo a hora de voltar para casa e encontrar de novo o meu pecado de estimação. Para amenizar a saudade durante o expediênte, abro no computador da empresa algumas fotos dele. Também assisto a alguns vídeos. Ai fico alíviado. É como se o meu pecado de estimação estivesse ali comigo. Isso me tranquiliza. Quando chega a hora de ir para casa saio correndo feito um louco. Pego o ônibus e venho pensando no momento em que irei encontrá-lo novamente. A ansiedade é grande. Quando chego no portão de casa, mesmo do lado de dentro, ele ouve os meus passos e começa a se agitar. Percebo que ele está em frente à porta, me esperando. Mau giro a maçaneta e ele pula sobre mim com seus fungados afetivos. Abraço ele e acarício o seu fucinho. Tomo mais uma mordida e fico feliz, pois sei que é assim que ele retribui o meu carinho. Coloco uma coleira nele e saio para dar uma volta pelo bairro. Ele caminha ao meu lado com uma felicidade indescritível. Chego em casa, lhe dou mais água e comida. Janto com ele. Subo para tomar banho e ele me acompanha. Desligo o chuveiro e lá vem ele com a toalha. Me seco, ponho o meu pijama e dou um beijo carinhoso nele. Assisto um pouquinho de TV com ele no meu colo. Quando chega a hora de ir dormir, peço para ele ir se deitar na caminha dele, mas ele gosta tanto de mim que prefere dormir ali ao meu lado. Gosto tanto dele que não insisto muito na ordem. Dou boa noite para o meu pecado de estimação e vou dormir, sabendo que na manhã seguinte ele estará lá para retribuir todo carinho que eu tenho por ele.”
Acredito que você já teve ou tem um animal de estimação. Se não for o caso, tenho certeza de que você conhece alguém que tenha, ou já teve, um cachorrinho, gatinho, papagaio ou algum outro animal de estimação. A minha esposa, por exemplo, teve um cachorrinho, chamado Peteleco e um ramster, chamado Teco. Sempre quando ela me relata os momentos que passou com ambos, as suas palavras são carregadas de muito carinho.
A palavra “estimação” pode ser interpretada como “Aprêço de uma coisa, independente do seu real valor”. Em outras palavras: algo que não significa nada, ou até mesmo, é considerado ruim ao ponto de vista de outras pessoas, para nós tem um grande valor. Sendo assim, este “algo” torna-se para nós “algo de estimação”. Exemplificando, podemos dizer que um gato pode ser odiado por algumas pessoas, mas para você, é um animalzinho meigo no qual você empenha tanto carinho à ponto de tratá-lo como se o mesmo fosse uma pessoa igual à você. Você se torna dono dele e não mede valores para agradá-lo e lhe demonstrar afetividade. Leva-o para ser tratado em Pet Shop, compra brinquedos e até deixa dormir com você na mesma cama.
Infelizmente, muitos de nós nos relacionamos com alguns pecados de forma imprudente. Deixamos os mesmos fazerem parte de nossas rotinas e sem perceber, nós adotamos eles como fosse um animal de estimação. São os nossos pecados de estimação.
No texto compartinhado acima temos a rotina de um pecador que lida com o pecado com naturalidade e apreço. O pecado se tornou tão algo prazeroso para ele, que virou o seu pecado de estimação. A iniquidade acompanha ele em todas as horas do seu dia e ele não se incomoda mais com isso, pelo contrário, o seu pecado de estimação se tornou algo muito mais que natural em sua rotina: se tornou algo afetivo. O Pecador ensina até truques para o seu pecado de estimação. Ele realmente sente prazer com a presença dele. Até cuida com carinho do mesmo e faz com que ele esteja presente em todo o seu dia.
Você já se perguntou: Será que eu tenho um pecado de estimação?
Muitas vezes a gente nem percebe que possui um. Mas a verdade é que o mesmo é bem comum em nossas vidas, afinal somos seres humanos, e a natureza humana é pecadora.
Bom, vamos tentar identificar quais são estes pecados de estimação, suas consequências e como fazer para excluí-los das nossas vidas e obter vitória sobre os mesmos.
