quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A RESSURREIÇÃO AGORA

Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.
E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.
Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos,
E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 13:47-50

Muita gente acha que “Ressurreição” é algo que só ocorrerá no último dia. Pensam como Marta, que no contexto da morte de Lázaro, ao escutar Jesus dizer que seu irmão iria ressuscitar, respondeu dizendo: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia” João 11:24. Entretanto o cristianismo pavimenta sobre o solo da vida a oportunidade de novos começos. Isso por que Jesus é um Deus que nos convida a viver o “daqui pra frente”. Em outras palavras, Jesus é um Deus que se importa muito mais com a forma que terminados a nossa jornada do que com a maneira como começamos.

O Padre Antônio Vieira, em um dos seus sermões, diz que, quando Jesus morreu, os evangelhos relatam que, juntamente com Ele, morreram mais 3 pessoas: Judas Iscariotes, o mau ladrão e o bom ladrão (cujo a tradição católica afirma que se chamava Dimas).

Olhando para estas 4 mortes, Vieira afirma:

Judas Iscariotes começou bem, entretanto, terminou mal: Judas era apóstolo, tesoureiro do grupo de Jesus, mas acabou traindo Jesus e se enforcando.
O mal ladrão, começou mal e terminou mal: ele era ladrão e morreu blasfemando contra Jesus.
Dimas, o bom ladrão, começou mal, mas terminou bem: Dimas era ladrão, mas na cruz, ao lado de Jesus, reconheceu seu pecado e clamou para que Jesus se lembrasse dele no Reino dos Céus. Jesus respondeu a Dimas que eles estariam juntos no Paraíso.
E Jesus, começou bem e terminou bem: foi santo e fiel até o fim.

Perceba: os começos não são tão importantes como o fim! O que importa é como estaremos no último dia: parecidos com Adão ou parecidos com Jesus?

O problema neste contexto é que não sabemos quando é o nosso último dia. Não sabemos do amanhã. O “hoje” é o que temos por concreto. Quem não sabe do dia de amanhã não tem tempo algum. Aqui somos arremessados ao pensamento de que a Ressurreição deve ser vivida no agora. Na consciência de que o velho homem deve morrer e uma nova criatura deve ressurgir em Jesus. Não necessariamente teremos os preciosos minutos que Dimas teve para olhar para o Seu lado e reconhecer Jesus ali ao seu lado como Deus Salvador. O nosso momento de ressurreição é agora. Hoje é o dia para viver o que Jesus disse a Nicodemos: “Necessário é nascer de novo!” (João 3:7).

Será que teremos tempo para dizer como Paulo, antes do cruzar da linha de chegada:  “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” 2 Timóteo 4:7. ???

Pense na Parábola que Jesus conta sobre a rede que é lançada ao mar:

O Reino não é a rede. O Reino é a separação que ocorre dentro da rede. Jesus escancara um convite a repensarmos sobre o que fazemos com nosso destino. A Rede é a vida, as circunstâncias que não foram escolhidas por ti, mas que se consumaram como cenário de vida para a sua existência. Você é o peixe se debatendo na rede e pensando “como vim parar aqui!?”. Jesus será Aquele quem irá separar os peixes. Ele olhará para você e se perguntará: este é um bagre cascudo ou uma pescada? É um baiacu venenoso ou um robalo? A Rede ainda está coletando peixes, com todas as circunstâncias aleatórias. Nós temos que decidir: permanecer baiacus venenosos ou tentar se tornar um belo de um peixe que agrade a Deus?

O evangelho nos diz: “Não importa como você veio parar na rede, mas o que você fez de si, dentro das circunstâncias em que você veio parar na rede...”

É um convite a sair da zona de conforto e buscar uma vida com os valores de Deus.

Conta-se que uma empresa de pesca Japonesa, percebendo que os japoneses sempre adoraram peixe fresco e que, infelizmente, as águas perto do Japão não produziam muitos peixes há décadas, aumentou o tamanho dos seus navios pesqueiros e começou a pescar em lugares mais longes, como por exemplo, perto da Austrália. Quanto mais longe os barcos iam, mais tempo levava para  retornar e por consequência, o peixe não chegava fresco. Percebendo que os japoneses não gostaram do gosto destes peixes, a empresa instalou congeladores em seus barcos para resolver o problema. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Com isso, os congeladores permitiam que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Entretanto, os consumidores japoneses ainda conseguiam notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado, e é claro, eles não gostavam do peixe congelado. Então a empresa de pesca, como tentativa de resolver o problema, instalou tanques com água dentro dos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, "como sardinhas". O problema era que, depois de certo tempo, pela falta de espaço, os peixes paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam cansados e abatidos, porém, vivos. Resultado: por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor e os japoneses, consumidores exigentes, reclamavam que ainda podiam notar a diferença do gosto. Eles queriam o gosto de peixe fresco e não um gosto de peixe apático.
Então, como a empresa poderia resolver este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor?
A resposta que a empresa encontrou nasce na observação de  L. Ron Hubbard: "O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador".
Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chegam "bem vivos". Os peixes são desafiados a viver.
O nosso tubarão é o tempo. Ele deseja devorar nossas vidas. Por isso a necessidade de se lutar pela vida, e aqui digo, Vida Eterna, é hoje. A Ressurreição deve ser agora: ressurgir em Cristo, ressurgir para Cristo, ressurgir no Cristo...para que a consumação da ressurreição seja concretizada no último dia, para uma eternidade ao lado de Jesus.

O tubarão já está no seu tanque, isso te ínsita a se entregar ou a lutar por vida eterna?

A Ressurreição é hoje, agora, no Cristo Jesus.


“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." João 5:24

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