quinta-feira, 14 de novembro de 2013

JESUS É O GABARITO

“Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?
E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.” Êxodo 3:13-14
 
“Deus, defina-se para mim, para que eu possa lhe definir aos filhos de Israel!”. No diálogo relatado no Capítulo 3 de Êxodo, esta é a essência que está por trás das perguntas de Moisés a Deus: “Qual o seu nome? Que lhes direi?”. Deus dá a resposta a Moisés: “Não me definirei para você, Eu sou o que sou!”.
 
A essência do diálogo nos remete a um pensamento: Quem o homem pensa que é para achar que Deus possa se definir a ele?!
 
Deus não se define ao homem. Deus se revela ao homem. “Definir-se” e “revelar-se” são coisas totalmente diferentes. No contexto das Escrituras Sagradas temos um Deus que deseja se revelar ao homem. Partindo desta lógica o que nos resta é o fator “interpretação”, e ai existem muitos outros fatores que podem nos fazer passar longe da identidade na qual Deus deseja ser interpretado. A interpretação nos dá margens para erros. Não existe a definição. Por isso é hipocrisia do homem crer que se é possível obter em suas mãos uma verdade absoluta. Como disse Friedrich Nietzsche, as convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. Ter em si a convicção de que se tem uma verdade absoluta em mãos é ter em mãos a mais absurda mentira.
 
Um Deus que se define como “Eu Sou” nos deixa margens para dúvidas. E para aqueles que dizem que ter dúvida é não ter fé, ou em outras palavras, é pecado, seria um absurdo ver um Deus nos gerando dúvidas. Peter Ustinov,  Ator e Diretor Britânico, levanta a bola: Qual seria a maior prova de insanidade senão a incapacidade de ter uma dúvida?.
 
Não ter dúvidas é assumir para si a prerrogativa de ser Deus! Vida é dúvida, e fé sem dúvida nada é senão morte. Olhar para um Deus que se revela implica em absorver as porções que Ele nos permite ter contato. Este é um ato, o de revelar-se, que parte muito mais de Deus do que da gente. Neste contexto há quem diga que muito mais que encontrar Deus, Ele nos encontra.
 
Somos limitados! Temos em mãos pequenas peças de um quebra-cabeça para interpretar Deus. Temos uma imagem limitada de Deus. Seria muita pretensão do ser humano achar que tem em mãos todas as peças para decifrar um Deus infinito. E aqui entra em cena o risco de todo cristão: ver uma imagem de Deus não é ver Deus.
 
Por isso, gente como o Marquês de Sade, expôs pensamentos como este: “A julgar por ideais de alguns teólogos, Deus criou os homens apenas para povoar o inferno.”
 
É gente definindo Deus com a pretensão de ter em mãos uma verdade absoluta em mãos.
 
Deus não se define. Deus se interpreta. O resultado disso: sempre veremos uma imagem (de tantas possíveis) de Deus. E aqui entra em cena o pensamento de Ed René Kivitz: Jesus é o Gabarito!
 
Jesus é a face explícita de Deus. Nele temos o gabarito para decifrarmos a imagem de Deus. É por isso que João afirmou que Deus é amor! Por que decifrou o Deus relatado em toda a história do povo hebreu mediante o viver de Jesus Cristo.
 
Como é que você interpreta Deus mediante as informações que Ele já lhe permitiu ter acesso? Você afirma por ai que Deus é amor, mas se sente amado por Ele? Você vive este amor? Talvez esteja utilizando o gabarito errado! Já parou para pensar nisso!
 
Adorar um Deus que não se encaixe na interpretação revelada na vida de Jesus, o Messias, é praticar idolatria. Viver uma vida fora desta premissa é não viver os valores do reino de Deus. João interpretou certo: Deus é Amor. Jesus amou como ninguém jamais nos amou. Será que vivemos isso?
 
Como diz a canção...quem decide amar ...decide viver... quem não tem tempo para amar...morre por dentro a cada segundo.
 
Jesus é o Gabarito...a hermenêutica, a chave de interpretação para conhecer a Deus! Veja Nele a verdadeira revelação de Eu Sou!
 
Que o Senhor nos abençoe!

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