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I. COMO IDENTIFICAR OS PECADOS DE ESTIMAÇÃO?
Um Cristão tem que ter em mente que Pecado é algo que sempre estará presente em sua vida, afinal um cristão é humano, entretanto, o mesmo deve ser um acidente e não uma decisão. Ninguém vai deixar de ser pecador simplesmente pelo fato de ter aceito à Jesus como salvador de sua vida. É por isso que o arrependimento e a busca por Cristo na Cruz do Calvário é um exercício diário na vida do cristão.
Geralmente o pecado de estimação dá prazer para quem o comete. Se torna um vício. Ele se repete muito mais do que os outros pecados que o pecador comete. Partindo desta base, é possivel identificar algumas pistas para evidênciá-lo:
a. O pecado de estimação já não entristece: a partir do momento que o pecado já não faz com que o nosso coração sinta-se triste, a gente se torna indiferente para a situação. Este é um cenário perigoso, por que a indiferença com o pecado nos faz, por consequência, indiferentes ao arrependimento e à busca do perdão. Então quanto mais este pecado se torna recorrente, mais eu vou me tronando capaz de suportar a tristeza causada pelo mesmo.
Porque eu declararei a minha iniqüidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado.
Salmos 38:18
b. O pecado de estimação já não incomoda: se a tristeza já não se faz presente no nosso coração quando a gente lida com um determinado pecado, é um sinal que já não sentimos temor à Deus com relação ao mesmo. Aqui também esta presente o sentimento de indiferença do nosso coração com relação ao pecado. Como o mesmo já não incomoda, convivemos com ele como se fosse um hábito qualquer, como por exemplo escovar os dentes.
Os insensatos zombam do pecado, mas entre os retos há benevolência. Provérbios 14:9
c. O pecado de estimação já não é algo que queremos abandonar: quando o pecado se torna algo prazeroso, a gente passa a alimentá-lo. Infelizmente o alimento que oferecemos para o pecado é a nossa própria carne. Pensamentos como: “Depois peço perdão” são inseridos em nosso dia a dia. O pecado começa a crescer em nós, afinal estamos alimentando ele. Então achamos que estamos dominando o pecado, mas na verdade, o pecado já está dominado os nossos corações. Neste ponto, o pecado já é praticamente um vício.
Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado. Salmos 32:3-5
II. AS CONSEQÜÊNCIAS QUE ESTES PECADOS NOS CAUSAM.
As marcas que os pecados de estimação deixam em nossas vidas são inúmeras. Eles deixam seqüelas praticamente incuráveis, podendo até nos leva à morte. Vamos tentar identificar algumas dessas conseqüências:
a. Negligência na oração: com os pecados de estimação presentes em nosso dia a dia, é muito comum que os mesmos tornem-se parte do conteúdo de nossas orações sem que a gente perceba.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Lucas 18:11
b. Negligência na leitura e no ouvir a Palavra: quando o pecado de estimação se torna algo de grande apreço para nós, é comum que o prazer em ouvir a Palavra de Deus vá diminuindo com o passar do tempo. Além disso, é bem possível que a gente peque outros pecados em consequência da escolha em mantê-lo em nossa rotina. Por exemplo, procurando na palavra de Deus, (pré) textos para justificar a permanência do pecado em nossas vidas, ou até mesmo para diminuir o resquício de sentimento de culpa que pode estar presente em nossos corações. Com a permanência do pecado de estimação em nossas vidas, é bem comum que a Palavra já não desperte mais a nossa atenção e muito menos comova o nosso coração.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou. João 14:23-24
c. Esfriamento espiritual: A conseqüência dos dois primeiros pontos acima é o completo esfriamento espiritual. Quando não ocorre o esfriamento por completo, a gente acaba sendo “morno” na fé. A partir daí a verdade do evangelho não nos interessa mais, e sim a “nossa verdade” sobre o Evangelho passa a valer. Como o nosso evangelho é o que vale, é muito comum a gente se descontentar com a igreja. Começamos a reclamar do pastor, dos presbíteros, dos diáconos, dos irmãos, do culto, do horário do culto, enfim...de tudo. De quente vamos para mornos ou até mesmo frios na espiritualidade.
