Igualmente o reino
dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade
de peixes.
E, estando cheia, a
puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins,
porém, lançam fora.
Assim será na
consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos,
E lançá-los-ão na fornalha
de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 13:47-50
Muita gente acha que “Ressurreição” é algo que só ocorrerá
no último dia. Pensam como Marta, que no contexto da morte de Lázaro, ao
escutar Jesus dizer que seu irmão iria ressuscitar, respondeu dizendo: “Eu sei que há de ressuscitar na
ressurreição do último dia” João 11:24. Entretanto o cristianismo pavimenta
sobre o solo da vida a oportunidade de novos começos. Isso por que Jesus é um
Deus que nos convida a viver o “daqui pra frente”. Em outras palavras, Jesus é
um Deus que se importa muito mais com a forma que terminados a nossa jornada do
que com a maneira como começamos.
O Padre Antônio Vieira, em um dos seus sermões, diz que, quando
Jesus morreu, os evangelhos relatam que, juntamente com Ele, morreram mais 3
pessoas: Judas Iscariotes, o mau ladrão e o bom ladrão (cujo a tradição
católica afirma que se chamava Dimas).
Olhando para estas 4 mortes, Vieira afirma:
Judas Iscariotes começou bem, entretanto, terminou mal:
Judas era apóstolo, tesoureiro do grupo de Jesus, mas acabou traindo Jesus e se
enforcando.
O mal ladrão, começou mal e terminou mal: ele era ladrão e
morreu blasfemando contra Jesus.
Dimas, o bom ladrão, começou mal, mas terminou bem: Dimas
era ladrão, mas na cruz, ao lado de Jesus, reconheceu seu pecado e clamou para
que Jesus se lembrasse dele no Reino dos Céus. Jesus respondeu a Dimas que eles
estariam juntos no Paraíso.
E Jesus, começou bem e terminou bem: foi santo e fiel até o
fim.
Perceba: os começos não são tão importantes como o fim! O que
importa é como estaremos no último dia: parecidos com Adão ou parecidos com Jesus?
O problema neste contexto é que não sabemos quando é o nosso
último dia. Não sabemos do amanhã. O “hoje” é o que temos por concreto. Quem
não sabe do dia de amanhã não tem tempo algum. Aqui somos arremessados ao
pensamento de que a Ressurreição deve ser vivida no agora. Na consciência de
que o velho homem deve morrer e uma nova criatura deve ressurgir em Jesus. Não necessariamente
teremos os preciosos minutos que Dimas teve para olhar para o Seu lado e
reconhecer Jesus ali ao seu lado como Deus Salvador. O nosso momento de
ressurreição é agora. Hoje é o dia para viver o que Jesus disse a Nicodemos: “Necessário
é nascer de novo!” (João 3:7).
Será que teremos tempo para dizer como Paulo, antes do
cruzar da linha de chegada: “Combati o bom combate, acabei a carreira,
guardei a fé” 2 Timóteo 4:7. ???
Pense na Parábola que Jesus conta sobre a rede que é lançada
ao mar:
O Reino não é a rede. O Reino é a separação que ocorre
dentro da rede. Jesus escancara um convite a repensarmos sobre o que fazemos
com nosso destino. A Rede é a vida, as circunstâncias que não foram escolhidas
por ti, mas que se consumaram como cenário de vida para a sua existência. Você
é o peixe se debatendo na rede e pensando “como vim parar aqui!?”. Jesus será
Aquele quem irá separar os peixes. Ele olhará para você e se perguntará: este é
um bagre cascudo ou uma pescada? É um baiacu venenoso ou um robalo? A Rede
ainda está coletando peixes, com todas as circunstâncias aleatórias. Nós temos
que decidir: permanecer baiacus venenosos ou tentar se tornar um belo de um peixe
que agrade a Deus?
O evangelho nos diz: “Não importa como você veio parar na
rede, mas o que você fez de si, dentro das circunstâncias em que você veio
parar na rede...”
É um convite a sair da zona de conforto e buscar uma vida
com os valores de Deus.
Conta-se que uma empresa de pesca Japonesa, percebendo que os
japoneses sempre adoraram peixe fresco e que, infelizmente, as águas perto do
Japão não produziam muitos peixes há décadas, aumentou o tamanho dos seus navios
pesqueiros e começou a pescar em lugares mais longes, como por exemplo, perto
da Austrália. Quanto mais longe os barcos iam, mais tempo levava para retornar e por consequência, o peixe não
chegava fresco. Percebendo que os japoneses não gostaram do gosto destes peixes,
a empresa instalou congeladores em seus barcos para resolver o problema. Eles
pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Com isso, os congeladores permitiam
que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais
tempo. Entretanto, os consumidores japoneses ainda conseguiam notar a diferença
entre peixe fresco e peixe congelado, e é claro, eles não gostavam do peixe
congelado. Então a empresa de pesca, como tentativa de resolver o problema,
instalou tanques com água dentro dos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e
enfiar esses peixes nos tanques, "como sardinhas". O problema era
que, depois de certo tempo, pela falta de espaço, os peixes paravam de se
debater e não se moviam mais. Eles chegavam cansados e abatidos, porém, vivos.
Resultado: por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor e os
japoneses, consumidores exigentes, reclamavam que ainda podiam notar a
diferença do gosto. Eles queriam o gosto de peixe fresco e não um gosto de
peixe apático.
Então, como a empresa poderia resolver este problema? Como
eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor?
A resposta que a empresa encontrou nasce na observação de L. Ron Hubbard: "O homem progride,
estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador".
Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca
japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques. Mas, eles também adicionam
um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria
dos peixes chegam "bem vivos". Os peixes são desafiados a viver.
O nosso tubarão é o tempo. Ele deseja devorar nossas vidas.
Por isso a necessidade de se lutar pela vida, e aqui digo, Vida Eterna, é hoje.
A Ressurreição deve ser agora: ressurgir em Cristo, ressurgir para Cristo,
ressurgir no Cristo...para que a consumação da ressurreição seja concretizada
no último dia, para uma eternidade ao lado de Jesus.
O tubarão já está no seu tanque, isso te ínsita a se
entregar ou a lutar por vida eterna?
A Ressurreição é hoje, agora, no Cristo Jesus.
“Na verdade, na
verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou,
tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a
vida." João 5:24
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