Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou
carnal, vendido sob o pecado.
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não
faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o
pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero
esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o
pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o
mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de
Deus;
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a
lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus
membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta
morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que
eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do
pecado.
Romanos 7:14-25
Animais ruminantes são aqueles que ficam por horas e horas
mastigando o mesmo alimento até que finalmente o mesmo seja engolido para
digestão. Lhamas, bois e vacas, assim como tantos outros, são animais ruminantes.
Quem não se lembra do comercial do "chiclets Adams" onde uma lhama mastigava uma goma
de mascar???
Se não se lembra, assista logo a seguir...
Talvez após assistir este vídeo e refletir este pensamento
logo abaixo, você irá se identificar com um dos personagens da propaganda!
Agora, engraçado, muita gente acha que o ser humano não é um
ser ruminante. Arrisco dizer que somos os seres mais ruminantes que existiu na
história da criação. Desde o Éden, quando comemos o fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal, seguimos no processo de ruminação do mesmo. Nisto
consiste o nosso pecado! Estamos ruminando o fruto, mastigando o fruto que nos
foi proibido, até os dias de hoje.
Ruminar, seguir mastigando, este fruto é o mesmo que seguir
assumindo para si a prerrogativa de julgar o bem e o mau. Ao fazermos isso,
roubamos de Deus, o Único Ser capaz de ter em mãos o julgo do certo e errado, a
prerrogativa de ser Deus. Em outras palavras, enxotamos Deus de Seu trono e
sentamos no lugar Dele. E o pior, fazemos isso com o ar arrogante do tipo de
gente que acredita plenamente ser capaz de exercer uma função, sendo que não
tem o mínimo de competência para fazer isso.
Resultado disso???? Ah não poderia ser outro a não ser o
mesmo sentimento do apóstolo Paulo: “...não faço o bem que quero, mas o mal que
não quero esse faço...”
Paulo, eu, você, o padeiro da padaria da esquina e todos ao
nosso redor vive (ainda que de forma subliminar) este dilema: por que não
consigo fazer o bem que desejo? Por que o mau que desejo sempre vem a tona?
A verdade é que não somos o que deveríamos ser. Não
deveríamos ser seres ruminantes, mesquinhos, mastigando constantemente o fruto
que colhemos, sem permissão, da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Hoje, a realidade é uma:
“O bem que eu quero, este eu faço! O mau que eu não quero
esse eu não faço!”...só Jesus viveu plenamente!
Ele foi o único ser que não ruminou o fruto proibido. Ele
não chamou para Si a prerrogativa de julgar o que é bem e o que é mal, o que é
certo e o que é errado. Deixou isso nas mãos do Pai. E olha que se alguém nesse
mundo poderia exercer, como humano, a prerrogativa de julgar o certo e o
errado, esta pessoa só poderia ser Jesus! Mas Ele escolheu deixar isso nas mãos
do Pai.
Jesus sabia que Seu Pai havia criado coisas certas e erradas
em si mesmas...que nenhum humano seria capaz de exercer esta função. Sabia que
o discurso da humanidade que diz “Nós, homens...vamos dizer o que é certo e
errado” estaria alheio aos seus próprios interesses e aos seus apetites!
Lembro-me de ouvir o Pastor Ariovaldo Ramos certa vez dizer
que todas as orações se resumem (ou pelo menos deveriam se resumir) a uma
frase: “Santificado Seja o Vosso Nome!”
Mas como isso é possível? Como podemos santificar o nome do
Senhor?
A resposta é simples: quando for feita a vontade de Deus
assim na terra como no Céu. Em outras palavras, quando cuspirmos o fruto o que
ruminamos, quando deixarmos de mastigar o fruto que jamais nos foi permitido
comer, e devolvermos à Deus a prerrogativa que só Ele é capaz de exercer, a de
decidi o que é certo e o que é errado.
Enquanto agirmos como Lhamas, mastigando o fruto que não
cabe à nós comer, estaremos em rebeldia. Neste sentido, já parou para pensar o
que é a igreja? São àqueles que se rebelaram contra a situação de ser e agir
como Lhamas que ruminam o fruto que nos conduziu à queda. Só Deus é Amor Perfeito,
só Ele tem toda Soberania e Sabedoria para exercer o papel de decidir o que é certo
e o que é errado. Por isso, como Paulo, em Romanos 7, devemos interpretar a lei
de Deus, os Seus mandamentos, através do amor que o Próprio Deus nos revelou
através do Sacrifício de Seu Filho Jesus na cruz. Conscientes de que somos
pecadores, mas que o sangue de Jesus nos liberta do pecado. Conscientes de que
devemos ser imitadores do Cristo, deixando para Deus a prerrogativa de decidir
sobre o certo e o errado e confiando que Ele é o único capaz de exercer este
papel. Conscientes de que devemos romper com o ciclo de continuar ruminando o
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Conscientes de que apesar de sermos
falhos, devemos ser imitadores de Cristo, pois será chegada a hora em que restauraremos
a verdadeira imagem e semelhança que fomos criados, á de Deus, pois de imitando
ao Cristo, de glória em glória nos tornamos novas criaturas. O velho homem vai
ficando para traz, vai sendo crucificado, até que será chegada a hora em que poderemos
dizer aquilo que hoje só Jesus é capaz de dizer: “O bem que eu quero, este eu faço!
O mau que eu não quero, este eu não faço!”
Deseja romper com o pecado? Deseja santificar o nome do
Senhor? ...cuspa fora este fruto...pare de ruminar a prerrogativa de querer ser
Deus...este é um desejo do nosso ego....se alimentarmos ele, o resultado só
poderá ser um: nos tornaremos um ego absoluto...e nisto consiste tornar-se 100%
imagem e semelhança de Lúcifer, não o anjo de luz, mas sim aquele se tornou
demônio.
Que Deus nos abençoe!
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