terça-feira, 14 de maio de 2013

O CERTO E O INCERTO ANDAM DE MÃOS DADAS

Todos sabemos que um dia iremos morrer. Eis ai uma certeza. Entretanto, não sabemos nem “quando”, nem “como” e muito menos “onde”. Eis ai o incerto.

É...a morte nos remete a lidar com “o certo andando de mãos dadas com o incerto”. Você já se perguntou o que esta “certeza carregada de incertezas” provoca em você?

Pavor? Medo? ...talvez!? Indiferença?! Enfim, qual a sua visão sobre a questão “tornar novamente ao pó”?

A gente acorda pela manhã e muitas vezes vem aquela sensação: “Será que volto hoje para casa?”.

Somos frágeis. Somos pó. Carcaças de barro. Para morrer, basta estar vivo. Muitos dizem que a morte é o nosso maior inimigo. Já se perguntou qual é o nosso maior inimigo: o diabo, nós mesmos, o pecado ou a morte?

Aliás, você já parou para pensar que, o demônio se encaixa muito mais no papel de nosso inimigo do que no papel de inimigo de Deus (entenda que, não estou dizendo que ele não tenha assumido uma posição de se opor contra o Criador). Digo isso pelo fato de que o diabo, com relação à Deus, já foi vencido. Mas com relação a humanidade, ainda há um perigo iminente de ele nos levar juntamente com ele para o inferno.

Da mesma forma que se formos realmente sinceros, veremos que nós nos encaixamos muito mais no papel de “nossos maiores inimigos” do que o diabo se encaixa. Afinal somos sabotadores de nós mesmos.

Bom...olhando para o diabo, nós, o pecado e a morte...diria que os todos se intercalam. Formam um ciclo. Afinal, o diabo foi o primeiro a pecar. Nós aderimos ao pecado. Unimos nossas vozes à Lúcifer em sua rebelião. E sendo o salário do pecado a morte, então, poderíamos enxergar, ainda que de forma simplista, que todos os estes elementos se interligam entre si e formam diante de nós o nosso maior inimigo: a lógica de achar que podemos ser deus de nós mesmos. Em outras palavras, poderíamos resumir nosso grande inimigo chamando-o de: Autossuficiência Humana.

Agora, como vencer este inimigo? ...Ao responder esta pergunta, automaticamente somos alavancados a lidar com a pergunta que fiz anteriormente: Como lido com a certeza da morte e a incerteza de sua consumação?

De fato, não somos capazes de vencer este inimigo com nossas forças próprias. Afinal se o nosso inimigo maior é a lógica de viver uma vida cujo a consciência implica em autossuficiência, para vence-lo, só buscando uma lógica de vida dependente. Ao aderir a esta lógica de dependência automaticamente damos um passo a romper com a lógica que se levanta como o nosso maior inimigo.

Ora, se não conseguimos vencer o nosso inimigo com nossas próprias forças...carecemos de salvação. A chave do entendimento para esta salvação está no fator “depender”. Viver consciente de que dependemos de algo maior que nós mesmos para viver.

Então a pergunta agora passa a ser: Depender de “Quem”?

O Cristianismo nos responde: Deus. Mas muito mais do que responder, o Cristianismo nos escancara o “como” devemos depender de Deus. Este “escancaramento” é despojado diante dos nossos olhos através do viver de Jesus, o Cristo de Deus. Jesus é o próprio Deus que se esvaziou e veio nos mostrar que a lógica correta a se buscar é a de viver consciente de que temos total dependência de Deus.

Ao aderirmos a esta lógica, aderimos ao reino de Deus. Esta é a proposta do Cristianismo. Ele nos convida a um olhar que vai além da certeza da morte e da incerteza de sua consumação. Um olhar que traz uma certeza absoluta sobre a certeza (repleta de incertezas) que é a morte. Uma certeza de que a morte não é o propósito final do ser humano. Uma certeza de que o ser humano foi projetado para viver em eternidade juntamente com Deus. Que a morte já não tem poder sobre àqueles que romperam com a lógica que se faz inimiga do nosso ser. Que ela foi vencida pelo próprio Deus na cruz do calvário. Sim, esta é a certeza que o Cristianismo nos remete: a de vitória sobre a morte. A certeza da vida eterna, com qualidade eterna, pois é uma vida ao lado do Eterno. Em outras palavras, a certeza da vitória sobre a morte nos faz viver sem temer a certeza da morte e seu incerto momento de concretização. Nos faz viver buscando, já aqui neste mundo, a qualidade de vida eterna, aderindo os valores do Reino Eterno de Cristo.

A morte é uma incógnita. Todos viveremos em eternidade. O fator chave é: viver em eternidade com Deus, ou viver a eternidade sem Deus? Deus é a Vida Eterna. Passar a eternidade com Ele é desfrutar dos valores do Seu caráter eternamente: Amor. Tudo fora de Deus, tudo que declara independência de Deus, é morte....morte eterna. Nisso consiste inferno e paraíso. O Paraíso, como já disse muitas vezes...é uma Pessoa: Deus. Onde Deus está exercendo Sua vontade...o Paraíso foi consumado. O inferno é um lugar...o lugar onde Deus não está...e onde Sua vontade não se faz presente.

Devemos buscar os valores do Reino. Valores da Eternidade. O Cristianismo nos convida a ter fé. Acreditar que nem Cristo Jesus  não há necessidade de se ter medo da morte, pois Ele à venceu por todos nós.

C S Lewis diz “aquilo que não é eterno é eternamente inútil”. Pessoas foram feitas para a eternidade, com uma qualidade de vida eterna em Cristo. Nisto consiste a nossa busca. Não pelo que Deus pode nos dar...mas sim pelo que Deus é em Sua essência: Amor Eterno.

Como certa vez ouvi o Pastor Ariovaldo Ramos dizer: “Salvação não é apenas sair do inferno, é permitir o céu entrar em nós, é permitir o Espírito Santo habitar em nós”.

Esta era a certeza do Apóstolo Paulo:

“porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.”
Filipenses 1:21

Ao expandir a consciência do Reino de Jesus...o nosso ser se veste da eternidade...e o morrer passa a não ser motivo de medo...pois nisto consiste o Reino de Deus: “tomar a nossa cruz e ir após Aquele, que se fez Caminho para a eternidade: Jesus”.

A trupe do Teatro Mágico canta a poesia do "Anjo Mais Velho"...(o vídeo é uma versão da banda Versionalize):



"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"
Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..
Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

Os versos abaixo saltam aos olhos...

“E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar”

"O fim é belo, incerto... depende de como você vê"...

"Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar"

"Só enquanto eu respirar...Vou me lembrar de você...Só enquanto eu respirar..."

Se confiarmos em Deus, nos orientando nos valores do Seu Reino, e lembrarmos Dele em cada Kairos (tempo oportuno) de nosso viver...o fim nos remete ao “belo”...pois lhe trará o preenchimento da ausência que se faz presente em todo lugar. O infinito vazio se fará preenchido pelo Infinito Amor de Deus.

Que a certeza da vida eterna em Cristo Jesus seja o ponto de partida para vencer o medo imposto pela lógica da certeza da morte e da incerteza de sua chegada.

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