terça-feira, 5 de novembro de 2013

A LHAMA E O CHICLETE

Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.
Romanos 7:14-25
 
Animais ruminantes são aqueles que ficam por horas e horas mastigando o mesmo alimento até que finalmente o mesmo seja engolido para digestão. Lhamas, bois e vacas, assim como tantos outros, são animais ruminantes. Quem não se lembra do comercial do "chiclets Adams" onde uma lhama mastigava uma goma de mascar???
 
Se não se lembra, assista logo a seguir...
 
 
Talvez após assistir este vídeo e refletir este pensamento logo abaixo, você irá se identificar com um dos personagens da propaganda!
 
Agora, engraçado, muita gente acha que o ser humano não é um ser ruminante. Arrisco dizer que somos os seres mais ruminantes que existiu na história da criação. Desde o Éden, quando comemos o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seguimos no processo de ruminação do mesmo. Nisto consiste o nosso pecado! Estamos ruminando o fruto, mastigando o fruto que nos foi proibido, até os dias de hoje.
 
Ruminar, seguir mastigando, este fruto é o mesmo que seguir assumindo para si a prerrogativa de julgar o bem e o mau. Ao fazermos isso, roubamos de Deus, o Único Ser capaz de ter em mãos o julgo do certo e errado, a prerrogativa de ser Deus. Em outras palavras, enxotamos Deus de Seu trono e sentamos no lugar Dele. E o pior, fazemos isso com o ar arrogante do tipo de gente que acredita plenamente ser capaz de exercer uma função, sendo que não tem o mínimo de competência para fazer isso.
 
Resultado disso???? Ah não poderia ser outro a não ser o mesmo sentimento do apóstolo Paulo: “...não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço...”
 
Paulo, eu, você, o padeiro da padaria da esquina e todos ao nosso redor vive (ainda que de forma subliminar) este dilema: por que não consigo fazer o bem que desejo? Por que o mau que desejo sempre vem a tona?
 
A verdade é que não somos o que deveríamos ser. Não deveríamos ser seres ruminantes, mesquinhos, mastigando constantemente o fruto que colhemos, sem permissão, da árvore do conhecimento do bem e do mal.
 
Hoje, a realidade é uma:
 
“O bem que eu quero, este eu faço! O mau que eu não quero esse eu não faço!”...só Jesus viveu plenamente!
 
Ele foi o único ser que não ruminou o fruto proibido. Ele não chamou para Si a prerrogativa de julgar o que é bem e o que é mal, o que é certo e o que é errado. Deixou isso nas mãos do Pai. E olha que se alguém nesse mundo poderia exercer, como humano, a prerrogativa de julgar o certo e o errado, esta pessoa só poderia ser Jesus! Mas Ele escolheu deixar isso nas mãos do Pai.
 
Jesus sabia que Seu Pai havia criado coisas certas e erradas em si mesmas...que nenhum humano seria capaz de exercer esta função. Sabia que o discurso da humanidade que diz “Nós, homens...vamos dizer o que é certo e errado” estaria alheio aos seus próprios interesses e aos seus apetites!
 
Lembro-me de ouvir o Pastor Ariovaldo Ramos certa vez dizer que todas as orações se resumem (ou pelo menos deveriam se resumir) a uma frase: “Santificado Seja o Vosso Nome!”
 
Mas como isso é possível? Como podemos santificar o nome do Senhor?
 
A resposta é simples: quando for feita a vontade de Deus assim na terra como no Céu. Em outras palavras, quando cuspirmos o fruto o que ruminamos, quando deixarmos de mastigar o fruto que jamais nos foi permitido comer, e devolvermos à Deus a prerrogativa que só Ele é capaz de exercer, a de decidi o que é certo e o que é errado.
 
Enquanto agirmos como Lhamas, mastigando o fruto que não cabe à nós comer, estaremos em rebeldia. Neste sentido, já parou para pensar o que é a igreja? São àqueles que se rebelaram contra a situação de ser e agir como Lhamas que ruminam o fruto que nos conduziu à queda. Só Deus é Amor Perfeito, só Ele tem toda Soberania e Sabedoria para exercer o papel de decidir o que é certo e o que é errado. Por isso, como Paulo, em Romanos 7, devemos interpretar a lei de Deus, os Seus mandamentos, através do amor que o Próprio Deus nos revelou através do Sacrifício de Seu Filho Jesus na cruz. Conscientes de que somos pecadores, mas que o sangue de Jesus nos liberta do pecado. Conscientes de que devemos ser imitadores do Cristo, deixando para Deus a prerrogativa de decidir sobre o certo e o errado e confiando que Ele é o único capaz de exercer este papel. Conscientes de que devemos romper com o ciclo de continuar ruminando o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Conscientes de que apesar de sermos falhos, devemos ser imitadores de Cristo, pois será chegada a hora em que restauraremos a verdadeira imagem e semelhança que fomos criados, á de Deus, pois de imitando ao Cristo, de glória em glória nos tornamos novas criaturas. O velho homem vai ficando para traz, vai sendo crucificado, até que será chegada a hora em que poderemos dizer aquilo que hoje só Jesus é capaz de dizer: “O bem que eu quero, este eu faço! O mau que eu não quero, este eu não faço!”
 
Deseja romper com o pecado? Deseja santificar o nome do Senhor? ...cuspa fora este fruto...pare de ruminar a prerrogativa de querer ser Deus...este é um desejo do nosso ego....se alimentarmos ele, o resultado só poderá ser um: nos tornaremos um ego absoluto...e nisto consiste tornar-se 100% imagem e semelhança de Lúcifer, não o anjo de luz, mas sim aquele se tornou demônio.
 
Que Deus nos abençoe!

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