terça-feira, 21 de maio de 2013

INTEGRIDADE QUE GERA PERFEIÇÃO

O evangelho de Cristo não é uma boa nova que nos cobra plena perfeição. Pelo menos não a perfeição segundo a visão do homem. Deus conhece a nossa natureza. Ele sabe que somos pecadores. Sabe que por mais que busquemos a santidade, iremos cometer deslizes. Neste sentido, creio que se tem algo no qual muitos cristãos precisam ser salvos (inclusive e, principalmente, eu) é da lógica que impõe uma busca para ser perfeito.

Jesus nos disse:

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:48

Jesus era muito inteligente. Ele sabia que, nós humanos, somos falhos. Então por que Jesus nos disse isso?

Creio que a proposta das Escrituras Sagradas é que sejamos perfeitos em Cristo Jesus. A proposta é que busquemos a perfeição conscientes de que só a alcançaremos em Jesus. Isso por que uma vez que aceitamos a caminhada cristã, assumimos o compromisso de não pecar. Neste sentido o pecado deixa de ser uma escolha e só se faz presente na vida do cristão em forma de “acidente”. Quando isso acontece, nós humanos temos que recorrer à Cristo, buscando Nele a reconciliação com o Pai.

A perfeição que é proposta por Jesus não é um fardo à se carregar. A perfeição que Deus propõe é a perfeição aliada à crucificação de Cristo no calvário. É a perfeição mediada pelo Precioso Sangue de Jesus. Esta perfeição é um convite ao comprometimento com os valores do Reino de Deus. É um convite que o próprio Cristo nos faz, consciente de que carecemos de Sua Própria misericórdia para obter êxito.

Jesus nos propõe que busquemos a perfeição tendo como ponto de partida os Seus valores, e não os valores do homem, como peso de conceito de “perfeição”. Ele sabe que o homem impõe sobre si mesmo uma (auto) cobrança cujo os parâmetros são distorcidos, fazendo com que o seu próprio e limitado julgo se torne um peso gigantesco para se carregar nas costas. Nisso consiste o evangelho da culpa.

O Evangelho proposto por Cristo é o da Graça, onde a perfeição só é alcançada através da misericórdia concedida pelo próprio Deus. Por isso que, para entender o convite de Cristo...

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:48

...temos que usar como lentes o caráter de Cristo...

“porque meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” Mateus 11:30

Estas palavras se complementam no contexto de que o Criador conhece como ninguém a criatura que ele criou. Sabe que jamais conseguiremos obter perfeição alguma com nossos próprios recursos. Sabe que só dependendo Dele podemos ser perfeitos. Neste sentido, ouso dizer que, Deus deseja muito mais que sejamos íntegros do que perfeitos. A integridade entra em cena neste pensamento nos transportando para o conceito de comprometimento com a submissão ao Pai. No sentido de não se permitir corromper. E aqui entra o entendimento de que se o pecado acontecer, devemos correr para a cruz de Cristo, para que a nossa integridade seja restaurada. Integridade consiste em romper com o ciclo de pecado antes mesmo de ele tornar a acontecer. É identificar o pecado (acidental) no momento em que ele aconteceu e já buscar arrependimento (caminho de volta). Não se permitir entrar no ciclo de abismos (um abismo chama outro abismo, um pecado chama outro pecado). Não se permitir trabalhar em pró da morte...pois o salário do pecado é a morte.

Assim fez Davi, quando o profeta lhe evidênciou que ele tinha cometido adultério e a sua consciência lhe posicionou perante a bifurcação dos caminhos "continuar pecando" ou "se arrepender". Ele tomou o caminho do arrependimento em pró de restaurar sua integridade junto à Deus.

Sendo assim...a perfeição na qual o cristão é convidado a buscar em sua vida ...é a total submissão ao Deus Criador!

Que o Pai possa alicerçar este entendimento em nossas consciências para que todas as intenções de nossas atitudes sejam glorificações ao próprio Pai que nos provê Graça e Misericórdia!

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