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Apocalipse 3:16
d. A gente se torna escravos de satanás: quando optamos em mantermos os pecados de estimação em nossas vidas, a gente se torna presa fácil para satanás.
e. Abandono da fé em Deus: com a vida espiritual sem direcionamento, a consequência final para todas as consequências descritas aqui é o abandono da fé em Deus. O evangelho torna-se algo artificial para as nossas vidas e a verdade do mesmo vira algo vazio. Então abandonamos a fé por ver que esta “verdade” não faz mais sentido para a nossa vida. “Abandono da fé em Deus” significa morte eterna.
III. COMO VENCER ESTES PECADOS DE ESTIMAÇÃO?
Acredito que para vencer um pecado de estimação, primeiramente precisamos de Sinceridade com nós mesmos. Isso por que é necessário olhar para o nosso coração e identificar os pecados que estão em nossas rotinas de forma que a gente possa nomeá-los e reconhecer que o tratamos como um “pecado de estimação”. Partindo deste cenário tenha em mente que, como a convivência com o pecado era diária, a luta também será dia à dia. E aqui é importante lembrar que em uma guerra existem diversas batalhas. Haverão dias que você irá perder uma batalha, mas o importante é vencer o maior número de batalhas que você conseguir. Para isso, algumas diretrizes podem nos ajudar:
a. Volta à Palavra: para vencer os pecados de estimação é necessário regressar à Palavra de Deus. É como a afirmação de D. L. Moody, um dos maiores pregadores do século passado, que disse: "Ou a Bíblia me afasta do pecado ou o pecado me afasta da Bíblia". A Palavra e o pecado não podem conviver juntos. A ausência do prazer do pecado deve ser suprida pela sabedoria adquirida no conteúdo das escrituras sagradas.
Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. João 17:17
b. Vida abundante de oração: é necessário orar, buscar a Deus intensamente, mergulhar a alma na presença de Deus. Reconhecer o pecado de estimação diáriamente em oração e confessá-lo ao Pai. Em oração o perdão será alcançado na misericórdia e no amor do Pai. A oração nos revigora a alma, desperta em nós o que antes estava adormecido: o prazer pelas coisas do Senhor, o prazer pela vida. Ore a Deus, busque a Sua presença, Deus não rejeitará a sua oração.
Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a sua misericórdia. Salmo 60:20
c. Resistir ao diabo: Precisamos ser implacáveis contra o pecado, temos que está empenhados em exterminá-lo. Temos que nos lançar contra o pecado onde quer que o encontremos, não podemos nos dar sossego. O diabo é um fator multiplicador para os nossos pecados. Isso por que ele se aproveita do nosso pecado para nos afundar ainda mais no abismo.
Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Tiago 4.7
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O lugar do cristão é na cruz do calvário, crucificado juntamente com Cristo Jesus. É lá que devemos permanecer. Todas as vezes que um cristão peca, na verdade, ele está descendo da cruz. Isso quer dizer que pedir perdão e se reconciliar com Deus é voltar para a cruz. O pecado de estimação nos tira da cruz e não nos trás noção do quanto isso nos coloca em condição de morte. Com o pecado não se negocia. É não, sempre não.
Jesus nos disse:
Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. João 8:34
Pergunto, quem é o animal de estimação de quem? Você tem um pecado de estimação? Ou o pecado lhe tem como um pecador de estimação?...em outras palavras...quem é escravo de quem? Você é escravo do pecado ou o pecado é seu escravo?
Precisamos parar com isso. Precisamos nos arrepender. Precisamos voltar para a cruz. Precisamos retomar o sentimento de constrangimento perante à Cristo Crucificado com relação a estas atitudes que estão presentes em nossas rotinas. Não se conforme com os seus pecados.
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor". Romanos 6:23
“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.” Hebreus 10:26-27
Busque arrependimento sempre, todos os dias. Não seja tardio em se reconciliar com Deus. Não seja tardio em retornar para a cruz.
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Referências: